Saturday, December 30, 2006

As facções e o Congresso do Partido em 2007

Por vezes – demasiadas vezes – o Partido Comunista Chinês é visto como uma entidade monolítica em que o debate de ideias é subalternizado pelas disputas de cariz corporativo, num ambiente em que as facções são caracterizadas por grupos de influência regionais (Xangai, Pequim, Cantão,etc).
Não sendo esta observação incorrecta é manifestamente insuficiente. Na análise à vida política interna do PCC encontramos vários obstáculos. Desde logo, a opacidade da estrutura do centralismo democrático. Por outro lado – no meu caso – a falta de conhecimento da língua e dos códigos de língua implícitos e os subtextos que estão associados ao discurso dos dirigentes leva a que o processo interpretativo e indutivo seja mais complexo.
Embora seja referida por vezes a dicotomia ala direita/ala esquerda ou conservadores/reformistas, na verdade esta dialéctica não se aplica adequadamente à dinâmica interna do Partido (o que não quer dizer que não haja sensibilidades mais favoráveis à abertura política e/ou económica e outras menos).
Deste modo é necessário utilizar outro tipo de grelhas de análise. Por exemplo, Heitor Romana no seu muito interessante “República Popular da China: A Sede do Poder Estratégico” divide o posicionamento dentro do Comité Permanente do Politburo do PCC decorrente do 16º Congresso do PCC em dois grupos: sector moderado-tecnocrata e sector moderado-ideológico. No primeiro coloca dirigentes como o primeiro-ministro Wen Jiabao, Li Changchung ou Huang Ju. O segundo engloba o presidente hu Jintao, Zheng Qinhong ou Wu Bangguo. Os moderados-tecnocratas defendem que as reformas económicas – gradual introdução do capitalismo - devem ser controladas e conduzidas pela burocracia tecnocárica do Partido. Já os moderados-ideológicos “procuram controlar o processo [de reformas] assumindo uma posição de consciência ideológica do Partido face à ruptura do novo modelo de economia em relação ao sistema ideológico socialista”(p.150), não sendo contra as reformas –defendendo-as – são mais cautelosos face ao ritmo e à profundidade.
Numa outra perspectiva Cheng Li pergunta “Towards a system of one Party, two factions?”, num artigo publicado no início de Dezembro pela Jamestown Foundation da série China Brief. Grosso modo, Cheng identifica duas grandes coligações com base no percurso dos dirigentes, na origem geográfica e em questões ideológicas: os elitistas e os populistas. Os primeiros são identificados com o chamado “Grupo de Xangai”, tendo em Jiang Zemin e Zen Qinhong os actores primordiais, sendo seguidos por Wu Bangguo ou Huang Ju. Muitos destes dirigentes estudaram fora do país e estão mais ligados às províncias ricas do litoral. Outros são descendentes das famílias de dirigentes históricos; são os denominados “princelings”.
Contrariamente, o presidente Hu Jintao ou o primeiro-ministro Wen Jiabo são oriundos de famílias pouco abastadas e passaram parte significativa das suas carreiras políticas nas “fronteiras do império” e nas zonas menos desenvolvidas do interior e do oeste. Têm um discurso dirigido às zonas rurais, procurando alavancar a posição económica das províncias menos desenvolvidas – uma posição política expressa no último Plano Quinquenal através do conceito de “Novo Campo Socialista”.
As recentes detenções de dirigentes do PCC de Xangai, acusados de corrupção, indicam que a limpeza servirá para fortalecer a posição dos homens de Hu. Mas nada disto é linear. Prova disso foi a nomeação de um homem próximo de Jiang Zemin e do Grupo de Xangai para preparara a sessão plenária do 17º Congresso do PCC, onde será eleito o novo Politburo e o Comité Permanente do Poliburo, o sistema nervoso central do aparelho do Partido-Estado.

Cheng Li em “China’s inner-party democracy: toward a system of one party, two factions?” perspectiva que

“In the elections for the 16th Party Congress in 2002, most members of the elitist coalition appear to have voted for both Hu and Wen, since neither individual lost more than a few votes. One can reasonably predict that during the elections for the 17th Party Congress, both Hu and Wen are unlikely to receive the same categorical support. Members of the elite coalition have already begun to realize the need to constrain the powers of the populist coalition, and China’s politicians will be more familiar with the new “rules of the game” in elite politics. If these assumptions are correct, we may soon witness an even more dynamic and “bipartisan” phase in the development of China’s elite politics”.

Já Lyman Miller em “The Road to the 17th Party Congress"da Hoover Institution observa que

“the congress may elevate Hu Jintao’s implicitly designated successor. If
Hu himself follows the norm of retirement at age 70, his second term as party generalsecretary following the 17th Congress will be his last. Hu benefited from a process ofincremental preparation to succeed Jiang Zemin that began in 1992 and culminated in hisemergence as China’s top party, state, and military leader in the 2002–2004 leadershiptransition. If a course comparable to Hu’s is followed, preparation of Hu’s successorwould perhaps begin with his elevation onto the Politburo Standing Committee at the
17th Congress, followed by his incremental assumption of posts second in command toHu as vice president and, eventually, vice chairman of the CMC. Most of these posts are currently occupied by Zeng Qinghong, who will be 68 by the time of the party congress.The preparation of Hu’s successor may well become entangled in the fate of Zeng Qinghong, an important leader long associated with Jiang Zemin”.


Naturalmente que estas duas visões são oriundas de "think tanks" norte-americanos, carecendo provavelmente de carecem de pontos da China continental. Em todo o caso, serve este texto para lançar um assunto que irá certamente ser o acontecimento político do ano da China em 2007: o 17º Congresso do PCC.

Monday, December 25, 2006

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Leal Senado, Macau, 25 de Dezembro de 2006.

Saturday, December 23, 2006

sheng dan kuai le!

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Bom, feliz, tranquilo, pleno. Natal.

Wednesday, December 20, 2006

Parabéns RAEM

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Há sete anos Portugal dizia adeus ao “último pedaço do Império” -Macau era entregue/regressava à soberania chinesa. Desse dia, tenho recordações muito vagas. Lembro-me de ver a cerimónia na RTP 1, da cena de Rocha Vieira a guardar a bandeira junto ao peito e de considerar normal o que estava a acontecer. Não imaginava, de modo algum, que viesse a viver neste enclave à Beira-China.
Mas mais do que olhar para o modo como decorreu a transição de administração, interessa hoje olhar para o momento por que passa a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), numa altura que se vive a mais grave crise política desde 20 de Dezembro de 1999. Os efeitos da detenção do ex secretário para as obras públicas e transportes, Ao Man Long, ainda estão por ser avaliados. Em qualquer caso, ganha força a ideia que “Nada será igual daqui em diante”. Além de perguntar Quod Vadis, talvez se possa apenas inferir que Macau não sabe para onde vai, só sabe que não vai por aí... A aposta feita, numa gambling-based-driven economy sem um forte rule of law já se sabia que era de alto risco. E há sempre quem lembre: TINA-There Is No Alternative.

Monday, December 18, 2006

Sugestões natalícias sínicas

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Simon Leys, Ensaios sobre a China.

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David Shambaugh, Power Shift: China and Asia's New Dynamics

Paving the way

Ao longo da História, os processos de industrialização têm gerado, numa primeira fase um exército proletário e , posteriormente, uma classe média emergente que, se a princípio se ocupa mais com as maravilhas do consumo na economia de mercado, mais tarde toma atitudes para defender causas, princípios, ou, na maioria dos casos, interesses próprios. Tem sido neste contexto que vai surgindo a chamada sociedade civil. Se isto parece óbvio, não é um dado adquirido, ainda por cima num país em que coexiste um estado ainda centralizado e centralizador, com traços leninistas e bolsas que se vão enchendo e expandindo de economia de mercado. Há quem fale de leninismo de mercado, marketismo-leninismo ou apenas socialismo de mercado com características chinesas. E em virtude dessas especificidades, por vezes surge a questão: Será que há um excepcionalismo chinês?

Tudo isto vem a propósito deste artigo:

"When residents here in southern mainland China's richest city learned of plans to build an expressway that would cut through the heart of their congested, middle-class neighborhood, they immediately organized a campaign to fight city hall.
Over the next two years they managed to halt work on the most destructive and problematic segment of the highway and to force design changes to reduce pollution from the roadway. Their actions became a landmark in citizen efforts to win concessions from a government that by tradition brooked no opposition"


"Shenzhen's citizens are defending their rights", International Herald Tribune

Wednesday, December 13, 2006

O Novo Campo socialista

Em Acção.
"China is to abolish tuition and other fees for 150 million rural students, in a bid to narrow the gap between wealthy coastal provinces and poorer regions."

"China ends school fees for 150m" , BBC

Que nem tordos...

"Sacked Beijing vice mayor expelled from Party"
Mais um alto responsável apanhado nas malhas da luta anti-corrupção.

Monday, December 11, 2006

Há 5 anos

A China aderia à Organização Mundial de Comércio.
"After 5 years in WTO, China gets good report card", Reuters.
"China's WTO entry recasts economic landscape", China Daily.

No Oriente, agora médio

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Foto: Nic
O Nic, que nos trouxe o seu olhar a partir de Taiwan durante alguns anos, migrou para Ocidente para Doha. Vale a pena continuar a visitá-lo, no Tripping Out of My Space.

Sunday, December 10, 2006

Leituras Dominicais

"E Agora", João Costeira Varela no Hoje Macau.
"O dia seguinte", Rodolfo Ascenso no Ponto Final.
"The Dragon's metamorphosis ", David Gosset no Asia Times.

Saturday, December 09, 2006

With Great Power comes great responsability*

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"China's Communist Party has a new agenda: It is encouraging people to discuss what it means to be a major world power, and has largely stopped denying that China intends to become one soon."
"China opens public discussion of its rising power", Joseph Kahn no I.HT.


De acordo com este artigo, o Partido Comunista Chinês abre o debate sobre o estatuto de grande potência. Será que estamos mesmo perante uma mudança significativa acerca do modo como a China se apresenta ao mundo? Deng Xiaoping dissera que a China nunca deveria tomara dianteira nas questões internacionais e a sabedoria milenar chinesa ensina que o poder não deve ser proclamado mas sim reconhecido...

Para um aprofundamento do debate, ler, entre outros:

David Shambaugh, China Engages Asia, International Security, Volume 29, Issue 3, Winter 2005.

Alastair Iain Johnston, Is China a Status Quo Power?, International Security, Vol. 27, No. 4 (Spring 2003), pp. 5–56.

Avery Goldstein, The Diplomatic Face of China's Grand Strategy: A Rising Power's Emerging Choice, China Quarterly 2001.

*Uncle Ben to Peter Parker in Spider-Man I

O Caso Ao Man Long

Alguns ecos:
"Prosecutors mull Macau bribe charges", the Standard.
"Macau minister arrested for graft", The Standard
"Secretário detido após investigação das autoridades das RAE’s", Jornal Tribuna de Macau.
"O Dia seguinte", Leocardo.

Thursday, December 07, 2006

Ao que parece, yao man tai!

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"O secretário dos Transportes e Obras Pública s do governo de Macau, Ao Man Long, foi detido por alegado envolvimento num caso de corrupção, anunciou hoje o Chefe do Executivo, Edmund Ho.
O membro do governo foi detido pela polícia na noite de quarta-feira numa operação com aval de Edmund Ho.
O secretário dos Transportes e Obras Públicas já foi exonerado das suas fu nções numa proposta apresentada, e imediatamente aprovada, ao governo Central em Pequim.
Edmund Ho assumiu interinamente todas as pastas que estavam na dependência de Ao Man Long "até à nomeação" de um novo membro do Governo."

JCS Lusa/Macau

Wednesday, December 06, 2006

A China em debate

Hoje, na Universidade Nova de Lisboa, a partir das 13h, com a participação de Virginia Trigo, Yanyan Qiu, Edmundo Nobre Dora Alexandra Esteves Martins, Fernanda Ilhéu, entre outros.
Na Rua Marques de Fronteira 20, Lisboa

De regresso

À Porta da Baía. Após duas semanas nas origens.

1 2 3 40 anos depois

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Foi assim que foi conhecida a Revolução Cultural, por causa dos acontecimentos de 3 de Dezembro de 1966. Os dias de tumultos e cerco à administração portuguesa por parte dos guardas vermelhos continuaram durante as semanas seguintes. Quatro décadas depois convém que se faça mais luz sobre esses momentos cujo relato ainda, por vezes, é feito em voz baixa por alguns dos intervenientes.
Algumas leituras:

"A China impediu que Macau fosse invadido pelos guardas vermelhos durante a Revolução Cultural, nos anos sessenta, e ajudou a restaurar a autoridade da administração portuguesa, revela um novo estudo sobre a política externa chinesa."A China era vista como a potência mais revolucionária da Ásia, hostil ao Ocidente, mas em relação a Macau e Hong Kong sempre defendeu o status quo", realçou à Agência Lusa o autor do estudo, Moisés Silva Fernandes." Ler mais aqui.

“A Revolução Cultural legitimou o poder português”, Carlos Picassinos no Hoje Macau.


Além, claro, do livro de José Pedro Castanheira, "58 DIAS QUE ABALARAM MACAU"

Thursday, November 23, 2006

E o Sol brilhará para todos nós

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"China vai construir uma das maiores centrais de energia solar do mundo, na cidade de Dunhuang, na província noroeste de Gansu, informou hoje a agência noticiosa oficial chinesa Nova China.
A central terá uma capacidade de 100 megawats, custará cerca de 765 milhões de dólares (596,3 mil milhões de euros) e a construção terminará dentro de cinco anos, segundo a agência chinesa". (Lusa)

Vale a pena ler

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"Hu's purge for both power and purity", John Ng no Asia Times.
"Is India Emerging as France of Asia?", Alyssa Ayres na YaleGlobal.

Tuesday, November 14, 2006

Nas próximas semanas

O Sínico regressa, momentaneamente, ao Velho Continente.

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Pelo que a "postagem" será reduzida substancialmente.
Até já e obrigado a todos os que visitam este canto da blogosfera.

Saturday, November 11, 2006

O século da Ásia

José Cutileiro lembra, no Expresso, que
"Na quarta-feira, uma chinesa foi eleita director da Organização Mundial da Saúde. Um japonês dirige a UNESCO. O secretário-geral eleito da ONU é coreano. Em 2009, a China terá ultrapassado os Estados Unidos na emissão de CO2. Este século vai ser o século da Ásia."

O embaixador defende por isso que "Interesses e valores ocidentais serão mais bem garantidos se Europa e América do Norte fizerem causa comum".

Em 2002, Charles Kupchan escrevia:

"Europe will inevitably rise up as America's principal competitor. Should Washington and Brussels begin to recognize the dangers of the growing gulf between them, they may be able to contain their budding rivalry. Should they fail, however, to prepare for life after Pax Americana, they will ensure that the coming clash of civilizations will be not between the West and the rest but within a West divided against itself.

