Friday, December 21, 2007
Vou ali (aí)
Feliz Natal e de um Bom Ano Novo, que é como quem diz:
聖誕快樂! (sheng dan kuai le)
新年快樂! (xin nian kuai le)
Thursday, December 20, 2007
Wednesday, December 19, 2007
Sugestões para o sapatinho
"The Geography of Thought: How Asians and Westerners Think Differently...and Why", Richard Nisbett.
"Charm Offensive: How China's Soft Power Is Transforming the World", Joshua Kurlantzick.
"As orignes do totalitarismo", Hannah Arendt.
Sunday, December 16, 2007
Thursday, December 13, 2007
70 anos
Sete décadas depois, as feridas estão por sarar. O Massacre de Nanjing (Nanquim) ocupa na memória da China um lugar de luto, que, em muitos casos, se transforma em ressentimento e ódio face aos japoneses. A forma como em Tóquio se desculpabiliza – entre os sectores mais nacionalistas – a barbárie de Nanjing também impede que as relações sino-japonesas sigam o caminho da reconciliação entre franceses e alemães.
O Sínico presta tributo às centenas de milhar que pereceram nesse 13 de Dezembro de 1937.
Tuesday, December 11, 2007
CINCO
A Clock Work Orange de Stanley Kubrik (1971)
La Haine de Mathieu Kassovitz (1995)
Underground de Emir Kusturica (1995)
Fa Yeung Nin Wa - In the Mood for Love, de Wong Kar Wai (2000)
Mou Gaan Dou - Infernal Affairs, de Andrew Lau Wai-Keung (2002)
Passo a corrente ao Bruno Senna Martins, ao Rui Nix e ao João André.
Saturday, December 08, 2007
Leituras Dominicais
1 - "(...) while German Chancellor Angela Merkel reiterated last month her purposes to launch a "new foreign policy" based on human rights rather than commercial interests, Sarkozy's visit marked the strengthening of a Sino-French strategic partnership and economic relations".
Federico Bordonaro, "For Paris, there's no China la rupture", Asia times.
2 - "Thousands of people in Shenyang, capital of north-eastern China’s Liaoning province, took to the streets over several days last week, surrounding government offices to demand government help in recovering money from a pyramid-style financial scheme to raise ants for the manufacture of an aphrodisiac drug. ",
Via China Digital Times: "Thousands Protest Over Financial Losses From ”Ant Farming” Scam"
Uma breve nota
"Intervenção de Au Kam San aqueceu tarde no hemiciclo", JTM
"Leonel e Coutinho juntos em protesto", Hoje Macau .
Mais interessante do que discutir sobre quem supostamente "roubou" mais, é reflectir sobre o que esteve ou está na base dos alegados "saques" (partindo do princípio que antes e depois de 1999 houve atitudes de delapidação do bem público). Ou seja, provavelmente, estamos perante um problema sistémico de deficiências em termos de "pesos e contra-pesos", transparência e (falta de) "accountability", independentemente de quem (portugueses ou chineses) a administrou ou administra este sistema tão peculiar com as suas "especificidades". O registo populista do senhor Au não é nada bom conselheiro para o debate, nem a forma como algumas reacções deviaram a atenção da discussão para o passado.
Wednesday, December 05, 2007
Ainda a Cimeira
"The 'China honeymoon' is over", David Shambaugh no IHT.
Tuesday, December 04, 2007
China Frágil - a visão de Susan L. Shirk
"China: Fragile Superpower: How China's Internal Politics Could Derail Its Peaceful Rise"
O tema tem sido recorrente entre os sinólogos norte-americanos. A perspectiva do colapso do sistema chinês guia muitos dos olhares que, do outro lado do Atlântico, analisam a China. Dentro de algumas semanas o "Sínico" partilha as suas impressões sobre este livro que emerge na mesa de cabeceira. Para já fica a apresentação da obra pela própria Susan Shirk, com direito a um debate interessante com o público.
Interpretar a vitória de Anson Chan
“The Democrats’ candidate Anson Chan Fang On-sang emerged as the clear victor with her unequivocal vision of direct election of the chief executive by 2012. And she achieved the result at a time when the economy is booming and the political waters calm, conditions that normally favour the pro-government camp. In an established democracy, Mrs Chan’s share of the popular vote would be accepted as an unambiguous mandate.”
Editorial do South China Morning Post (4-12-2007)
"Hong Kong, o regresso da "voz" da democracia", AG no Exílio de Andarilho.
Monday, December 03, 2007
Domingo eleitoral
Num dia em que Putin deverá ter "esmagado" nas legislativas russas e em que Chavéz pode ter tido luz verde para se perpetuar no poder (à hora em que escrevo este post os resultados do referendo ainda não são conhecidos*), "salva-se" a vitória de Anson Chan nas eleições intercalares para um lugar no Conselho Legislativo de Hong Kong. Um triunfo pleno de significado.
