Sunday, June 28, 2009
whateverism
Entre 1976 e 1978, quando Deng Xiaoping travava a luta interna contra os pós-Maoístas, a linha ortodoxa tinha como princípio fundamental o "whateverism". Quando Hua Guofeng sucedeu a Mao Zedong tornou-se conhecido por ter como pedra basilar os "Two Whatevers" (Liǎng gè fán shì): "We will resolutely uphold whatever policy decisions Chairman Mao made, and unswervingly follow whatever instructions Chairman Mao gave".
Ora, este princípio impedia o programa reformador de Deng Xiaoping que uma década antes tinha sido proscrito como revisionista e direitista durante a insanidade da Revolução Cultural. Foi contra esse whateverismo que Deng lutou e com sucesso. Paradoxalmente - ou talvez nem por isso - volvidos 30 anos, é o Whateverism Denguista que serve não só de bússola mas de guia para a acção na China. É nesse sentido que vão as palavras de Frank Ching, num artigo interessante publicado esta semana (24 de Junho) no South China Morning Post:
"China's leaders today should do what they think is best for the country and not be afraid of doing anything contrary to what Deng may once have said. Unless they have the courage to do this, they will return the country to the position it was in when Hua Guofeng succeeded Mao as party chairman. At that time, there were people, later labelled supporters of "whateverism", whose position was that whatever instructions Mao issued during his lifetime should be carried out and whatever Mao opposed should never be done.
Deng criticised the proponents of "whateverism". After all, China cannot be ruled by a dead man. That is as true today as it was then. Mao was evaluated by the party after his death and it was concluded that his contributions were greater than his errors, grievous though they were.
China and the party have changed. It may not be necessary to make a formal political assessment of Deng. But he would be the first to admit that he was not perfect, that he had made mistakes. The party does not need to act as though everything Deng said or did cannot be questioned. It is time to end this taboo".
Sunday, June 21, 2009
Leituras Dominicais
"What "Democracy" Means in China After 30 Years of Reform", Liu Yawei , China Elections and Governance.
"Beijing cautions US over Iran", M K Bhadrakumar, Asia Times.
"Shenzhen to test-run political reform", Stephanie Wang, Asia Times.
"Beijing cautions US over Iran", M K Bhadrakumar, Asia Times.
"Shenzhen to test-run political reform", Stephanie Wang, Asia Times.
Tuesday, June 16, 2009
Sunday, June 14, 2009
A vassoura de Wang Yang
Depois de Chen Shaoji, líder da Conferência Consultiva Política da província de Guangdong e ex líder da unidade de combate à corrupção provincial, e de Wang Huayuan, antigo alto dirigente em Guangdong e que estava a chefiar um órgão disciplinar do Partido na província de Zhejiang, esta semana foi a vez do mayor de Shenzhen Xu Zongheng ser apanhado nas malhas da campanha anti-corrupção liderada pelo "flamboyant" Chefe do Partido em Guangdong, Wang Yang. Wang está em guerra aberta com parte do status quo politico-económico da província mais rica da China, tendo um mandato claro do presidente Hu Jintao, de quem é visto como protegé. Falta saber se a vassoura de Wang sobe uns degraus.
A propósito, recordo aqui um texto que escrevi sobre Wang Yang no jornal Hoje Macau, há pouco mais de um ano.
Saturday, June 06, 2009
Friday, June 05, 2009
Lendo, relendo, vendo e ouvindo - Tiananmen 20 anos depois
1. Em Macau, os meios de comunicação social em português deram grande atenção ao 20º aniversário do Massacre de Tiananmen.
- "Tiananmen, 20 anos depois", programa especial da Rádio Macau.
- Exposição no Largo do Senado e entrevista a Ng Kuok Cheong, num noticiário da TDM em que foi dado grande destaque à efeméride.
- Editorial de José Rocha Dinis.
- "O estudante que desafio Li Peng", entrevista a Xiong Yan, Hoje Macau.
- "As histórias que não se podem contar", Ponto Final, num dos vários textos de oito páginas sobre o assunto.
2.O assunto foi destacado na imprensa de referência um pouco por todo o mundo:
- "Prosperity Can't Erase Tiananmen", Wuerkaixi no Wall Street Journal.