Ref. Kupchan, C. A. The End of the West. The Atlantic Monthly, November 2002. Volume 290, No. 4.

O que é que a vitória do Partido Democrata, nos EUA, pode ter a ver com isto? Ou será que estamos a meio de um processo estrutural de realinhamento complexo que leva a Europa a reforçar os laços com a Ásia (A China, especialmente), ao mesmo tempo que procura redesenhar a relação de forças com o parceiro transatlântico?

Monday, November 06, 2006

A Bian em apuros

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"Taiwan President Chen Shui-bian has refused to resign immediately but pledged to do so if his wife is found guilty of embezzlement, after using a TV address to deny accusations of corruption and to shore up support ahead of a possible vote on a recall motion".
Chen defies quit calls, The Standard.

Friday, November 03, 2006

Fórum China-África

Começa hoje, em Pequim. Algumas análises lúcidas sobre este relacionamento:


"The perils of Beijing's Africa strategy ", Elizabeth Economy and Karen Monaghan no International Herald Tribune.

"Wrong model, right continent", The Economist.

"China’s trade safari in Africa ", Jean-Christophe Servant no Le Monde Diplomatique.

"China as Africa's 'angel in white'", Scott Zhou no Asia Times.

Tuesday, October 31, 2006

China multilateral

Esta semana a China acolhe duas cimeiras de chefes de estado que ilustram bem a dinâmica e o alcance da estratégia chinesa para as relações internacionais.


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1. Ontem começou em Nanning a conferência China-ASEAN, um encontro que reúne Pequim e os dez países da Associação das Nações do Sudeste Asiático. Em cima da mesa está o plano de criação de uma zona de comércio livre, parcial em 2010, e total, em 2015. A propósito das ligações cada vez mais estreitas da China com os vizinhos asiáticos, vale a pena (re) ler “China Engages Asia”, de David Shambaugh.


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2.Na sexta-feira, começa a conferência de chefes de estado e de governo do Fórum China-África. Outra janela multilateral de Pequim. As relações sino-africanas estão cada vez mais na agenda diplomática internacional e na da investigação académica.

3. Em traços gerais, estes são os principais instrumentos de diálogo e cooperação, de âmbitito multilateral e regional, da China, criados nos últimos dez anos:

--Organização de Cooperação de Xangai: China, Russia mais antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central

--China-ASEAN: A China e os países do sudeste asiático

--Fórum China-África

--Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa

--ASEM: Asia Europe Meeting – fórum/encontro inter-regional que junta a União Europeia, os países da ASEAN mais a China, Japão e Coreia do Sul – juntamente com a Índia, Paquistão e Mongólia, países que foram convidados a juntar-se ao ASEM na cimeira deste ano.

Questões de algibeira:

1- Que tipo de estratégia está na base destas novas redes?
2- Para quando um fórum China-Mercosur ou Andean?
3 - Que tipo de ligação institucional poderá haver com o Médio-Oriente?
4 - Em que aspectos estes laços são complementares ou concorrenciais com os interesses norte-americanos em África, ASEAN e América Latina?

Na China

Do outro lado das Portas do Cerco, o olhar da jornalista Maria João Belchior, num blogue único, valioso.
Chamo a atenção, especialmente, para a notável reportagem que foi publicada na edição de dia 22 de Outubro da revista "Pública" sobre a Coreia do Norte.
Quem também lá esteve foi a jornalista Rita Colaço que elaborou uma reportagem impressionante para a RDP-Antena 1.
Parabéns às duas!

Monday, October 30, 2006

Parabéns

Ao Andarilho, Exilado, que exala há um ano consciência e consistência.

Saturday, October 28, 2006

China-UE-Pequim-Bruxelas

A União Europeia publicou um novo paper sobre as relações com a China.
Vale a pena dar uma espreitadela. Num destes dias vamos olhar para isto com mais atenção...

Thursday, October 26, 2006

Já está!!!

"Angola superou a África do Sul e tornou-se o maior parceiro comercial da China, disse hoje o vice-ministro chinês do Comércio, adiantando que o comércio sino-angolano ultrapassará os 7,9 mil milhões de euros até ao final do ano.
Segundo Wei Jianguo, nos primeiros nove meses de 2006, Angola foi o maior parceiro comercial chinês em África, com um comércio bilateral superior a 7,39 mil milhões de euros, seguindo-se a África do Sul, com um comércio bilateral superior a 5,40 mil milhões de euros" Lusa

Saturday, October 21, 2006

China-África-EUA

Interessante a análise de António Neto da Silva sobre as relações sino-africanas (via Bloguítica). Especialmente quando escreve que
"com essa concorrência garantem [os EUA] o apoio da China no combate ao terrorismo. É que, naquele combate, a China é um aliado fundamental. Mas esta aliança tácita só se manterá se a China não puder controlar, sozinha, as fontes de abastecimento de petróleo. Se um tal controlo lhe fosse permitido, a China desinteressar-se-ia da cooperação na guerra contra o terrorismo. E os EUA ver-se-iam a braços com a necessidade de se abastecerem, quase exclusivamente, dentro do espaço geográfico do conflito e de ter que enfrentar o terrorismo sem o apoio de um aliado imprescindível ao sucesso dessa luta".

Vale a pena (re) ler "A rising China counters US clout in Africa», Abraham McLaughlin no C.S.M.

Quanto à potencialidade normativa da China no plano internacional, tenho sérias dúvidas. Mesmo quando leio o que disse há dias um chefe de governo de um país africano lusófono:
"Por seu turno, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, também entrevistado pela Xinhua, disse que África devia aprender com a experiência chinesa e o seu modelo de desenvolvimento a fim de evitar ser marginalizado do processo de globalização".

O modelo de desenvovimento chinês é muito específico. Não me parece que seja exportável - só mesmo com muitas adpatações. Não me parece também que possa surgir como um modelo alternativo à ordem demo-liberal. Dito isto, há que reconhecer que, na prática, os cinco princípios da coexistência pacífica entram que nem faca em manteiga em África. A não ingerência é digerida com especial sabor por muitos lideres africanos.


Wednesday, October 18, 2006

Sobre as imagens no Tibete

Subscrevo o que diz o Rodolfo Ascenco, no Ponto Final:

"O governo chinês, que procura credibilizar-se aos olhos de todos – a começar pelos do próprio povo – não pode, simplesmente, ignorar as imagens de televisão que mostram civis a serem abatidos por militares no Tibete. Muito menos pode, face ao que se vê nas imagens, dizer que tentaram persuadir as pessoas a não passarem a fronteira ilegalmentePela reacção chinesa, as imagens são reais – e assim a desculpa esfarrapada. A censura à passagem da reportagem nos canais de televisão por satélite reforça essa convicção. Não comentar perante a imprensa internacional, como ontem sucedeu na conferência de imprensa do ministério dos Negócios Estrangeiros, é enterrar a cabeça na areia, como faz a avestruz.

Ler mais aqui.

Saturday, October 14, 2006

Afundado

Nos Jogos da Lusofonia, não posso deixar de reparar que

1. A Rússsia e a China opõem-se a "sanções extremas contra a Coreia do Norte".

2. A "Nova Esquerda" na China está com uma dinâmica que vale a pena acompanhar.

3. A Wikipedia está com acesso quase total na China. Excepto em chinês.

Friday, October 06, 2006

Não foi por acaso

que o general que liderou o golpe militar na Tailândia é muçulmano e que uma das razões invocadas para derrubar Thanksin Shinawatra foi a questão da unidade e integridade territorial:

Thailand's new military rulers say they have agreed to talks with Islamic rebels in the south, in a significant policy change from the ousted regime.