"Democracy champion wins HK poll ", BBC.
*Entretanto, ao que tudo indica, o "Não" venceu na Venezuela.
Sunday, December 02, 2007
Saturday, December 01, 2007
Além da Cimeira: Um olhar sobre as relações entre a China e a União Europeia
Em Setembro de 2004, o académico norte-americano David Shambaugh escrevia, na revista “Current History”, que o relacionamento entre a China e a União Europeia estava a evoluir para um “eixo emergente que, com o tempo, será uma fonte de estabilidade num mundo volátil”. Nessa altura as visitas de alto nível e as cimeiras eram preenchidas por declarações de reforço da cooperação de uma parceria estratégica vista pelos dois lados como um jogo de soma positiva. De forma mais prosaica, o então Presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, recusava o que alguns críticos chamavam de “trade love affair”, garantindo que (...continuar a ler no Sínico Esclarecido)
Wednesday, November 28, 2007
Cimeira China-União Europeia
Foto: Xinhua
Começa hoje. Os desafios são crescentes para esta relação que há 4 anos era caracterizada como um "trade love affair", por alguns. Outros salientavam o "emerging axis" entre as duas partes. Ontem, Zhang Xiaojin, do Centro de Estudos europeus da Universidade de Renmin, dizia ao south China Morning Post que "The honeymoon for Sino-EU relations is over. China and the EU are strategic competitors and it is normal to express views in a straightforward manner" (...) "But China is not ready yet. It may be shocked by such straightforward wxpression by the EU".
As declarações foram proferidas a propósito da desavença entre Peter mandelson e Wu Yi:
"China's Wu `Extremely Unhappy' at Mandelson Speech", Bloomberg.
Tuesday, November 27, 2007
O que diz Hutchinson
José Carlos Matias no "Hoje Macau", 27-11-2007.
"Sinceramente estou farto”, desabafou Anthony Hutchinson, Director de Comunicação do Consulado-Geral dos Estados Unidos em Hong Kong e Macau, já no final da Conferência organizada pelo Fórum Luso-Asiático, ontem ao final da tarde no Auditório do Edifício dos Correios. Hutchison referia-se às “constantes acusações do Campo Pró-Pequim de Hong Kong”, que viu no discurso de Hu Jintao, no XVII Congresso do Partido Comunista Chinês um alerta face à ingerência norte- americana na política interna da região vizinha.
O diplomata contou que por vezes os jornais “ditos patrióticos” escrevem que o Consulado dos EUA interfere nos assuntos internos a favor dos Democratas, uma situação que descreve como falsa. Hutchinson foi mais longe ao dizer que “essa história da mão escondida dos americanos a manipular a política de Hong Kong é conversa típica da Revolução Cultural”. Visivelmente agastado com o assunto, o diplomata chegou mesmo a afirmar que “esse tipo de linguagem devia ter ido pela sanita abaixo juntamente com a última edição dos pensamentos de Mao Zedong”.
Garantindo que a insinuação é falsa, Hutchinson explicou que “o Consulado dos EUA faz o que os consulados chineses fazem em todo o mundo”, ou seja, assegura, “falamos com pessoas de vários campos políticos, do Partido Democrático à Aliança Democrática para o Melhoramento de Hong Kong”.
Separar o “trigo do joio”
Questionado sobre como interpretava as declarações do Presidente Hu Jintao, em que o também secretário-geral do PCC afirmou que Pequim vai ajudar as regiões administrativas especiais no combate a qualquer ingerência externa, o director de comunicação do Consulado norte-americano fez questão de separar o que afirmou Hu de algumas interpretações que foram feitas em Hong Kong. No que diz respeito ao que foi escrito em alguns jornais da região vizinha conotados com o campo Pró-Pequim, após uma pausa, sentenciou: “it’s just toilet wordy”.
Quanto ao discurso de Hu Jintao, realçou que o Presidente chinês foi, como é de seu timbre, “muito cuidadoso nas palavras utilizadas”, salientando que o secretário-geral do PCC também afirmou que “as regiões administrativas especiais devem estar abertas ao exterior”. Num exercício de interpretação, Hutchinson considera que ao referir-se à oposição a interferências estrangeiras, “o Governo Central deixa a mensagem que as mudanças que estão a acontecer em Macau ou Hong Kong devem acontecer de uma maneira que Pequim considere útil e desejável”. Sobre a situação específica de Macau, Hutchinson apenas referiu que “o investimento norte-americano faz parte da estratégia do Governo Central de abertura ao exterior”. Na sua perspectiva, o que se passa nas regiões administrativas especiais é muito importante porque, por um lado, “o sucesso deste modelo é fundamental para resolver a questão de Taiwan, por outro , Macau e Hong Kong sempre foram motores de mudança para a China”.
