Monday, February 28, 2005

Tung: a promoção ou o beijo de Judas?



Tung Chee Wah pode ser nomeado para um lugar na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), órgão de aconselhamento do governo central. De acordo com o jornal the Standart, o Chefe do Executivo de Hong Kong deverá ficar com uma das vice presidências da Conferência. Este movimento é visto por alguns como um sinal do reconhecimento do papel de Tung Chee Wah à frente do governo de Honbg Kong, mas outros analistas pensam que poderá ser um sinal que o líder do executivo vizinbho poderá sair antes do fim do mandato.
Fontes próximas do governo central entendem que a provável nomeação para uma das vice-presidências do CCPPC, é um sinal do reforço do papel de Tung Chee wah para os dois anos que faltam para completar o mandato à frente do executivo de Hong Kong. A eleição de Tung para a vice presidência da CCPPC deverá ser consumada no final desta semana, durante a sessão plenária que começa na quarta-feira. Chan Wing-knee membro do Comité Permanente da CCPPC afirma ao jornal The Standart que a nomeação serve para melhorar a coomunicação entre Pequim e Hong Kong, em especial no que diz respeito a assuntos económicos.
O cenário está a entusiasmar as forças pró-Pequim de Hong Kong. Jasper Tsang antigo líder da aliança democrática ara o Mlehoramento de Hong Kong disse que estamos perante uma promoção na hirarquia do estado Chinês. O que vai beneficiar toda a região Administrativa Especial.
Outras vozes vêem esta nomeação como uma possível saída airosa para um cenário de nova crise no governo da RAEHK, permitindo assim a Tung Chee Wah sair da chefia do executivo antes de 2007, salvando a face.
Albert Ho do Partido Democrata de Hong Kong diz que se o regime de Pequim pensa que vai restaurar a confiança no governo ao oferecer a Tung um lugar de topo, está enganado.
Recorde-se que em Dezembro na altura do quinto aniversário da RAEM, o presidente Hu Jintao deu o que foi classificado como um puxão de orelhas a Tung Chee wah, pedindo-lhe um esforço para melhorar os níveis de competência e governação. De resto ao longo dos últimos dois anos, o governo central tem dado sinais de descontenamento com o executivo de Hong Kong.

Sunday, February 27, 2005

Yuan: a longa marcha da flexibilização



Ora aqui está uma notícia! O director da Administração Estatal de Divisas afirmou que, em 2005, a China vai "aumentar a quantidade de dinheiro que pode ser convertido em moeda estrangeira nas contas de capital".
Segundo o responsável, trata-se de um passo para "um yuan completamente convertível". (Lusa)
Aqui está uma análise interessante e útil sobre "se a China valorizar o yuan"

Friday, February 25, 2005

Índia e China vs Estados Unidos

O cenário tem sido avançado por vários especialistas. Agora é a consultora AT Kearney que divulga um estudo que revela que a índia e China podem ultrapassar em breve a hegemonia norte amerocana em termos de inovação tecnológica. Ou seja, desenganem-se aqueles que julgam que a vantagem competitiva da China e da índia passa apenas por indústrias de trabalho intensivo com um baixo grau de inovação e qualidade. Para mais informações sobre o assunto, consultem isto e isto.

Thursday, February 24, 2005

No Reino de Sião


No famoso "Grand Palace" em Banguecoque.

Thursday, February 17, 2005

Tuesday, February 15, 2005

Internet na China

O Governo Chinês encerrou mais de 12 mil netcafés nos últimos meses de 2004. Com o argumento desses locais operarem de modo ilegal e de de proteger os mais jovens da influência pérfida da rede, o executivo central prossegue a campanha de "criar um ambiente mais seguro pra os jovens do país". Como sempre o estado trata não só os jovens , mas os cidadãos em geral como crianças que não são responsáveis pelo que podem ver e acima de tudo pelo que podem eventualmente pensar. Assim se percebe o controlo que Pequim exerce sobre os conteúdos. Não só face á "imoralidade" da pornografia, mas em especial no que diz respeito a conteúdos subversivos. Há umas semanas falava com um americano radicado em Guilin que me contava que se escrever a palavra "Tianamen Massacre" num motor depesquisa, o resultado é uma página em branco. Esta tendência dos regimes totalitários de omitir as palavras, os signos, julgando que assim apagam o significado e a memória dos acontecimentos foi bem descrita na famosa novela de George Orwell "1984". O Grande Irmão protege os cidadãos contra eles próprios, mas quem os protege do Big Brother?
A propósito do acesso à informação, numa recente visita à China continental falava com o guia dos jornalistas de Macau, um guia com cartão do partido e funcionário do Ministério Chinês dos Negócios Estrangeiros, sobre o acesso a canais de notícias internacionais. Ele dizia que o comum dos chineses não tinha acesso à BBC ou CNN, mas ele por acaso até tinha e gostava imenso da "Aintie Beeb".
Sobre este assunto:
http://news.bbc.co.uk/1/hi/technology/4263525.stm
http://thestar.com.my/news/story.asp?file=/2005/2/14/latest/21386Chinashut&sec=latest

