Monday, April 27, 2009
Crise, perigo e oportunidade - alguns equívocos
Tornou-se um lugar comum dizer que o tempo de crise também representa oportunidade, tomando como referência a palavra chinesa para crise: weiji (危機), que segundo essa percepção representaria a junção dos caracteres "perigo" e "oportunidade". Porém, dizem os entendidos, estamos perante não apenas um wishful thought, mas também um equívoco. Atentemos no que explica o Sinólogo Victor H. Mair:
"The third, and fatal, misapprehension is the author's definition of jī as "opportunity." While it is true that wēijīwēi syllable of wēijī does convey the notion of "danger," the jī syllable of wēijī most definitely does not signify "opportunity (...) The jī of wēijī, in fact, means something like "incipient moment; crucial point (when something begins or changes)." Thus, a wēijī is indeed a genuine crisis, a dangerous moment, a time when things start to go awry. A wēijī indicates a perilous situation when one should be especially wary. It is not a juncture when one goes looking for advantages and benefits. In a crisis, one wants above all to save one's skin and neck! Any would-be guru who advocates opportunism in the face of crisis should be run out of town on a rail, for his / her advice will only compound the danger of the crisis". does indeed mean "crisis" and that the
P.S. Cheguei aqui através do Shanghai Express, um dos melhores blogues em castelhano sobre a China (agora infelizmente bastente menos activo).
Monday, April 20, 2009
Friday, April 17, 2009
O Cheque do Executivo
Os residentes (accionistas) recebem um subsídio (dividendo) do governo (Conselho de Administração) da Região Administrativa Especial (Empresa) de Macau.
O líder do Governo de Macau anunciou na Assembleia Legislativa que fixou o plano de comparticipação pecuniária de 2009 aos residentes permanentes no equivalente a 600 euros e que a distribuição dos cheques começa em Maio. Além das 6.000 patacas para os residentes permanentes - aqueles que residem há sete ou mais anos consecutivos em Macau -, mais mil patacas do que em 2008, Edmund Ho anunciou também, para mais tarde, a emissão e distribuição de cupões de saúde de valor equivalente a cerca de 50 euros - 500 patacas. os residentes não-permanentes recebem 3600 patacas.
Thursday, April 16, 2009
Pergunta avulsa
... questão inspirada no título do editorial do Ponto Final, de 16-04-2009.
Wednesday, April 15, 2009
Hu Yaobang, 20 anos depois
A 15 de Abril de 1989 morria Hu Yaobang, antigo secretário-geral do Partido Comunista Chinês. A morte deste dirigente visto como um reformista deu o mote para as manifestações de estudantes que viriam a invadir a praça de Tiananmen, poucas semanas depois.
Hu Yaobang morreu na sequência de ataque cardíaco durante uma reunião do Politburo do Partido Comunista Chinês. Aos 73 anos, falecia um dos mais importantes dirigentes da era da reforma, iniciada por Deng Xiaoping. Dois anos antes, tinha sido afastado do cargo de secretário-geral do Partido fruto de movimentações de dirigentes mais ortodoxos que viam com grande desconfiança as simpatias que Hu Yabang tinha pelos intelectuais reformistas e por figuras que defendiam a liberalização do sistema político.
Hu Yaobang tornou-se nos anos oitenta um ícone para a nova geração que pedia mais abertura e reformas políticas. Uma semana depois da sua morte, cerca de 100 mil estudantes marcaram presença no funeral de Hu Yaobang e rumaram à praça de Tiananmen para entregar uma carta ao então primeiro-ministro Li Peng em que pediam que a forma como Partido julgou o ex secretário-geral fosse revista e em que faziam apelos a reformas políticas. Estudantes de várias universidades começaram a juntar-se aos protestos que começaram por ser contra a forma como o Partido tratou Hu Yaobang e acabaram por se tornar no mais marcante movimento estudantil da China contemporânea, que terminou no dia 4 de Junho de 1989 com a repressão violenta do exército sobre os estudantes.
Sunday, April 12, 2009
Thai Reds' attack
Ler também:
"For too long, Abhisit's Democrat party has legitimized the non-elected institutions that meddle in Thai politics by refusing to stand firmly in defense of parliamentary democracy. Abhisit has an opportunity to rectify this. Indeed, it makes sense for him to do so. Until the Democrats make bold steps to improve democracy, the battles will rage on. And they are unlikely to end peacefully"
"Thailand's Hearts and Minds", Asia Sentinel.
Friday, April 10, 2009
Blogosfera: Ligações com muito interesse
Eis alguns dos blogues que adicionei recentemente, à coluna da direita , e que nos oferecem olhares diversos e muito inetressantes sobre este lado do Mundo:
O Véu Pintado, da autoria de H., olha para a cultura, arte e cinema e literatura sobre a China, com uma escrita aveludada e muito esclarecida.
Macau Antigo é o espaço de João Botas em que encontramos fotografias da Macau de outros tempos, acompanhadas por textos de enquadramento histórico.
De Shaoxing a Chengdu é um blogue de cariz pessoal, em jeito de diário de bordo das viagens e vivências de Paulo Xavier, um português que vive no coração da China interior, de forma intensa.
Wednesday, April 08, 2009
Um passo significativo
"Universal health care for China?", Danwei.
"China's health care reform aims at public interests", Xinhua.
Saturday, April 04, 2009
Zhongnanhai
É o nome da sede do poder na república Popular da China e também título da música mais conhecida dos Carsick Cars, uma das mais entusiasmantes bandas da cena "rock indie" de Pequim.
Friday, April 03, 2009
Thursday, April 02, 2009
Bem vinda, vetusta potência
"If Deng Xiaoping's pragmatic recipe for domestic reform was "crossing the river by feeling for the stones", China will cross the oceans by testing the water as it goes. This means that a great deal will depend on the welcome it gets from the powers that still set much of the agenda of world politics, especially the United States and the European Union. In short, the process of defining what kind of world power China becomes will be deeply interactive.
(...) Far from resisting Chinese requests for a larger voice in international organisations, we should offer it ourselves. Then we should patiently and consistently, across the whole decade, make the argument that the essentials of liberal international order reflect not merely western but rather universal values. That was the claim of the Enlightenment, and I believe it to be true".
Ver também:
"China at G20: revealing policy shift", Sean Ding