Taiwan: em defesa do staus quo
No debate com a assistência, que foi reduzida, a questão de Taiwan assumiu um lugar de destaque. Para Hutchinson a posição de Washington face à questão do Estreito “permanece essencialmente a mesma desde os anos 1970, ou seja “a de oposição à declaração unilateral da independência e rejeição de qualquer acção armada unilateral por parte da República Popular da China”. Ou seja, apoio à manutenção do status quo na ilha. Na prática, os EUA têm uma postura “agnóstica, que passa por aceitar como boas soluções quer a reunificação pacífica, quer a separação pacífica”.
O relacionamento entre Washington e Pequim foi caracterizado como “muito forte” e, simultaneamente “difícil e complexo”. Hutchinson chamou a atenção para o nível de interdependência económica existente entre as duas partes e os mecanismos de diálogo que têm sido usados como instrumentos para a cooperação. A questão da Coreia do Norte foi dada como um exemplo de como Washington e Pequim podem ter interesses coincidentes. Contudo, Hutchison admitiu que “os Estados Unidos esperam mais da China no dossier nuclear do Irão e no conflito do Darfur”.
Apesar do discurso optimista e positivo quanto à natureza das relações sino-americanas, o diplomata não escondeu as divergências no campo dos direitos humanos, liberdade de imprensa e estado de direito, nem escamoteou o facto de haver “sectores da sociedade norte-americana com dúvidas face ao que significa de facto a emergência da China e que agenda escondida pode terá Pequim”. Para desfazer os receios e a percepção da China como ameaça “é muito importante reforçar o diálogo”, argumenta. Nos EUA “o governo e os principais agentes económicos consideram que o crescimento da China é algo de positivo para o mundo porque olhamos para o que está a passar como um jogo de soma positiva”, Neste ponto de vista, o maior perigo “é que a China pare com as reformas”.
“Ásia Oriental não pode excluir EUA”
Nos últimos anos a influência diplomática de Washington sobre a Ásia Oriental tem diminuído na mesma proporção que a diplomacia chinesa tem estado muito activa no fortalecimento de laços quer com o Sudeste Asiático, quer com a Ásia Central. Numa região em que Washington tem várias bases militares – Guam Coreia do Sul, Japão ou Filipinas – a China está a reforçar as ligações económicas, comerciais e políticas. Vários analistas têm chamado a atenção para a forma como Pequim está a ocupar um espaço deixado vago por uma Administração Bush demasiado preocupada com o Iraque e Guerra contra o terrorismo. Prova disso tem sido o facto dos EUA estarem ausentes quer da Cimeira da Ásia Oriental quer do Fórum Regional da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASAEN), instâncias cujas cimeiras tiveram lugar na semana passada em Singapura. Perante esta situação, Hutchinson admite que Washington “gostaria de fazer parte dessas cimeiras e desses instrumentos de cooperação regional porque uma organização de promoção da segurança e desenvolvimento na Ásia Oriental deve incluir os Estados Unidos”.
Monday, November 26, 2007
Sunday, November 25, 2007
Saturday, November 24, 2007
Vale a pena
"A New Era? What to Make of the 17th Congress of the Chinese Communist Party"
O ponto de vista é - claro - norte-americano.
Friday, November 23, 2007
Page 161
Só agora deu por isso. O João André lança-me o desafio de transcrever a quinta frase da página 161 do livro que está em cima da mesa. Et voilá:
"Não podemos deixar de ver esse passado - tão próximo e, contudo, tão remoto - com os olhos demasiadobem informados dequem conhece o fim da história, pelo menos no que diz respeito ao Ocidente, como a conhecíamos há mais de 2000 anos"
"As Origens do totalitarismo", de Hannah Arendt. Passo a corrente ao Tiago Barbosa Ribeiro, à Maria João Belchior e ao AG.
Macau: sinais em trânsito
"Stanley Ho dá murro na mesa", Hoje Macau.
"Governo invoca interesse público e contesta providência cautelar", JTM.
"Orelhas a arder...", José Rocha Dinis no JTM
Tuesday, November 20, 2007
Dor de cabeça
"Hong Kong democrats lose out in local elections as political reform off the agenda", AP, via IHT.
Monday, November 19, 2007
José Silveira Machado
(fotografia retirada do blogue Leocardo)
O Sínico curva-se.
