Wednesday, August 02, 2006

Outros horizontes

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Desde há algum tempo que olho com atenção para o projecto Galileo, o sistema de Navegação e Posicionamento por Satélite da União Europeia, contruído –em construção– como alternativa (competidor) ao norte-americano Global Positioning System (GPS).
Considerei desde logo interessante este projecto por vários motivos: em primeiro lugar pela dimensão desta parceria entre a UE e a Agência Espacial Europeia (ESA); em segundo pelo facto de ter surgido numa altura em que as águas do Atlântico começam a deixar visíveis algumas fissuras; em terceiro, porque sendo uma “dual-use” technology implica questões de natureza política e económica e, simultaneamente, de índole securitário e, maxime, militar.
A importância do Galileo na construção de uma infraestrutura tecnológica, por si só, suscita implicações ao nível da intenção da UE não perder mais tempo numa corrida que continua a perder face aos EUA, ao nível da Investigação e Desenvolvimento e igualmente no que diz respeito à capacidade de dar um novo ímpeto à rede de transportes pan-europeia. Naturalmente que os EUA não viram com bons olhos esta iniciativa europeia. Afinal, por que é que os europeus vão gastar cerca de 3.3 mil milhões de euros num sistema deste género, se têm acesso ao GPS de forma “gratuíta”? Mas o que incomodou ainda mais Washington foi a parceria preferencial firmada entre a UE e a China, no desenvolvimento do Galileo.
Não deixa também de ser inetressante que o Galileo esteja sob a alçada da DG TREN – Directorate General dos Transportes e Energia da Comissão Europeia, ao passo que o GPS, criado nos anos 1970, nasceu e continua ligado ao Departamento de Defesa dos EUA.
Entretanto, a Rússia pretende finalmente tornar operacional na plenitude o seu sistema, o GLONASS e a China mantém no horizonte a criação de um sistema de navegação e posicionamento por satélite próprio.
Para olhar, de vários ângulos, para este tema, nasceu o PROJECTO GALILEO.

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