BBC

Tuesday, October 03, 2006

Ban Ki Moon: O Senhor que se segue

Fala de si como um homem dos consensos e que procura a harmonia na comunidade internacional. Mas afinal que tipo de Secretário-Geral da ONU vai ser este?

Excertos do discurso que proferiu no dia 21 de Setembro perante a Assembleia-Geral da ONU:

"The key lesson to be drawn from the Korean experience over the past decades is that education is key to development, and woman and girls are the most effective agents for change and social progress"

"The undiminished human suffering in Palestine remains another source of deep concern. We urge the early revival of the stalled peace process. The violence and loss of innocent lives in Iraq concern us enormously as well. We trust that Iraq will become a stable and prosperous democracy under the leadership of its new government"

O discurso pode ser lido aqui.

Monday, October 02, 2006

Friday, September 29, 2006

Então

Este é que é o anunciado primeiro-ministro civil que os militares golpistas tinham prometido (!!!)
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"Thailand's military rulers have chosen General Surayud Chulanont, a former head of the military, to succeed overthrown prime minister Thaksin Shinawatra, the website of state-run Radio Thailand reported Friday. The website quoted Thailand's auditor general Jaruvan Maintaka as telling reporters that Surayud, 63, was the generals' choice. "It is quite certain," she said."

"Retired general picked as new Thai PM: state radio2, Channel News Asia.

Thursday, September 28, 2006

O Fórum/China em África: leituras

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1. "a CPLP nunca fez nada, esteve sempre no papel. Apesar de existir a CPLP, Moçambique já dava sinais de querer sair da CPLP para entrar na Comonwealth. Oque travou Moçambique para se manter como país de língua portuguesa foi a China" (...) " a língua portuguesa nunca foi tão fundamental na concretização deste projecto apesar de todos falarem português, a não ser que haja um terceiro a pegar nesta língua e, à base desta língua, construir algo que diga respeito a todos e que dá vantagem a todos, que não prejudique nenhum dos países".
Entrevista a Narana Coissoró: "A China está a construir a sua obra"

2. " (...) o secretário-executivo-adjunto da CPLP, Tadeu Soares, rejeita ver o fórum como um substituto da comunidade de países criada há dez anos. “A CPLP foi a materialização de um sentimento já existente”, afirmou. Quanto ao Fórum, Tadeu Soares considera que “é como um shopping center onde a China pode ir de loja em loja falando com os ministros dos países lusófonos”.
"Para além do Fórum", no Hoje Macau

3."Beijing claims to attach no inconvenient political, environmental or social conditions to the money it hands over. Anyone who looks back over the past century and a half at the behaviour of the European colonial powers – and the Americans and the Soviets during the cold war – can see the absurdity of heaping blame only on China for behaving callously in Africa".
"Ugly face of China in Africa" Victor Mallet no Financial Times

Wednesday, September 27, 2006

Breves notas sobre o Fórum China-PLP

No passado fim-de-semana, Macau foi a capital da amizade sino-lusófona. Retórica à parte (a conferência ministerial esteve, como é hábito, repleta dela), não seria de esperar “grandes saltos” ou “golpes de asa” nesta reunião. De qualquer modo convém não subvalorizar alguns aspectos da reunião ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

1. A China anunciou a criação de uma linha de crédito para os países africanos de língua portuguesa no valor de 800 milhões de yuans (cerca de 100 milhões de dólares) para a construção de infra-estruturas.

2. O Pano de Acção coloca uma tónica mais forte no investimento. Alguns países (como por Portugal) expressaram o desejo de atrair investimentos chineses, nomeadamente no turismo e construção de infra-estruturas. A posição de Lisboa foi mais acertada este ano que há três anos, mas falta ainda uma visão mais clara de Portugal neste processo. Nota positiva, no entanto, para a forte presença , a maior de sempre, de empresas portuguesas na Feira Internacional de Macau. Além disso a criação do Centro de Negócios e do Centro de Distribuição de Produtos Portugueses para o mercado chinês parecem, à partida, óptimas iniciativas. Falta agora saber se estamos perante mais do mesmo, ou seja “fogo-de-vista” para chinês ver, como aconteceu ao longo dos últimos dez anos.

3. O mesmo Plano de Acção traz à tona novas áreas de cooperação como o turismo (os países lusófonos anseiam que Pequim os coloque nos mercados turísticos preferenciais), transportes – o objectivo é criar uma rede regular de ligações aéreas e marítimas entre os países indústria farmacêutica e combate à SIDA.

4. Fica, aparentemente, adiado o objectivo de reduzir as barreiras alfandegárias.

5. A estrutura do Fórum em Macau, o secretariado, terá que mudar. Terá que ser ágil, inovadora e catalisadora de projectos. A opinião é partilhada por praticamente todos os analistas que têm acompanhado o processo.

6. Se Macau é a Plataforma, a China é o gancho, o Brasil é de outro mundo, Portugal navega à vista e os outros vão à bolina.

7. Há um fértil campo de investigação sobre o verdadeiro impacto do Fórum nas relações bilaterais China-PLP e sobretudo vis-a-vis a CPLP.

8. São Tomé e Príncipe enviou uma ministra, Cristina Dias, responsável pela pasta do comércio, que pôde assistir ao que está a perder com a ligação com Taiwan. É claramente uma vitória diplomática de Pequim.

9. O Fórum é o que é e deve ser visto numa perspectiva mais ampla.

10. Três questões:

A - (pergunta construtivista) Como é que o Fórum cria novas percepções intersubjectivas entre os participantes e redefine os conceitos de pertença e da relação com o outro (a China , uma actor externo à lusofonia)?

B – (pergunta liberal-institucionalista) Que tipo de “regime “ é este, o criado pelo Fórum, e que “spill over effects” poderão surgir em virtude do reforço da cooperação económica e comercial que se apresenta como um “win-win game”?

C –(pergunta realista) Ao nível da balança de poderes dentro do Fórum, que países viram a sua posição relativa ser aumentada e de que modo? De que forma o Fórum serve os intuitos da China de emergir na cena internacional como uma grande potência?

Tuesday, September 26, 2006

vinte e cinco mil

"Page Viewers". Catorze mil e cem "unique visitors". Obrigado a todos.

Sacked!

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Secretário do Partido Couminista de Xangai, aliado de Jiang Zemin, afastado e detido em prisão domiciliário por alegado envolvimento em escândalo de corrupção.
"Jiang ally held over role in fund scandal", The Standart.
"Shanghai party chief sacked for graft", China Daily.

Monday, September 25, 2006

O Fórum

O balanço e tudo o resto. Amanhã por aqui.