Lusa-Macau:
"O professor Silveira Machado, uma das figuras marcantes da cultura portuguesa em Macau, morreu hoje aos 89 anos no Hospital Conde de São Januário, disse à agência Lusa um amigo do docente. Professor, fundador e jornalista do semanário católito O Clarim, comentador e autor, José Silveira Machado nasceu a 24 de Outubro de 1918 na freguesia e Concelho de Velas, na ilha açoriana de São Jorge. Estava em Macau desde a década de 30 onde chegou para estudar para padre no Seminário de S.José na companhia de outras figuras de Macau como Monsenhor Manuel Teixeira, entretanto também já falecido, e o padre Aureo Castro. Funcionário público desde Janeiro de 1941 na então chamada Repartição da Fazenda do Concelho de Macau, Silveira Machado entra em 1948 para os Serviços de Economia. Em 1974, o professor, como era conhecido em Macau, aposentou-se em Lisboa, regressando a Macau em 1976 para iniciar a carreira de docente na Escola Comercial, Colégio Dom Bosco e no Centro de Formação dos Serviços de Educação. Ao longo da sua carreira como jornalista, colaborou na Voz de Macau, na Revista Renascimento, O Clarim, Comunidade, Boletim Informativo de Macau, e foi correspondente do Diário da Manhã e da revista de Cinema Plateia. Fluente em cantonente, o dialecto chinês que se fala no sul da China, Silveira Machado escreveu diversos livros como "Macau, Sentinela do Passado" (prosa), "Rio das Pérolas" (poemas), "Macau, Mitos e Lendas" (contos), "Duas Instituições Macaenses", "Macau na Memória do Tempo" e "O Outro lado da Vida" (retrato social de Macau). Muito ligado a Macau, à juventude e à comunidade, Silveira Machado nunca descartava, como explicam os amigos, uma boa discussão. Não visitava Portugal há cerca de 17 anos e costumava dizer que se aterrasse em Lisboa, era capaz de se perder em cinco minutos. A sua actividade cívica e em prol do português em Macau valeu-lhe o reconhecimento da classe política, tendo sido condecorado com a Medalha da Ordem do Mérito Civil da Instrução Pública, Medalha de Mérito Desportivo (classe de prata), Medalha de Mérito Cultural, Comenda da Ordem do Mérito e grau de Grande Oficial da Ordem da Instrução, esta última em Janeiro de 2005 pelo então presidente português Jorge Sampaio. Homem ligado ao desporto, turismo, educação e cultura, a sua morte é considerada uma "enorme perda" pela comunidade em geral. "Fazia amizades facilmente com todos, era disciplinado e um defensor de valores humanistas em resultado da sua formação católica que o marcou para sempre", destacou o padre Albino Pais, director do jornal O Clarim. A sua última obra "O Outro lado da Vida" é um testemunho da sua preocupação com o próximo", disse ainda o prelado."
Sunday, November 18, 2007
Leituras Dominicais
"Dead Center: The Demise of Liberal Internationalism in the United States", Charles A. Kupchan na International Security.
"The Thai military's democratic nightmare", Shawn W. Crispin no Asia Times.
Saturday, November 17, 2007
Chinese Democracy
Além do Partido Comunista, na China há outras forças políticas denominadas "Partidos":
- Comité Revolucionário do Kuomintang Chinês
-Liga Democrática da China
- Associação para a Construção Democrática Nacional da China
- Partido dos trabalhadores e Camponeses Chineses
- China Zhi Gong Dang
-Sociedade Jiu San
-Liga de Auto-Governo Democrático de Taiwan
*Sempre sob a liderança do Partido Comunista Chinês.
Na ciência e prática política, normalmente, um partido tem como principal objectivo a conquista do poder. Não é o caso destes Partidos que existem na China. Vários foram criados nos anos 1930 e 1940 sob impulso do próprio PCC que aassim formalmente criou uma frente contra a invasão japonesa, primeiro, e , depois, face ao Kuomintang, durante a Guerra Civil.
Existiu, de facto, entre um denominado Partido Democrático Chinês subterrâneo, que juntava, no final dos anos 1990, alguns antigos lideres do Muro da Democracia (1979) e do Movimento de Tiananmen (1989).
Wednesday, November 14, 2007
Tuesday, November 13, 2007
Corrida ao Espaço
Na Ásia:
"Asia's space tigers bare their teeth", Nicola Casarini no Asia Times.
Um assunto a que voltaremos em breve.
Thursday, November 01, 2007
De novo em trânsito
Olhares interessantes:
"Post-Congress Appointments Motivated by Factional and Ideological Biases, Not Reform", Willy Lam no China Brief.
"Latin America in step with China", Cynthia Watson no Asia Times.
"The Chinese Road", Richard Walker e Daniel Bulk na New Left Review.
Wednesday, October 31, 2007
Monday, October 29, 2007
Xi!