Thursday, February 10, 2005

China Verde?


Será isto um sinal sério da preocupação com o ambiente na China?

O embargo 2

Aumenta a pressão norte-americana para que a União Europeia não levante o embargo à venda armas à China. Condoleeza Rice é clara. Durão Barroso procura tranquilizar Washington sem deixar de agradar a Pequim.
É um equilíbrio difícil mas possível que ilustra o sentido de realpolitik dos europeus, que ultimamente consideram que não vale a pena, como disse Jorge Sampaio na recente visita à China, "entrar à canelada", no que diz respeito aos direitos humanos no "Império do Meio". O árbitro de Washington é que não gosta lá muito da brincadeira e ameaça mostrar o cartão amarelo, certamente por Bruxelas ser apanhada várias vezes em situação de "fora de jogo", ou pelo menos a tentar espacar ao jogo do Tio Sam. Apesar disto, os dois, Rice e Barroso, garantem que há sintonia nas relações transatlânticas. Eu diria que as águas do Atlântico andam mais calmas, mas a não se pode falar em bonança. Há, digamos que, uma percepção quer na Casa Barnca, quer no "Charlemagne" que o confronto entre a Velha Europa e a América bushiana não surtiu efeitos e só prejudicou os interesses dos dois lados. "It time for diplomacy" clamou Condoleeza Rice, mas tendo em conta as tentações unilateralistas que persistem em Washington, a prudência é a melhor conselheira nas análises que possam ser feitas quanto ao estado da aliança euro-americana. E num mundo cada vez mais tripolar, pelo menos do ponto de vista económico, há que ter em conta sempre o "factor China".

Hans Binnendijk no International Herald Tribune escreve sobre o assunto.

Wednesday, February 09, 2005

O Século Chinês


A China deverá ultrapassar os Estados Unidos como maior potência económica do mundo em 2025. A previsão é feita pelo economista Oded Shenkar, autor do livro recém-lançado “The Chinese century”
Sem querer ser profético, Oded Shenkar é claro: A China é mesmo o futuro e poderá ultrapassar os Estados unidos como maior economia do mundo já dentro de 20 anos. O que é novo na análise deste investigador da Universidade do Ohio é a data. Outros autores previam que a ascenção da China como principal potência económica deveria acontecer apenas por volta de 2050.
No Livro recém-lançado "The Chinese century”, autor compara o crescimento e a emergência da China nas primeiras décadas do século XXI com o que se passoun com os estados unidos no final do século XIX. Na altura a maior potência a Inglaterra não levava a sério o crescimento verificado nos Estados Unidos e depois foi o que se sabe.
Oded Shenkar argumenta que o crescimento económico da China actualmente é bem superior aos números oficiais. Para isso tem contribuído a transferência de tecnologia efectuada por empresas multinacioanis que tem investido na China. Com isso os chineses têm aprendido com as melhores práticas, tendo vantagem comparativa face à Europa e aos Estados Unidos devido ao baixo custo de produção e da mão de obra.

Shenkar, Oded, "The Chinese Century : The Rising Chinese Economy and Its Impact on the Global Economy, the Balance of Power, and Your Job ", Wharton School Publishing , 2004.

Tuesday, February 08, 2005

Feliz Ano Novo lunar do Galo



Já chegou o senhor galo.. Mas este é o de Barcelos!?