Thursday, September 21, 2006

Para além do Fórum: A China e os Países de Língua Portuguesa

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Quando os ministros da China e dos países de língua portuguesa se juntarem este fim-de-semana espera-se que manifestem, de forma veemente, que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (FCECCPLP), criado em Macau em Outubro de 2003, não é uma redundância face às pré-existentes relações bilaterais.E como poderão fazer isso? A questão prende-se, em grande medida, com o que a China vai apresentar e que tem estado a ser negociado ao longo dos últimos meses nas embaixadas dos países lusófonos em Pequim.
Certamente que seria desejável que emergisse um “rasgo” e que o Ministro do Comércio, Bo Xilai, tirasse “um coelho da cartola”. Tal possibilidade afigura-se pouco provável, mas não impossível. Pelo menos a fazer crer na entrevista que Francis Tam, Secretário para a Economia e Finanças, concedeu à última edição da Revista Macau, em que garantia que “ele (Bo Xilai) está a trabalhar em algo para o sucesso do Fórum. Ele não vai estar em Macau, só para fazer um discurso e regressar a Pequim”.
Naturalmente que nestes três anos foram dados passos importantes nas relações sino-lusófonas: criou-se uma agenda comum, foi lançado um mecanismo multilateral, as trocas comerciais duplicaram, surgiram novos projectos de investimento e as visitas de chefes de estado e governo e ao nível ministerial multiplicaram-se.
Quer isto dizer indubitavelmente que esta nova realidade nas relações internacionais é palpável. Mas até que ponto o Fórum foi a força propulsora desta dinâmica e não apenas um elemento formal de complementaridade neste processo?

Da ideologia ao pragmatismo


Quando olhamos para este processo não devemos encará-lo isoladamente do que tem sido a política externa chinesa desde a fundação da República Popular da China (RPC) e, nomeadamente, desde o início, há mais de um quarto de século, da “Era da Reforma” de Deng Xiaoping. Sob a liderança de Deng, a China substituiu o radicalismo de Mao Zedong por uma nova abordagem pragmática da política interna e externa passando a ter como base a nova raison d’être do regime chinês: o desenvolvimento e a modernização da economia.
Na arena internacional, Pequim iniciou um caminho de descolagem da aliança táctica e tácita com os Estados Unidos da América (EUA) que tinha sido iniciada no início dos anos 1970 após a ruptura com a URSS, para abraçar um novo modelo ancorado em dois conceitos que ainda hoje são apresentados como o âmago da política externa da China: Paz e Desenvolvimento, seguindo a máxima de Deng Xiaoping: “Quanto mais forte a China crescer, mais hipóteses há para preservar a paz mundial” (é neste fraseado que sedimenta a retórica da “emergência pacífica” da China)
Além desse binómio – Paz e Desenvolvimento - Pequim proclamou nessa altura, início dos anos 1980, a postura de uma política externa independente, que seja conduzida para satisfazer as necessidades internas de um país que se levantava depois de ter vivido em constante convulsão durante os três primeiros quartéis do século XX. Necessidades dessas que passam actualmente sobretudo pela necessidade de diversificar o acesso a fontes de energia, nomeadamente, de petróleo de forma a alimentar uma economia em perigo de sobreaquecimento.
Tendo como base osproclamados “Cinco Princípios da Coexistência Pacífica” - respeito mútuo pela integridade territorial e soberania, não agressão mútua, não interferência nos assuntos internos, igualdade e benefício mútuo – a China mudou a sua abordagem face aos “Países em Desenvolvimento” de uma postura marcadamente ideológica, nos anos sessenta e setenta, para uma atitude definitivamente pragmática.
O comportamento da China face aos Países de Língua Portuguesa (PLP) deve ser pois entendido no quadro da sua relação com as nações em desenvolvimento em especial com África e a América Latina, uma vez que, à excepção de Portugal, todos os restantes PLP se situam na orla do que dantes era designado por “Terceiro Mundo”.

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Os sentidos das oportunidades

Em dois anos, o comércio bilateral aumentou mais de 100 por cento – passou de cerca de 11 mil milhões de dólares norte-americanos, em 2003, para mais de 23 mil milhões, em 2005, ao mesmo tempo que os grande projectos de cooperação emergiram num ambiente de reforço dos laços e consciencialização da importância desta parceria. Estes dados são impressionantes, no entanto, seria um acto de wishful thinking atribuir ao FCECCPLP a grande dose de responsabilidades pelos número. Sem dúvida que terá aberto a porta a alguns negócios, criando uma ambiente de aprofundamento de conhecimento mútuo e, consequentemente, novas oportunidades numa relação que aparece como um jogo de soma positiva para as duas partes, contudo esta tendência reflecte sim toda a estratégia da China para os países de língua portuguesa que, por sua vez, é subsidiária do novo posicionamento na economia política internacional, em especial, no relacionamento da China com os países em desenvolvimento. E todos sabem que o “big business”, o que realmente interessa, fez-se e far-se-ia independentemente do Fórum.
Ainda é cedo para avaliar de forma efectiva o papel e a influência que Fórum nas relações sino-lusófonas. De qualquer modo, parece claro que é urgente que haja um “Grande Salto”, sob pena de se tornar em pouco mais que um ornamento.
Sabe-se que o Plano de Acção que vai ser assinado este fim-de-semana vai incluir algumas novidades que poderão contribuir para que haja o tão esperado salto qualitativo. Sectores como o financeiro ou o turismo terão um papel de maior peso. Mas além de definir prioridades e proclamar boas intenções, o Fórum terá que abrir a porta para algo de substantivo. Em concreto, será importante iniciar um processo que conduza à facilitação do inestimento ou comércio; algo que a China tem estado a fazer com as negociações sobre acordos de livre-comércio com a Austrália ou os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
No meio disto tudo, Macau não tem que ser apenas a sede do Secretariado e o território anfitrião das sessões ministeriais. Já foram dados alguns passos, como os acordos que estão em preparação para evitar a dupla tributação com alguns países de língua portuguesa ou a formação de recursos humanos, entre outras iniciativas e actividades. Falta o resto: imaginação, rasgo e uma visão estratégica clara sobre as potencialidades deste processo. Pequim quis dar um sentido geo-político-económico, de facto, à RAEM, para que o território seja mais do que a “Las Vegas da Ásia”; seria um grande desilusão que esta oportunidade fosse perdida.

Wednesday, September 20, 2006

O homem que mordeu o panda

A drunken Chinese tourist says he bit a panda who attacked him after he jumped into a zoo enclosure to "hug" the bear.

Shinzo Abe: O senhor que se segue

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"Shinzo Abe is a political "blue blood". He comes from a dynasty that has already produced prime ministers - his grandfather and great uncle." BBC News

"When Japanese Prime Minister Junichiro Koizumi visited the controversial Tokyo war memorial known as Yasukuni Shrine last month, the story made headlines around the world and triggered indignant protests in Seoul and Beijing. But when the news broke a few days later that Koizumi's political confidant Shinzo Abe had made his own surreptitious visit to the shrine earlier in the year, few outside Japan took notice. " Ler mais na Newsweek.

Coup in Thailand (em actualização)

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"Signs of Thai coup have been there for months", por Richard Beeston, The Times.
"Military coup tumbles Thailand's Thaksin", Shawn W Crispin, no Asia Times.
"Asian cycle: An election, then a coup ", Seth Mydans, no International Herald Tribune

Coup

Thai Prime Minister Thaksin Shinawatra has declared a state of emergency in Bangkok amid reports of a coup attempt.
Soldiers have entered Government House and tanks have moved into position around the building.
Mr Thaksin, who is at the UN in New York, announced he had removed the chief of the army and had ordered troops not to "move illegally".

BBC

Monday, September 18, 2006

Vem aí

a sessão ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa...

Quando os ministros da China e dos países de língua portuguesa se juntarem este fim-de-semana, espera-se que manifestem de forma veemente que o Fórum criado em Macau em Outubro de 2003 não é uma redundância face às pré-existentes relações bilaterais.
E como poderão fazer isso? A questão prende-se apenas com o que a China vai apresentar e que tem estado a ser negociado ao longo dos últimos meses nas embaixadas dos países lusófonos em Pequim.