Xi Jinping vai ficar com a chefia do Grupo de Trabalho para os Assuntos de Macau e Hong Kong no PCC, sucedendo assim a Zeng Qinhong, na tarefa de supervisionar politicamente as duas regiões administrativas especiais.
Não deixa de ser muito interessante que a escolha tenha recaído sobre um dos “benjamins” do Comité Permanente do Politburo, especialmente sobre aquele que, segundo vários analistas, está na pole position para dentro de cinco anos suceder a Hu Jintao. Que impacto tem esta escolha nos assuntos de Macau e Hong Kong?
P.S. Na semana passada o South China Morning Post escrevia que seria Jia Qingli o escolhido, alguém que suscita muitas e comprovadas reservas a vários níveis...
Thursday, October 25, 2007
Ainda o Congresso
"China, where the dull lead the dynamic", Kent Ewing no Asia Times.
"O mundo como vontade e representação", Arnaldo Gonçalves no Jornal tribuna de Macau.
"Hu's steady march on power", Chong Pin Lin no IHT.
Monday, October 22, 2007
Sunday, October 21, 2007
Parece
não haver supresas. O novo Comité Central foi "eleito". Tal como esperavam muitos observadores, Zeng Qinghong, Wu Guanzheng e Luo Gan não fazem parte da lista designada. Quer isso dizer que vão abrir quatro vagas no Comité Permanente do Politburo (tendo em conta que um lugar estava antecipadamente vago, depois da morte, este ano de Huang Ju).
Os mais fortes candidatos continuam a ser: Li Keqiang, Xi Jinping, He Guoqiang e Zhou Yongkang. Amanhã saberemos a composição do comando central político dio Partido, e em consequência do Estado.
A saída de Zeng é particularmente significativa, uma vez que o vice-presdiente da RPC é considerado um rival de Hu (embora recentemente tenha sido feita uma alegada "aliança") e um homem que durante muitos anos foi um dos braços direitos de Jiang Zemin. Esta saída reflecte um reforço do poder de Hu, mas é provável que para a saída de Zeng Qinghontg corresponda à entrada de dois dos seus "homens de mão": He Guoqiang e Zhou Yongkang.
Wednesday, October 17, 2007
Entretanto, no Grande Palácio do Povo
Os cerca de 2200 delegados tem estado a "analisar" e a "discutir" o o relatório/discurso apresentado pelo secretário-geral Hu Jintao na segunda-feira, na abertura do XVII Congresso do Partido Comunista Chinês.
Quanto ao que mais interessa...
P.S: Os dias em Pequim foram mais uma vez didácticos. De regresso ao segundo sistema, volto a ter o "direito" (privilégio, no contexto de toda a China) de ter acesso livre à internet. Esta semana o controlo/censura foi reforçado... Afinal estamos em pleno Congresso do Partido.
Saturday, October 13, 2007
O Congresso, nas Portas da Paz Celestial
Ao longo dos últimos meses muita tinta correu sobre os jogos de bastidores e as lutas internas entre as facções do Partido, na preparação do XVII Congresso, que tem início já esta semana. Contudo, parte dessa tinta tinha por base a abundante especulação em torno de um partido com uma estrutura ainda muito opaca. Em princípio não deverá haver surpresas. Hu Jintao deverá consolidar o seu poder e influência quer através da inclusão do “conceito científico de desenvolvimento”, quer colocando homens de sua confiança no topo da liderança do PCC.
Nesse sentido, espera-se a ascensão de um, dois ou três líderes da chamada Diwudai (Quinta Geração) ao Comité Permanente do Politburo, onde reside o centro nevrálgico do poder na República Popular da China. Os homens sobre quem os holofotes vão incidir deverão ser Xi Jinping (secretário do PCC em Xangai) e Li Keqiang (líder do partido na província de Liaoning). Contudo, outros nomes poderão entrar para os lugares deixados vagos por Huang Ju (vice-primeiro-ministro falecido em Junho de 2007), Luo Guan, 72 anos, Wu Guanzheng, 69 anos, e Zeng Qinghong, 68 anos; os últimos três deverão abandonar o cargo por terem atingido ou estarem prestes a achegar ao limite de idade – 70 anos -que tem sido norma para cargos no CPP desde o Congresso de 1997.