Monday, February 07, 2005

Kung Hei Fat Choi


Feliz Ano novo lunar! O senhor Galo chega na quarta-feira

Sunday, February 06, 2005

Tailândia, ou o país de Thaksin


O céu democrático tailandês ainda está nublado. No crepúsculo deste dia de eleições legislativas, Thaksin Shinawatra reclama a vitória:

Banguecoque, 06 Fev (Lusa) - O primeiro-ministro cessante tailandês, Taksin Shinawatra, reivindicou a vitória do seu partido, o Thai Rak Thai, nas eleições legislativas de hoje, anunciaram as televisões.
Na sede do partido Thai Rak Thai, Taksin Shinawatra agradeceu aos eleitores o apoio maciço que lhe garantiu a vitória.
Os resultados do partido excedem, segundo sondagens feitas à boca de urna pelas cadeias de televisão, os 350 lugares no parlamento que se propunha alcançar.
De acordo com as sondagens, o Thai Rak Thai conquistou 399 dos 500 lugares da Câmara dos representantes.
O partido democrático tailandês reconheceu a derrota nas eleições legislativas tendo o seu dirigente Banyat Bantadtan felicitado o Thai Rak Thai pela vitória.
O principal partido da oposição e a mais antiga formação política tailandesa obteve apenas 80 lugares, quando a sua expectativa era conseguir 200.
Agência Lusa.

Mas ainda há muitas nuvens na insípida democracia do Reino de Sião...

Saturday, February 05, 2005

O valor das coisas. Uma nota.



É mais uma vez um dos temas centrais de uma reunião do G7: a valorização do yuan. Desde 1995 a moeda chinesa tem um peg ao dólar de 8.28. Nos últimos dois anos, muitas vozes, em especial as alinhadas com os interesses de Washington têm vindo a clamar por uma valorização da divisa chinesa, ou mesmo pedindo a colocação do yuan (ou renminbi) no mercardo cambial livre. Argumentam que o valor da moeda está demasiado baixo face ao crescimento da economia chinesa nos últimos 10 anos e acusam Pequim de fazer o jogo do comércio injusto, aproveitando a moeda baixa para inundar os Estados Uniods com produtos chineses.
Vamos por partes:
1- A China não desvalorizou o yuan na altura da crise financeira asiática de 1997
2- A China ainda não está preparada para liberalizar a divisa nos mercados internacionais, devido às imensas deficiências do seu sistema financeiro que precisa de profundas reformas.
3- Uma valorização do yuan não vai resolver o grave problema do défice comercial norte-americano face à China.
4-A China só vai valorizar quando achar necessário e por questões domésticas, nunca sob pressão. É a velha questão da face chinesa.
5-A China se calhar até vai precisar de rever o valor do yuan, para ajudar ao arrefecimento de uma economia em ebulição
6-A China serve sempre de bom bode espiatório para os problemas estruturais dos Estados Unidos. Já é hábito.

Aqui está uma análise muito interesante sobre "Se a China valorizar o yuan".

Friday, February 04, 2005

Na China "comunista"


O embargo

Os Estados Unidos fazem finca pé para que a União Europeia não levante o embargo à venda de armas à China, decretado em 1989 depois do massacre de Tianamen. Este é um assunto a seguir com atenção, uma vez que coloca em questão a balança de poderes e equilíbrio geopolítico na "Tríade EUA-UE-China". Pequim não gosta das pressões norte americanas:
http://news.xinhuanet.com/english/2005-02/04/content_2545052.htm

Voltaremos a este assunto.

Thursday, February 03, 2005

No Rio Lijiang 2

Aqueles vivem, sobrevivem, nós (não) desviamos o olhar.

Wednesday, February 02, 2005

No Rio Lijiang 1


Zhao

Ele só queria dizer-lhes (aos que estavam em Tianamen, naquela Primavera) que os percebia tão bem. o Regime cerrou o punho de aço, mas nunca conseguirá abafar o desejo pela liberdade. nem mesmo na imensa China Confuciana, socialista de mercado.

Na mãe pátria 1

Em Guilin, no sudoeste da China continental, a paisagem inspirou vários poetas e pintores ao longo da história da arte chinesa. Não admira porquê. Uma viagem pelo rio Lijiang, até Yangshuo une-nos em simbiose com aquelas montanhas pontiagudas, imensas, mas ao mesmo tempo tangíveis e atingíveis.