(continua)

Thursday, September 14, 2006

ASEM: a promessa do inter-regionalismo

O Asia-Europe Meeting (ASEM) é visto como um fórum de discussão entre os 25 países da União Europeia, as nações do sudeste asiático, a China, o Japão e a Coreia do Sul. E de facto pocuo mais é que um fórum, uma vez que, por norma, não são tomadas decisões que comprometam os 38 países. Em Helsínquia, foi isso que aconteceu.

"ASEM promete passar à acção na cooperação entre UE e Ásia", Fernando Sousa No DN

Ficam por ver na prática dinâmicas que passem por uma agenda e acção, de facto, inter-regional.
A propósito do ASEM, numa perspectiva teórica, valerá apena ler este ensaio, no Sínico Esclarecido.

A China e a "guerra contra o terrorismo" II

Oportunamente, este leitor referiu que a ligação que fiz apenas disponibiliza as primeiras 500 palavras. Felizmente, o Council on Foreign Relations publicou todo o artigo aqui.

Tuesday, September 12, 2006

A China e a "guerra contra o terrorismo"

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No dia em que passam cinco anos sobre aquela trágica manhã nova iorquina, vale a pena (re) ler este artigo publicado há quatro anos pela "Foreign Affairs":

"China's "War on Terror": September 11 and Uighur Separatism".

Monday, September 11, 2006

Wen Jiabao em discurso directo

"Democracy is a value pursued by all mankind and a fruit of civilisation created by mankind. However, in different historical stages and different countries, democracy is achieved through different forms and in different ways. There is not a single model".
(...)
"Democracy and direct elections in particular, should develop in an orderly way in keeping with the particular condition of a country. We are confident that when the people are capable of running a village through direct election, they will later be able to run a township, then a county and a province, true to the principle that our country is run by the people.
Since time is running out, I am afraid we have to stop here. The last message that I have for you is this: China’s development is a long-term and daunting task. To achieve development, we need peace, we need friends and we need time".

Ler mais em "Full text of the Chinese Prime Minister's interview", Times Online. (ligação via Arrastão)

Saturday, September 09, 2006

Mao 30 anos depois da morte

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"Chairman Mao's long shadow", Martin Adams, no Asia Times.
"Mon grand-père s'appelle Mao", Abel Segretin, no Libération.
"30 years on, Mao's memory preserved", Diego Montero, no China Daily.
Ler também,
"Mao, 30 anos depois", Exílio de Andarilho.

Tuesday, September 05, 2006

Legitimidade e legitimação na China pós-Maoísta

José Carlos Matias

Texto publicado no jornal Hoje Macau no dia 4 de Setembro de 2006.

Seguindo a definição formulada por Seymour Lipset, a legitimidade de um sistema político deverá ser entendida como a sua capacidade de engendrar e manter a crença de que as instituições políticas vigentes são as mais apropriadas para a sociedade. David Beetham acrescentou uma outra dimensão a este conceito, tendo em conta o processo de legitimação, ao nível da interacção comunicativa numa sociedade. Nesta perspectiva o objectivo passa pela reprodução da legitimidade de um regime num proceso em que a ideologia assume um papel relevante. Sendo óbvio, como referia Max Weber, que diferentes sistemas de dominação implicam lógicas díspares de legitimação, qualquer sistema procura fomentar a sua legitimidade, ou, por outras palavras, justificar-se.
Ao analisarmos o momento de transição por que passa a República Popular da China (RPC) no início deste século – um movimento que começou no final dos anos setenta com a ascenção ao poder de Deng Xiaoping – em termos de legitimidade e legitimação, somos levados a induzir que existe um desfasamento entre uma retórica da via socialista chinesa (o socialismo de mercado com características chinesas) e a realidade de uma sociedade desideologizada, que vai procurando adptar-se ao ritmo das mudanças decorrentes da abertura das portas ao capitalismo.

Verdade, Benevolência e Glória

Para percebermos o significado dos conceitos de legitimidade e legitimação na pós-Maoísta é importante mergulharmos (continuar a ler no Sínico Esclarecido)

Monday, September 04, 2006

Wednesday, August 30, 2006

Golpes d'Ásia I *

China e Vietname: transições e balança de poderes

Os caminhos da China e do Vietname cruzaram-se por várias vezes ao longo do século XX, gerando inimizades, desconfianças e uma guerra: em 1979 quando o Exército Popular de Libertação invadiu o território vietnamita, naquela que foi designada também de “Terceira Guerra da Indochina”.
Na altura faziam-se sentir os efeitos do cisma sino-soviético e da guerra entre o Vietname e o Camboja de Pol Pot. Mais de um quarto de século depois, os caminhos entre Hanói e Pequim cruzam-se de novo, mas agora sob a égide do pragmatismo e da transição de dois países que viveram experiências díspares, mas de algum modo comparáveis, de “socialismo real” para o capitalismo. Enquanto, pouco depois da guerra sino-vietnamita, Pequim começou a abandonar o colectivismo, num processo de desmaoização da sociedade e sobretudo da economia, sob o comando de Deng Xiaoping, Hanói abraçava o início da abertura à economia de mercado em 1986, quando o Partido Comunista do Vietname (PCV) decretou o início do período “doi moi” (Renovação). Contrariamente ao que Gorbatchov fez na URSS, a abertura no Vietname, à semelhança do que aconteceu na China, foi essencialmente económica e não política. Mas as semelhanças do percurso entre os dois vizinhos da Ásia Oriental não se ficam por aqui.
A abertura à economia de mercado trouxe consigo um movimento de melhoria geral das condições de vida da população. Mas, tal como no país vizinho, o desenvolvimento está fazer-se também à custa de expropriações em grande escala que estão a causar ondas de protesto, uma vez que as compensações pela perda de propriedade chegam tarde e são geralmente bastante inferiores ao que tinha sido prometido. Em Julho, quase diariamente dezenas de pessoas juntaram-se em frente da sede do PCV e nos “encontros com o povo” promovidos pelas autoridades. Em Abril, milhares de pessoas de três provícnias meridionais enviaram cartas ao governo em que acusam as autoridades locais de fazer expropriações ilegais.
Tal como a China, também o Vietname é cada vez mais destino de Investimento Directo Estrangeiro, mas o curioso é que uma fatia desse investimento provém justamente de capital chinês. Também ao nível do comércio bilateral, as ligações são cada vez mais significativas: em 2005 as trocas ultrapassaram 8 mil milhões dólares; em 2010 espera-se que atinjam 10 mil milhões. Politicamente é signifiactivo que a primeira visita ao exterior do recém-empossado primeiro-ministro vietanamita, Nong Duc Manh, tenha sido a Pequim. Na sequência dos econtros com os dirigentes chineses - como é habitual – Hanói e Pequim assinaram vários acordos de cooperação.
No entanto, simultaneamente, o Vietname vai fortalecendo o seu relacionamento com Washington, agora que o tempo vai sarando as feridas do passado belicoso. Em Junho, o Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, anunciou passos no sentido de reforçar a cooperação militar. Numa altura em que oVietame prepara a entrada na Organização Mundial de Comércio, e num cenário de forte crescimento económico, a China e os EUA competem pela fidelidade de Hanói. Os vietnamitas vertamente que agradecem, uma vez que assim poderão maximizar a sua posição estratégica e tirar proveitos económicos. A sua posição é clara, como disse Ton Nu Thi Ninh, vice-persidente da Comissão Parlamentar dos Negóciso Estrangeiros, ao New York Times: Neither "leaning over" toward Washington”, nor “bow” to Beijing. A administração Bush entretanto vai monitorizando a exopansão da rede económica e coemrcial da China no espaçod a Ásia Oriental, considerado “vital” para a segurança internacional norte-americana. Como escreve Jane perlez, no NYT: The Bush administration, also concerned about Beijing's designs in Asia, is happy to provide a counterweight. The competition between Beijing and Washington for Vietnam's allegiance sometimes seems toe-to-toe.