Há no entanto algumas incógnitas. Para alguns analistas, apesar da idade, não é segura a saída de Zeng Qinhong, considerado simultaneamente parte da cahamada clique de Xangai (era visto como “o homem de Jiang Zemin” no CPP) e como sénior da designada facção dos “princelings” (taizi), ou seja filhos de antigos dirigentes de topo e revolucionários. Outros especulam sobre se Jia Qinglin, presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), se aguentará no CPP, em virtude da sua impopularidade e do facto de a sua esposa poder estar envolvida em escândalos de tráfico e corrupção. Outras fontes indicam que Li Changchun, responsável pela Propaganda, também poderá ter de abandonar o CPP. Os mais fortes candidatos da Diwudai a entrar no topo da estrutura do PCC são os já referidos Li Keqiang e Xi Jinping. Caso se confirme a saída de Zeng, o actual vice-presidente e eventual futuro presidente da CCPPC deverá conseguir colocar np CPP dois homens ainda da Quarta Geração da sua confiança: He Guoqiang, 64 anos, membro do Comité Central e do Politburo e Zhou Yongkang, Ministro da Segurança Pública.
Quer isto dizer que se estivéssemos perante uma bolsa de apostas (o que não seria de estranhar tendo em conta o local onde vivo), tendo em conta o que foi publicado pela imprensa nos últimos dias, a jogada que poderia ser de menor risco poderia ser a seguinte:
Membros do CPP que se devem manter:
Hu Jintao
Wen Jiabao
Wu Bangguo
Jia Qinglin
Li Changchun
Prováveis novos membros:
Li Keqiang
Xi Jinping
He Guoqiang
Zhou Yongkang
Quer este texto dizer que em questão neste Congresso estão apenas questões de lugares, pessoas facções e não visões diferentes sobre o rumo do Partido e do modelo económico e sistema políticod a China? De certo modo sim, mas não apenas. Ou seja, há um consenso alargado sobre o papel fulcral do partido enquanto força de vanguarda e vector que monopoliza o aceso ao poder político. No âmbito económico há certamente, no topo da liderança, diferenças quanto ao ritmo de abertura à economia de mercado, no que diz respeito ao papel do estado na economia e quanto às políticas de correcção das assimetrias geradas pelo capitalismo com características chinesas. Como seria de esperar ficaram as facções mais à “esquerda” e à direita. A chamada Nova Esquerda mantém alguma influência entre os intelectuais que defendem que é preciso inverter a marcha rumo ao capitalismo e fortalecer os direitos dos trabalhadores. Do lado oposto, é feito um trabalho de promoção da abertura à economia de mercado e de reformas institucionais de grande dimensão. Pelo meio ficaram os mais “outspoken” democratas, defensores de um terramoto na estrutura leninista do estado e da transição para uma democracia pluripartidária. Os que em 1989 estavam a ganhar peso no movimento estudantil e nos meios intelectuais – e mesmo no Partido.
Sobre a sustentabilidade do Partido Comunista Chinês, recordo aqui as palavras de Willy Lam, investigador do think thank norte-americano Jamestown Foundation, numa entrevista à Rádio Macau em Maio:
“Não vejo nenhuma possibilidade que o Partido Comunista venha a colapsar. Há oposição, mas em geral, enquanto a economia continuara acrescer, penso que o Partido comunista poderá continuar no leme do país. É claro que eles têm um forte aparato de controlo, um forte exército, a polícia do exército, o KGB chinês, por isso o controlo é muito apertado. É muito difícil para a oposição ter apoio. Na China agora não há oposição. Depois do incidente de Tiananmen alguns inetelectuais formaram o Partido Democrático da China subterrâneo, que durou quatro ou cinco anos, mas isso terminou porque os líderes desse partido foram presos. Não há oposição aberta. No entanto, este controlo apertado não impediu a economia de crescer, e o rendimento dos trabalhadores urbanos está a subir. O rendimento dos camponeses também está a subir embora mais lentamente. O rendimento dos trabalhadores urbanos está a crescer depressa. Está a surgir uma classe média que representa já 18 a 19 por cento, pessoas que já têm so seus prórpios apartamentos e carros. As pessoas que tradicionalmente poderiam causar problemas que se poderiam revoltar, os universitários, foram cooptados, fazem agora parte do sistema. estão muito satisfeitos com os seus salários e com o seu estatuto na sociedade. Não quer dizer que essas pessoas gostam do partido, mas permanecem no partido porque ser membro do partido é útil para a evolução na carreira. Por isso penso que o sistema vai continuar assim. Não prevejo nenhuma grande crise no futuro próximo".
P.S. Estarei por lá nos primeios dias.
Tuesday, October 09, 2007
Leituras Pós-Dominicais
"Why China has it wrong on Myanmar", Bernt Berger no Asia Times.
"Reorienting the 17th Party Congress: Boosting Unity and Thwarting Taiwan", Willy Lam no China
Brief.
"China’s Two Li’s: Frontrunners in the Race to Succeed Hu Jintao", Cheng Li no China Leadership Monitor
Thursday, October 04, 2007
Um olhar diferente
Há cerca de um mês que em Macau os lusófonos podem olhar para o mundo peculiar que os rodeia de uma forma diferente. O suplemento em português do jornal Tai Chung Pou conta "estórias" que valem a pena ser lidas.