-"After Tiananmen and Prison, a Comfortable but Uneasy Life in the New China", New York Times.
- "Tiananmen Square: briefly, anything seemed possible", Tania Branigan, The Guardian
- "Ils étaient place Tiananmen", Le Monde.
- "L’après 1989 a marqué un arrêt du processus d’ouverture", entrevista com Zhou Duo no Libération.
3. Na China continental, um artigo publicado na versão em inglês do jornal Global Times foi uma excepção ao manto de silêncio. Este artigo, extenso e elaborado, dá conta da perspectiva do Partido sobre a evolução da China desde 4 de Junho de 1989.
"Prosperity tangible along Chang'an Ave", Jiang Xueqing, Global Times.
Thursday, June 04, 2009
20 anos depois...
Naquela noite de 3 de Junho, Zhao Zhiyang estava sentado com a família no quintal. De repente ouviu disparos intensos. “Uma tragédia que iria chocar o mundo não tinha sido evitada”, disse mais tarde, em prisão domiciliária, o antigo secretário-geral para um gravador, onde secretamente gravava as suas memórias, tornadas públicas em Maio deste ano.
Em consequência da carga do Exército Popular de Libertação, morreram centenas, talvez milhares de pessoas, sobretudo estudantes, que protestavam há várias semanas na Praça de Tiananmen, Praça da Paz Celestial, símbolo da Nova China, nascida em 1949.
O desfecho resulta de várias semanas de protestos e reuniões da liderança chinesa, que acabou por optar pelo uso da força, perante a insistência dos estudantes em não abandonar a Praça. Tudo começou com a morte do antigo secretário-geral do Partido Comunista Chinês Hu Yaobang. Mas para compreender o que se passou em Abril, Maio e Junho de 1989, é necessário recuar a 1986. Nessa altura na estrutura dirigente havia já claramente uma divisão: de um lado estavam líderes como o secretário-geral Hu Yaobang e o primeiro-ministro Zhao Zhiyang, que defendiam que o Partido comunista Chinês devia avançar mais rapidamente com reformas políticas, a par da abertura económica. Do outro estavam os chamados conservadores como os anciãos Li Xiannian ou Chen Yun que alertavam contra o perigo da descaracterização ideológica do partido e contra o perigo do caos através da abertura política. No meio sentava-se Deng Xiaoping, que em 1978 tinha arrancado com as reformas, abrindo uma nova página na história da China.
Em Dezembro de 1986, milhares de estudantes protestaram contra o ritmo lento das reformas. Em Janeiro de 1987, Hu Yaobang foi afastado do cargo de secretário-geral por alegadamente ter sido demasiado brando com os estudantes e por não ter sido capaz de controlar os protestos.
Zhao Zhiyang, que era primeiro-ministro, passou para o lugar de hu, ao passo que Li Peng ficou com a chefia do governo.
Em Abril de 1989, os mesmos três protagonistas juntamente com Deng Xiaoping iriam ser actores principais dos acontecimentos de Tiananmen.
A 15 de Abril, durante uma reunião do Poliburo, do qual ainda fazia parte apesar de ter sido afastado de secretário-geral, Hu Yaobang morreu vítima de uma ataque cardíaco. O Partido prestou homenagem classificando Hu como um grande Revolucionário Proletário. Mas para muitos jovens morria o dirigente que representava a mudança e a possibilidade de abertura política da China e a luta por uma governação limpa e incorrupta. Nas universidades o ambiente já era tenso há algum tempo. Dois dias depois do anúncio da morte de Hu Yaobang, já mais de mil estudantes estavam em Tiananmen.
Uma semana depois da sua morte, cerca de 100 mil estudantes marcaram presença no funeral de Hu Yaobang e rumaram à praça de Tiananmen para entregar uma carta ao então primeiro-ministro Li Peng em que pediam que a forma como Partido julgou o ex secretário-geral fosse revista e em que faziam apelos a reformas políticas. Os protestos começaram a espalhar-se a outras cidades. Por todo o país surgiram manifestações em solidariedade com os estudantes de Pequim. Entretanto, é formada na capital a Federação Autónoma de Estudantes, uma organização à margem das estruturas do partido e do Estado, algo que foi visto como o soar do alarme na cúpula do Partido. Entretanto Zhao Zhiyang que vinha a defender desde o início a necessidade de dialogar com os estudantes parte para a Coreia do Norte para uma visita de uma semana. Na ausência do secretário-geral, alguns membros do Politburo, entre os quais Li Peng, reunira-se com Deng Xiaoping, que apesar de já não pertencer aos órgãos de topo formalmente, era de facto, ainda quem mais poder de influência tinha, em conjunto com os restantes sete membros do Conselho dos Anciãos.
Deng foi convencido que o movimento era muito perigoso, que se tratava de um movimento contra-revolucionário, cujo objectivo era derrubar o Partido Comunista Chinês. Estas posições assumidas pelo Pequeno Timoneiro foram expressas num editorial no Diário do Povo, que viria a ser um novo foco de contestação e ira. Na memória dos líderes estava ainda a revolução cultural que 20 anos antes tinha lançado o caos no país. Era imperativo evitar que isso se repetisse. O editorial inflamou os estudantes. De regresso de Pyongyang, Zhao Zhiyang discordou do tom do texto e começou a entrar em rota de colisão com Li peng que defendia mão dura. As divisões dentro do Comité permanente do Politburo tornaram-se visíveis quando a 4 de Maio, num encontro do Banco de Desenvolvimento Asiático Zhao tinha dito que o que estudantes pretendiam era apenas a correcção de políticas e a luta contra a corrupção e por maior transparência. Nessa altura Zhao defendeu que o governo e o Partido deviam responder positivamente às exigências dos estudantes que fossem razoáveis. A partir dessa altura os estudantes aumentaram ainda mais de tom os protestos. A imprensa internacional dava cada vez mais atenção aos estudantes.
O Washington Post publicou mesmo um artigo em que elogiava Wuerkaixi e Wan Dan, dois dos principais líderes estudantis. Os protestos ganharam outra dimensão com o início de uma greve de fome. No manifesto de 13 de Maio, os estudantes exigiam que o governo entrasse de imediato em diálogo e que rectificasse a forma como se referiu ao movimento, passando a designar a luta dos estudantes como patriótica e democrática Nas manifestações entretanto surgiam mais cartazes de apelo á liberdade de imprensa, democracia e contra o Partido, a par de outras causas como a luta contra a corrupção ou a inflação. A radicalização da luta surgiu na altura em que Mikail Gorbachov visitava a China. O arquitecto das reformas na União Soviética. A 16 de Maio, no encontro com Mikail Gorbachev, Zhao referiu, em público, que apesar de já se ter retirado, a voz de Deng ainda era que tinha mais autoridade em questões de grande importância, no processo de tomada de decisões do Partido e do Estado. A declaração foi mal recebida pela facção conservadora. Era o início do fim de Zhao Zhiyang. Numa reunião do Comité Permanente do Politburo com Deng Xiaoping, Li Peng responsabilizou Zhao pelo “caos” e o próprio Deng sugeriu a adopção da Lei Marcial em Pequim. Zhao opôs-se claramente defendendo que o partido devia corrigir o editorial de 26 de Abril e que era importante manter o diálogo e tentar isolar a minoria subversiva, sem recorrer à força.
A 19 de Maio Zhao desceu à praça de Tiananmen para pedir aos estudantes que terminassem a greve de fome e para abandonarem a Praça antes que fosse tarde demais. Zhao estava em lágrimas, exausto. Ao seu lado estava o seu secretário, Wen Jiabao, hoje primeiro-ministro. A lei Marcial acabou por ser imposta a 20 de Maio. Dois dias depois, Zhao Zhiyang foi afastado dos cargos que detinha no Partido e colocado sob prisão domiciliária. Os estudantes continuaram na Praça a desafiar a lei marcial durante maus duas semanas, até que na madrugada de 3 para 4 de Junho, a liderança chinesa decidia que, chegado este ponto, não havia outra solução que não a utilização da força, do exército. Com unidades vindas de fora da capital. O banho de sangue não tinha sido evitado. A imagem da China ficava manchada. As imagens correram mundo… em especial aquela imagem do jovem estudante que desafiava um tanque, impedindo a passagem. A seis de Junho, numa reunião de dirigentes do Partido, Deng Xiaoping dizia que se não se tivesse posto um ponto final à revolta contra-revolucionária havia o perigo de guerra civil… “Imaginem quantas pessoas teriam morrido”, perguntou em jeito de afirmação…
Em consequência da carga do Exército Popular de Libertação, morreram centenas, talvez milhares de pessoas, sobretudo estudantes, que protestavam há várias semanas na Praça de Tiananmen, Praça da Paz Celestial, símbolo da Nova China, nascida em 1949.
