Sunday, July 24, 2005

O yuan revalorizado e revisitado

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Ao longo destes dias muito tem sido escrito sobre a reforma do valor da moeda chinesa.Destaco aqui algumas contribuições:David Barboza no New York Times (via I.HT.) destaca o risco de uma sobrecarga de "hot money" especulativo que começou a entrar na China na sexta-feira, um dia depois do anúncio do Banco Central da China de desligar o yuan do "peg" fixo face ao dólar, passando a cotar a divisa chinesa contra um cabaz de moedas. Muitos investidores seguem as previsões que indicam que o yuan deverá continuar a valorizar-se contra o dólar ao longo dos próximos meses, podendo subir entre 10 a 20 por cento até ao final do ano. O novo mecanismo permite isso e muito mais. A banda de negociação diária da divisa chinesa é de 0.6 por cento - podendo por isso subir até 0.3 por cento diariamente. O que naturalmente não deverá acontecer. Certo é que a pressão vai aumentar, uma vez que com um crescimento económico "de cortar a respiração", a tendência será para uma valorização gradual do yuan. Veja-se por exemplo um estudo do Banco Mundial que prevê que o yuan suba para 5.80 por cada dólar em 2010, atingindo 2.80 yuans por cada unidade da moeda americana em 2020.Vários analistas têm sublinhado que esta medida é mais política que económica. Ou seja, o objectivo é agradar parceiros comerciais como os Estados Unidos e a União Europeia que se queixavam de uma situação de injustiça no comércio internacional devido a um valor artificialmente baixo do yuan. Mas há outras questões em jogo. Paul Krugman por exemplo lembra que "To keep China's currency from rising, the Chinese government has been buying up huge quantities of dollars and investing the proceeds in U.S. bondsadiantando que, "if the Chinese stopped buying all those U.S. bonds, interest rates would rise. This would be bad news for housing - maybe very bad news, if the interest rate rise burst the bubble" (...) Right now America is a superpower living on credit - something I don't think has happened since Philip II ruled Spain. What will happen to our stature if and when China takes away our credit card? Vêm aí tempos interessantes...

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