Wednesday, October 03, 2007
O Paulo Gorjão
Decidiu colocar um ponto final ao Bloguitica. O Sínico compreende, mas lamenta o sucedido e deseja que estejamos apenas perante um parêntesis.
Monday, October 01, 2007
O Primeiro de Outubro em Macau
Foto Lusa
Pela primeira vez o 1 de Outubro, dia em que foi criada a República Popular da China (a propósito, parabéns Sínicos), Macau assistiu a uma manifestação de protesto contra o governo. Entre 2 mil (segundo a polícia) e 6 mil (de acordo com os organizadores) desfilaram pelas ruas do território exibindo várias bandeiras: contra a importação de mão-de-obra, a corrupção, a nova Lei do Trânsito, ao aumento do custo de vida, entre outras causas. Ao contrário do que sucedeu no Primeiro de Maio, não houve confrontos com a polícia. Vários manifestantes foram impiedosos para com o governo de Edmund Ho.
Sunday, September 30, 2007
Thursday, September 27, 2007
A brutalidade em Myanmar
"Monks in the vanguard for regime change", Brian McCartan. "The man behind the Myanmar madness", Richard Ehrlich and Shawn W Crispin
"Economics at the root of Myanmar protests".
2. "Economic Brief: The Economic Factors Behind the Myanmar Protests" , no PINR.
3. E a China?
"China's new Myanmar burden", Franesco Sisci.
Monday, September 24, 2007
Vale a pena prestar atenção
"Burmese military threaten monks ", BBC
Q&A Protests in Burma, The Guardian
Sunday, September 23, 2007
Thursday, September 20, 2007
Democracia Interna ou Democracia Constitucional?
Liu Jinning, ex membro da Academia de Ciências Sociais da China, ensaia uma resposta:
"China's quest for political reform: intra-Party democracy or constitutional democracy?", via China Elections and Governance.
Wednesday, September 19, 2007
Coisas que continuam a acontecer
British TV journalists assaulted, arrested and threatened in Beijing
"Reporters Without Borders today condemned the treatment meted out to two British journalists Andrew Carter and Aidan Hartley and their Chinese fixer Dean Peng, working for the investigative programme "Unreported World" on British TV's Channel 4.
The two were investigating the fate of petitioners held by the authorities in a western district of the capital, when they were assaulted by staff at an illegal detention centre for petitioners on 14 September 2007. Nanyang officials maltreated them and tried to seize them and break their film camera.
The violence stopped when the police arrived but they immediately arrested the journalists. They were held for six hours, being questioned and threatened with punishment. Agents of the Public Security Bureau told them to sign a document confessing that they had broken Chinese law. When they refused the authorities deprived them of food.Their fixer was held for a total of 16 hours in what he believes was an attempt to harass him into giving up his work with foreign journalists.This latest case demonstrates that regulations for foreign journalists adopted in January 2007 are not being respected".
Tuesday, September 18, 2007
Conceito Científico de Desenvolvimento
"Communist Party of China to amend Party Constitution ", Xinhua
Monday, September 17, 2007
Desinvestimento
Sunday, September 16, 2007
A um mês
"Balancing act at the party congress", no Asia Times.
(o)caso
O filme dos acontecimentos, de segunda a sexta-feira, do caso da semana nos jornais em língua portuguesa de Macau (referência apenas para os que têm edição online) :
"Dois pormenores", Hoje Macau
"H. Nolasco diz que Susana Chou já não está ligada ao grupo", Jornal Tribuna de Macau.
"Interesses anda existem", Hoje Macau.
"H. Nolasco e Susana Chou ligados por participação indirecta", Jornal Tribuna de Macau.
“Nunca pagámos um avo”, Hoje Macau.
Thursday, September 13, 2007
Wednesday, September 12, 2007
Sensibilidade, Tolerância e Pragmatismo
A boa vontade tomou conta dos corações dos munícipes de Pequim. Depois de uma reacção "a quente" às declarações da ex vereadora lisboeta, para evitar uma crise diplomática de repercussões imprevisíveis, o Governo Municipal colocou este "outdoor" nas principais artérias da metrópole.
Tradução literal do que está escrito no outdoor:
1. Pequim dá as boas vindas às Tias Louras
2. China Airlines é a melhor escolha
3. Desenvolvimento Pacífico, Socialismo com Características Chinesas, Sociedade Harmosiosa
Nota: Qualquer semelhança entre este outdoor e um cartaz "fabricado" por Daniel Oliveira em "o Arrastão" é pura coincidência.
Tuesday, September 11, 2007
Campanha em Pequim
Wang Fu Jing sem Zezinhas!