O desfecho resulta de várias semanas de protestos e reuniões da liderança chinesa, que acabou por optar pelo uso da força, perante a insistência dos estudantes em não abandonar a Praça. Tudo começou com a morte do antigo secretário-geral do Partido Comunista Chinês Hu Yaobang. Mas para compreender o que se passou em Abril, Maio e Junho de 1989, é necessário recuar a 1986. Nessa altura na estrutura dirigente havia já claramente uma divisão: de um lado estavam líderes como o secretário-geral Hu Yaobang e o primeiro-ministro Zhao Zhiyang, que defendiam que o Partido comunista Chinês devia avançar mais rapidamente com reformas políticas, a par da abertura económica. Do outro estavam os chamados conservadores como os anciãos Li Xiannian ou Chen Yun que alertavam contra o perigo da descaracterização ideológica do partido e contra o perigo do caos através da abertura política. No meio sentava-se Deng Xiaoping, que em 1978 tinha arrancado com as reformas, abrindo uma nova página na história da China.
Em Dezembro de 1986, milhares de estudantes protestaram contra o ritmo lento das reformas. Em Janeiro de 1987, Hu Yaobang foi afastado do cargo de secretário-geral por alegadamente ter sido demasiado brando com os estudantes e por não ter sido capaz de controlar os protestos.
Zhao Zhiyang, que era primeiro-ministro, passou para o lugar de hu, ao passo que Li Peng ficou com a chefia do governo.
Em Abril de 1989, os mesmos três protagonistas juntamente com Deng Xiaoping iriam ser actores principais dos acontecimentos de Tiananmen.
A 15 de Abril, durante uma reunião do Poliburo, do qual ainda fazia parte apesar de ter sido afastado de secretário-geral, Hu Yaobang morreu vítima de uma ataque cardíaco. O Partido prestou homenagem classificando Hu como um grande Revolucionário Proletário. Mas para muitos jovens morria o dirigente que representava a mudança e a possibilidade de abertura política da China e a luta por uma governação limpa e incorrupta. Nas universidades o ambiente já era tenso há algum tempo. Dois dias depois do anúncio da morte de Hu Yaobang, já mais de mil estudantes estavam em Tiananmen.
Uma semana depois da sua morte, cerca de 100 mil estudantes marcaram presença no funeral de Hu Yaobang e rumaram à praça de Tiananmen para entregar uma carta ao então primeiro-ministro Li Peng em que pediam que a forma como Partido julgou o ex secretário-geral fosse revista e em que faziam apelos a reformas políticas. Os protestos começaram a espalhar-se a outras cidades. Por todo o país surgiram manifestações em solidariedade com os estudantes de Pequim. Entretanto, é formada na capital a Federação Autónoma de Estudantes, uma organização à margem das estruturas do partido e do Estado, algo que foi visto como o soar do alarme na cúpula do Partido. Entretanto Zhao Zhiyang que vinha a defender desde o início a necessidade de dialogar com os estudantes parte para a Coreia do Norte para uma visita de uma semana. Na ausência do secretário-geral, alguns membros do Politburo, entre os quais Li Peng, reunira-se com Deng Xiaoping, que apesar de já não pertencer aos órgãos de topo formalmente, era de facto, ainda quem mais poder de influência tinha, em conjunto com os restantes sete membros do Conselho dos Anciãos.
Deng foi convencido que o movimento era muito perigoso, que se tratava de um movimento contra-revolucionário, cujo objectivo era derrubar o Partido Comunista Chinês. Estas posições assumidas pelo Pequeno Timoneiro foram expressas num editorial no Diário do Povo, que viria a ser um novo foco de contestação e ira. Na memória dos líderes estava ainda a revolução cultural que 20 anos antes tinha lançado o caos no país. Era imperativo evitar que isso se repetisse. O editorial inflamou os estudantes. De regresso de Pyongyang, Zhao Zhiyang discordou do tom do texto e começou a entrar em rota de colisão com Li peng que defendia mão dura. As divisões dentro do Comité permanente do Politburo tornaram-se visíveis quando a 4 de Maio, num encontro do Banco de Desenvolvimento Asiático Zhao tinha dito que o que estudantes pretendiam era apenas a correcção de políticas e a luta contra a corrupção e por maior transparência. Nessa altura Zhao defendeu que o governo e o Partido deviam responder positivamente às exigências dos estudantes que fossem razoáveis. A partir dessa altura os estudantes aumentaram ainda mais de tom os protestos. A imprensa internacional dava cada vez mais atenção aos estudantes.
O Washington Post publicou mesmo um artigo em que elogiava Wuerkaixi e Wan Dan, dois dos principais líderes estudantis. Os protestos ganharam outra dimensão com o início de uma greve de fome. No manifesto de 13 de Maio, os estudantes exigiam que o governo entrasse de imediato em diálogo e que rectificasse a forma como se referiu ao movimento, passando a designar a luta dos estudantes como patriótica e democrática Nas manifestações entretanto surgiam mais cartazes de apelo á liberdade de imprensa, democracia e contra o Partido, a par de outras causas como a luta contra a corrupção ou a inflação. A radicalização da luta surgiu na altura em que Mikail Gorbachov visitava a China. O arquitecto das reformas na União Soviética. A 16 de Maio, no encontro com Mikail Gorbachev, Zhao referiu, em público, que apesar de já se ter retirado, a voz de Deng ainda era que tinha mais autoridade em questões de grande importância, no processo de tomada de decisões do Partido e do Estado. A declaração foi mal recebida pela facção conservadora. Era o início do fim de Zhao Zhiyang. Numa reunião do Comité Permanente do Politburo com Deng Xiaoping, Li Peng responsabilizou Zhao pelo “caos” e o próprio Deng sugeriu a adopção da Lei Marcial em Pequim. Zhao opôs-se claramente defendendo que o partido devia corrigir o editorial de 26 de Abril e que era importante manter o diálogo e tentar isolar a minoria subversiva, sem recorrer à força.
A 19 de Maio Zhao desceu à praça de Tiananmen para pedir aos estudantes que terminassem a greve de fome e para abandonarem a Praça antes que fosse tarde demais. Zhao estava em lágrimas, exausto. Ao seu lado estava o seu secretário, Wen Jiabao, hoje primeiro-ministro. A lei Marcial acabou por ser imposta a 20 de Maio. Dois dias depois, Zhao Zhiyang foi afastado dos cargos que detinha no Partido e colocado sob prisão domiciliária. Os estudantes continuaram na Praça a desafiar a lei marcial durante maus duas semanas, até que na madrugada de 3 para 4 de Junho, a liderança chinesa decidia que, chegado este ponto, não havia outra solução que não a utilização da força, do exército. Com unidades vindas de fora da capital. O banho de sangue não tinha sido evitado. A imagem da China ficava manchada. As imagens correram mundo… em especial aquela imagem do jovem estudante que desafiava um tanque, impedindo a passagem. A seis de Junho, numa reunião de dirigentes do Partido, Deng Xiaoping dizia que se não se tivesse posto um ponto final à revolta contra-revolucionária havia o perigo de guerra civil… “Imaginem quantas pessoas teriam morrido”, perguntou em jeito de afirmação…
Tuesday, June 02, 2009
Geithner na China
"Em vez de lições, os norte-americanos vão agora à China dar explicações", Lina Ferreira, no telejornal da TDM, numa peça sobre a visita de Timothy Geithner .
In his first visit to China as Treasury secretary, Timothy F. Geithner seems to be taking a new approach to dealing with China. With the global financial crisis reverberating, Mr. Geithner is applauding Beijing’s efforts to stimulate its economy, trying to lay the foundation for future negotiations and promising that the United States will press for China to have a bigger role in the management of the global economy
david Barboza no NYT
In his first visit to China as Treasury secretary, Timothy F. Geithner seems to be taking a new approach to dealing with China. With the global financial crisis reverberating, Mr. Geithner is applauding Beijing’s efforts to stimulate its economy, trying to lay the foundation for future negotiations and promising that the United States will press for China to have a bigger role in the management of the global economy
david Barboza no NYT
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