* Este é o primeiro de uma série de vários textos que planeio escrever sobre a Ásia Oriental, nomeadamente, acerca das relações da China com os países vizinhos.

Diplomacia de Megafone

US warns China against economic nationalismChina would damage its robust economy and hinder the government’s own policy objectives if it embraced economic nationalism, Susan Schwab, the US trade representative, said on Tuesday in Beijing.Ms Schwab also urged China to play a greater role, commensurate with its new economic power, in resuscitating the cause of global trade liberalisation following the collapse of the Doha round.

No FT.

Nota: Não deixa de ser irónica esta retórica de "superioridade moral" norte-americana sobre a liberalização do comércio quando, na prática, os EUA, o Japão e a UE têm sido consdieravelmnente resposnáveis pelos entrave às negociações de Doha.

Friday, August 25, 2006

Tuesday, August 22, 2006

Leituras Pós-Dominicais

1. "Both Japan and China need to break free from history. Yet in April 2005, Prime Minister Wen Jiabao of China demanded that Japan "face up to history squarely," setting the stage for his country's scripted anti-Japanese mob protests".
"Japan-China: Nationalism on the Rise", Brahma Chellaney no International Herald Tribune


2. "Washington is correct in not interfering in the Yasukuni issue. As a senior administration official told reporters before Koizumi's sayonara summit with Bush, "I don't think it's the place of either leader to tell the other one what he can and cannot do domestically."
But Beijing would argue that by not doing anything, Washington is in fact siding more with Tokyo. China could ask the United States how it can support Japan becoming a permanent member of the UN Security Council and embrace its re-emergence when the Japanese have not fully come to grips with their own history?"
"The China Syndrome", Liu Kin-ming no The Standard.

Monday, August 14, 2006

O que é nacional é bom

Ou, a força do "infant-industries argument"
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The Simpsons and Mickey Mouse are to be banned from peak-time TV schedules in China to try to protect the country's homegrown animators, reports say.
BBC News.

Leituras Pós-Dominicais

"The Odd Couple: Japan and China, The Politics of History and Identity", Haruko Satoh
The Japan Institute of International Affairs, via Yale Global.

"Viewpoint: China on the verge", William Pesek Jr. , Bloomberg News.

"Os chineses - uma reflexão", Exílio de Andarilho.

Saturday, August 12, 2006

Dos limites do modelo chinês

Será elucidativo ler o mais recente livro de Minxin Pei - China's Trapped Transition: The Limits of Developmental Autocracy. Numa review à obra, Andrew J. Nathan analisa, na "Foreign Affairs", as virtudes e limitações do modelo de desenvolvimento chinês, quer ao nível político quer económico. Minxin Pei considera que o processo de transição política está num impasse e que é pouco claro que veha a evoluir para um modelo democrático do tipo ocidental. Mais: diz que o que está a emergir é um "estado predador", infestado pela corrupção endémica e sistémica que assola com especial profundidade as estruturas lçocais do partido. Em suma Pei diz que Instead of evolving toward a full market economy, China is trapped in partial economic and political reforms.
A perspectiva deste autor deve ser tido em conta uma vez que estamos perante um dos mais conceituados peritos na politica e economica chinesa da actualidade. No entanto, como Nathan refere, há outras perspectivas, que sendo menos dramáticas, poderão acabar por dar uma visão mais abrangente.

Thursday, August 10, 2006

Este

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Chama-se Bopha.

A minha

província/região cresce mais que a tua!
A Xinhua explica tudo:

"An NBS report affirms that China's GDP grew 9.9 percent in 2005. If local government statistics are to be believed, then GDP growth averaged 12.39 percent in 2005.
The gap between the average GDP growth reported by local governments and the figure published by NBS has widened since 2000. This gap was 1.7, 2.0, 2.6 and 2.8 percentage points respectively in 2000, 2001, 2002 and 2003.
As the most important index reflecting regional economic growth, GDP growth is still the goal pursued by local governments and officials.
Since many corporations have branches in different provinces, their output and investment may be counted several times by different regions, leading to an exaggerated GDP figure, the newspaper said.
To avoid overblown figures, the central government is trying to restructure the official achievement evaluation system by introducing the new concept of green GDP, which would calculate environmental and ecological costs along with economic growth."


Ler mais em "Local governments report higher GDP growth than central government", no Diário do Povo.

Wednesday, August 09, 2006

Leituras A gosto (mais uma)

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"The world is frequently taken to be a collection of religions (or of "civilizations" or of "cultures"), ignoring other identities that people have and value, involving class, gender, profession, language, science, morals, and politics. This unique divisiveness is much more confrontational than the universe of plural and diverse classifications that shape the world in which we actually live."

Do Prefácio, p. xvi

Tuesday, August 08, 2006

Friday, August 04, 2006

Wednesday, August 02, 2006

Outros horizontes

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Desde há algum tempo que olho com atenção para o projecto Galileo, o sistema de Navegação e Posicionamento por Satélite da União Europeia, contruído –em construção– como alternativa (competidor) ao norte-americano Global Positioning System (GPS).
Considerei desde logo interessante este projecto por vários motivos: em primeiro lugar pela dimensão desta parceria entre a UE e a Agência Espacial Europeia (ESA); em segundo pelo facto de ter surgido numa altura em que as águas do Atlântico começam a deixar visíveis algumas fissuras; em terceiro, porque sendo uma “dual-use” technology implica questões de natureza política e económica e, simultaneamente, de índole securitário e, maxime, militar.
A importância do Galileo na construção de uma infraestrutura tecnológica, por si só, suscita implicações ao nível da intenção da UE não perder mais tempo numa corrida que continua a perder face aos EUA, ao nível da Investigação e Desenvolvimento e igualmente no que diz respeito à capacidade de dar um novo ímpeto à rede de transportes pan-europeia. Naturalmente que os EUA não viram com bons olhos esta iniciativa europeia. Afinal, por que é que os europeus vão gastar cerca de 3.3 mil milhões de euros num sistema deste género, se têm acesso ao GPS de forma “gratuíta”? Mas o que incomodou ainda mais Washington foi a parceria preferencial firmada entre a UE e a China, no desenvolvimento do Galileo.
Não deixa também de ser inetressante que o Galileo esteja sob a alçada da DG TREN – Directorate General dos Transportes e Energia da Comissão Europeia, ao passo que o GPS, criado nos anos 1970, nasceu e continua ligado ao Departamento de Defesa dos EUA.
Entretanto, a Rússia pretende finalmente tornar operacional na plenitude o seu sistema, o GLONASS e a China mantém no horizonte a criação de um sistema de navegação e posicionamento por satélite próprio.
Para olhar, de vários ângulos, para este tema, nasceu o PROJECTO GALILEO.

Sunday, July 30, 2006

Unrest

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"An unhappy toy story: Unrest in China", no IHT
Mais um exemplo da instabilidade que emerge no "Império do Meio". Ao contrário de outras manifestações, esta não é uma revolta camponesa, mas sim proletária...