Está correr um abaixo assinado na Baixa pequinense contra a proliferação de Zezinhas numa zona nobre da cidade. "É uma vergonha", afirmou um vendedor de jornais. "Já não basta este ar insuportável que respiramos, ainda temos de gramar com a multiplicação de pessoas que se assemelham à Lady Grafstein", adiantou, revelando uma surpreendente cultura geral.
Anson Chan na corrida
"Anson Chan, one of Hong Kong's most popular political figures, said Tuesday she plans to run for a recently vacated legislative seat to campaign for full democracy in this Chinese-ruled former British colony.
The 67-year-old Chan was viewed as a key figure in bridging Hong Kong's British and Chinese rule after the change in sovereignty in 1997, but she quit as the territory's No. 2 official — chief secretary for administration — in 2001. In recent years, she has emerged as a prominent democracy advocate".
"Popular former Hong Kong official to run for legislative seat", no IHT
Monday, September 10, 2007
O Sínico saúda
"Macau, China, 10 Set (Lusa) - O regresso às aulas em língua veicular portuguesa e uma entrevista com o ex-deputado à Assembleia Legislativa Jorge Fão marcaram hoje o arranque do suplemento em língua portuguesa do diário chinês Tai Chung Pou. Com quatro páginas em formato ‘broadsheet’, o novo suplemento é coordenado pelo jornalista Luís Ortet e conta com uma redacção fixa de três jornalistas e um leque de colaboradores locais, adiantou o editor em declarações à agência Lusa. Nas bancas desde 1933, o Tai Chung Pou é o mais antigo diário de língua chinesa do território de Macau e lança-se agora num suplmento em português que, segundo Luís Ortet, "oferece uma informação complementar da dos jornais em português que se publicam em Macau". "Vamos ter reportagens e análises a temas variados incluindo da própria imprensa chinesa", disse ao salientar que o suplementos pretende também "contribuir para que as pessoas que não dominam o chinês possam saber quais os temas abordados pela imprensa chinesa". Além das entrevistas e análises, Luís Ortet acrescentou também que diariamente será publicado um roteiro televisivo e de cinema de Macau bem como a explicação de um caracter chinês, "dando assim oportunidade aos leitores de aprenderem a reconhecer os caracteres"."
JCS/Lusa
Sunday Evening Post
"China hopes a homegrown regional jetliner can challenge Airbus and
Boeing", Donald Greenlees e Nicola Clark no IHT.
"The Great Leap Backward?", Elizabeth Economy, Foregn Affairs via Yale Global.
Thursday, September 06, 2007
Hu Howard Bush Abe
Este fim-de-semana estão reunidos os Chefes de estado e governo dos países da APEC – Cooperação Económica Ásia-Pacífico. Em Sydney estão representados os líderes do “Pacific Rim” por onde passa cada vez mais a pujança da economia mundial. As atenções estão centradas nos “quatro magníficos” que constituem os pilares de poder económico e militar a APEC: China, EUA, Japão e Austrália. Nas semanas que antecederam a cimeira Shinzo Abe e John Howard referiram-se ao “Arco da Liberdade”, das grandes democracias da zona Ásia-Pacífico, numa alusão que excluía Pequim. O desconforto na diplomacia chinesa não foi escondido. O tal “Arch of FReedom” dizia respeito à cooperação na área da segurança internacional, o que terá causado ainda mais azia em Pequim. Foi neste cenário que decorreu o encontro entre Howard e Hu. Afinal Camberra vai tratar com a China das questões da segurabça em cimeiras bilaterais anuais. A face chinesa foi salvaguardada, mas no país-continente as vozes cépticas quanto a uma aproximação sino-australiana – que tem acontecido sobretudo em termos económicos –estão a subir de tom.
"China, Australia discuss security ", BBC.
"Aust does not understand China, defence expert says", Karen Barlow na ABC.
"China, Australia issue joint statement on climate change, energy", Diário do Povo.
Sunday, September 02, 2007
Leituras Dominicais
"Hu’s Economic Policies: Liberalizing the Economy or Promoting Special Interests?", Willy Lam no China Brief.
"China's "Peaceful Rise" to Great-Power Status ", Zheng Bijian na Foreign Affairs (via IR China).
"China's New Revolutionaries: US Consumers", Nathan Gardels no LA Times.
"J. Manuel Rodrigues e J. Neto Valente no Comité Eleitoral para a ANP", Jornal Tribuna de Macau.
Wednesday, August 29, 2007
China-PLP
2.Ontem Adriano Moreira escrevia sobre "A China na África", no Diário de Notícias.
Merkel em Pequim (II)
"Germany's Merkel prods China on rights, women", Claudia Kade no The Guardian.