1. Ontem começou em Nanning a conferência China-ASEAN, um encontro que reúne Pequim e os dez países da Associação das Nações do Sudeste Asiático. Em cima da mesa está o plano de criação de uma zona de comércio livre, parcial em 2010, e total, em 2015. A propósito das ligações cada vez mais estreitas da China com os vizinhos asiáticos, vale a pena (re) ler “China Engages Asia”, de David Shambaugh.
2.Na sexta-feira, começa a conferência de chefes de estado e de governo do Fórum China-África. Outra janela multilateral de Pequim. As relações sino-africanas estão cada vez mais na agenda diplomática internacional e na da investigação académica.
3. Em traços gerais, estes são os principais instrumentos de diálogo e cooperação, de âmbitito multilateral e regional, da China, criados nos últimos dez anos:
--Organização de Cooperação de Xangai: China, Russia mais antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central
--China-ASEAN: A China e os países do sudeste asiático
--Fórum China-África
--Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa
--ASEM: Asia Europe Meeting – fórum/encontro inter-regional que junta a União Europeia, os países da ASEAN mais a China, Japão e Coreia do Sul – juntamente com a Índia, Paquistão e Mongólia, países que foram convidados a juntar-se ao ASEM na cimeira deste ano.
Questões de algibeira:
1- Que tipo de estratégia está na base destas novas redes?
2- Para quando um fórum China-Mercosur ou Andean?
3 - Que tipo de ligação institucional poderá haver com o Médio-Oriente?
4 - Em que aspectos estes laços são complementares ou concorrenciais com os interesses norte-americanos em África, ASEAN e América Latina?
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