A propósito vale a pena perder uns minutos e ler:

Esta entrevista a Hu Dongfang, na New Left Review

e a consultar o China Labour Watch

Saturday, July 29, 2006

Aí está

O novo número da Política Internacional. Uma edição com um forte componente de artigos sobre a China, através do Dossier "China no século XXI" para o qual tive a honra de poder dar o meu contributo.

Friday, July 28, 2006

Sobre a querra Israel-Hezzbollah (com adenda)

A que é travada no terreno e a de palavras que discorre na blogosfera, tenho lido e apreciado, particularmente, estes textos:

Planeta Hezzbollah, Rui Bebiano (Que saudades da Zona Non!), n'A Terceira Noite
"O regresso do reprimido", Miguel Vale d'Almeida
"As lealdades em debate", Bruno Sena Martins-Avatares e um desejo.

E já agora, aproveitando a sugestão do blogue supra-citado, vale a pena ler o que escreve o senhor Garton-Ash.

[Adenda]
Em todo o caso, salvaguardando algumas reservas quanto ao tom, encontro-me próximo do que Vital Mopreira e João Morgado Fernandes têm escrito.

Wednesday, July 26, 2006

Hong Kong democracy: A missão possível?

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Numa altura em que auumentam as movimentações políticas de figuras que pretendem marcar a agenda da democratização, como Anson Chan e Regina Ip, Donald Tsang veio dizer claramente:

"Chief Executive Donald Tsang Yam- kuen, tottering under the full weight of public outrage for dragging his feet over universal suffrage, claims there's "absolutely no problem" with implementing full democracy in Hong Kong." (The Standard)

Mas ainda não avançou com a calendarização. O que significam de facto estas palavras? Manobra para aliviar a pressão, após a visita do ex governador Chris Patten ou será que Pequim tem na manga, de facto, uma data para o sufrágio directo e universal?

Sunday, July 23, 2006

Politics in Hong Kong: O duelo das damas da "democracia"

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Anson Chan

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Regina Ip
Estas poderão ser as senhoras que se seguem. As duas tiveram responsabilidades políticas no passado recente e agora surgem como cartas no baralho político de Hong Kong. Ambas falam de democratização, mas de maneira diferente.
"Ip accuses Anson over her five years of silence"

Wednesday, July 19, 2006

Vale a pena

Ler esta entrevista de Elias Jabbour ao jornal Avante, para perceber que ainda há quem se deixe seduzir pelo "wishful though" da via chinesa para o socialismo. Esta entrevista e o enquadramento que é feito na abertura reflecte também a maneira confusa como o PCP olha para a China. Quanto ao BE, pura e simplesmente teima em não querer perceber limitando-se a apontar o dedo em riste ( com ou sem razão) ao que se está a passar deste lado do mundo. A questão é que além das considerações normativas é importante que haja uma dimensão de análise e um pensamento português sobre este modelo de desenvolvimento. Nesse sentido é relevante também olhar para a história e peceber em que contexto Pequim se está a mover, quer do ponto de vista da Ecomomia Política Internacional, quer ao nível da Segurança Internacional. Frases feitas, sinofobias e eurocentrismos é que não nos levam a lado nenhum.

Monday, July 17, 2006

We came in peace; we are friends III

Vai ser criado um novo jornal económico em língua inglesa a China continental. Este fim-de-semana, a Academia de Ciências Sociais da China anunciou o lançamento da publicação da"China Economist".
A revista, que vai ser publicada de dois em dois meses, tem como objectivo dissipar a visão da China como uma ameaça económica, uma opinião que tem vindo a ganhar terreno nos Estados Unidos e na Europa.

Sunday, July 16, 2006

Hong Kong Democracy

O chefe do executivo de Hong Kong referiu-se pela primeira vez a uma data para a eleição directa e universal do líder do governo.
Donald Tsang afirmou ontem que 2012 seria uma data possível para a intrudução do sufrágio universal. As delcrações foram proferidas durante uma visita a Singapura e surgiram no mesmo dia em que Anson Chan, antiga secertária-chefe de Hong Kong ter dito que Hong Kong não é uma sociedade democrática.
O chefe do governo lançou ainda um recado… “As pessoas não devem continua a usar slogans oportunistas”.

Ler mais em "Hong Kong leader hints at full vote in 2012 - paper", Reuters.

Thursday, July 13, 2006

Chefe, mas muito

O Chefe do Executivo fez duras críticas a uma parte da população que não estará disponível para fazer compromissos.
Segundo a edição de ontem do jornal Va Kio, numa reunião com altas figuras da sociedade de Macau, Edmund Ho admitiu que surgiram novos problemas nos últimos dois anos, mas que algumas pessoas usam métodos da era colonial para ganhar o apoio da população.
O líder do governo frisou que o executivo tem responsabilidades face a compromisos, mas certas figuras também.
Edmund Ho aproveitou para deixar recados, lembrando que o conceito “um país” “dois sistemas” não pode servir de desculpa para pedir ao governo central benefícios nem para ir a Pequim pedir protecção face ao dsenvolvimento regional e à globalização.
Ao mesmo tempo, o chefe do governo disse querer melhor a comunicação com a poulação. Nesse sentido serão criados porta-vozes sectoriais.

Mais detalhes, aqui.

Tuesday, July 11, 2006

Macau (Delta Asia Bank) - North Korea Connection

"Uma mina de ouro chamada Coreia do Norte"
Mais de 9 toneladas de ouro em pouco mais de três anos. Por Macau – ou melhor, pelos cofres do Banco Delta Ásia – passava a totalidade da produção da Coreia do Norte. E até algumas das suas reservas. Os lingotes iam parar a uma empresa alemã de comércio de ouro em Hong Kong e o Delta Ásia extraía da operação importantes lucros

Um trabalho do jornalista Ricardo Pinto, no Ponto Final.

Maria João Rodrigues

Em entrevista:

"O que nós temos que fazer é justamente desenvolver esses novos factores competitivos mas também reformar o modelo social. O que é fundamental é que as pessoas estejam capacitadas para ter acesso ao emprego, mas esse emprego podem ser vários postos de trabalho, várias profissões ao longo da vida, portanto isto quer dizer que a educação e a formação é a grande prioridade, justamente para que as pessoas possam ter essa mobilidade profissional e esse horizonte que os permite estar sempre, de uma maneira ou de outra, no mercado de trabalho"

"A China é o país que tem sido mais visitado por comissários europeus em várias frentes e isso demonstra a vontade da UE em trabalhar com Pequim. Nós sabemos que a China tem problemas profundos de reequilíbrio profissional e portanto a China manifesta interesse e cooperação nessas visitas. Uma das lições da experiência europeia é que a nossa política regional não é só uma política para compensar a falta de rendimento, para compensar as regiões, é uma política para as tornar mais competitivas e mais produtivas".

Ler entrevista completa ao jornal Hoje Macau aqui

Ouvir na Rádio Macau.

Tuesday, July 04, 2006

O Quarto Poder

China has squeaked past Britain by the tiniest of margins to become the world's fourth-largest economy, according to the World Bank's latest calculations.
The World Bank said that by its official measure China produced US$2.263825 trillion in output in 2005, just US$94 million, or 0.004 per cent, more than Britain. China comfortably overtook Britain last year based on each country's gross domestic product converted into US dollars at current exchange rates.
Ler mais aqui

Parabens

Ao Bloguitica, um dos meus blogues favoritos, pelos três anos de existência

Sunday, July 02, 2006

Leituras Dominicais

1. "The lame duck and the greenhorn";
"The challenge of unilateralism"
Henry C. Liu no Asia Times.

2. "A divided electorate on Hong Kong anniversary", The New York Times

Wednesday, June 28, 2006