O Governo Chinês encerrou mais de 12 mil netcafés nos últimos meses de 2004. Com o argumento desses locais operarem de modo ilegal e de de proteger os mais jovens da influência pérfida da rede, o executivo central prossegue a campanha de "criar um ambiente mais seguro pra os jovens do país". Como sempre o estado trata não só os jovens , mas os cidadãos em geral como crianças que não são responsáveis pelo que podem ver e acima de tudo pelo que podem eventualmente pensar. Assim se percebe o controlo que Pequim exerce sobre os conteúdos. Não só face á "imoralidade" da pornografia, mas em especial no que diz respeito a conteúdos subversivos. Há umas semanas falava com um americano radicado em Guilin que me contava que se escrever a palavra "Tianamen Massacre" num motor depesquisa, o resultado é uma página em branco. Esta tendência dos regimes totalitários de omitir as palavras, os signos, julgando que assim apagam o significado e a memória dos acontecimentos foi bem descrita na famosa novela de George Orwell "1984". O Grande Irmão protege os cidadãos contra eles próprios, mas quem os protege do Big Brother?
A propósito do acesso à informação, numa recente visita à China continental falava com o guia dos jornalistas de Macau, um guia com cartão do partido e funcionário do Ministério Chinês dos Negócios Estrangeiros, sobre o acesso a canais de notícias internacionais. Ele dizia que o comum dos chineses não tinha acesso à BBC ou CNN, mas ele por acaso até tinha e gostava imenso da "Aintie Beeb".
Sobre este assunto:
http://news.bbc.co.uk/1/hi/technology/4263525.stm
http://thestar.com.my/news/story.asp?file=/2005/2/14/latest/21386Chinashut&sec=latest
Tuesday, February 15, 2005
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment