Sunday, August 31, 2008

blogstats
De acordo com o Statcounter, neste mês (Agosto de 2008) o Sínico registou pela primeira vez os 2 mil unique visitors e ultrapassou os 3 mil page viewers. A todos muito obrigado!!!
P.S. Nas útimas semanas, tenho notado com muito agrado uma subida considerável dos visitantes do Brasil e mais visitas de África.

Saturday, August 30, 2008

O Grande salto, 50 anos depois

José Carlos Matias

Texto publicado no jornal Hoje Macau em 28-08-2008


“No ano passado a produção de aço foi de 5.3 milhões de toneladas. Consegues duplicar este valor este ano?”
Mao Zedong para o ministro da metalurgia da China, em Junho de 1958


“Está bem”, respondeu o ministro. Estávamos no início do processo de industrialização forçada que ficou conhecido com “O Grande Salto em Frente” (Dàyuèjìn). Em Janeiro de 1958, Mao tinha dado a conhecer o plano de modernização súbita da agricultura e da indústria em simultâneo, com o objectivo da China ombrear e mesmo ultrapassar os níveis de desenvolvimento das nações mais ricas do mundo. Para a história, fica a Grande Fome de 1959-61, período em que terão morrido 30 milhões de pessoas.
O Grande Salto, aceite hoje pela grande maioria dos historiadores e analistas, mesmo entre os neo-maoísta, como um desastre, marcou o fim do período inicial da Revolução em que ainda coexistia um regime de economia mista e um seguimento incondicional do caminho traçado pela União Soviética. Continuar a ler no Sínico Esclarecido

O erro táctico de Moscovo

Na Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, o presidente russo jogou tudo para conseguir o a poio dos restantes chefes de estado desta organização que integra a Rússia, China, Cazaquistão, Uzebequistão, Tajiquistão e Quirguistão.
Apesar dos parceiros de Moscovo terem referido numa declaração oficial que apoiam a “um papel activo” da Rússia na questão da Geórgia, mas salientam também que desejam que a crise sejam resolvida por meios pacíficos e que deve ser tida em conta a integridade territorial das partes envolvidas.
Uma declaração que na verdade não corresponde ao que Dimitri Medveded pretendia. Afinal a China e as quatro antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central não apoiam o reconhecimento da independência da Abecásia e da Ossétia do Sul.
Não é de admirar a oposição de Pequim à atitude de Moscovo. Oficialmente, a China procura não fazer decorações sobre o assunto e permanecer neutral, mas certamente que em Zhongnanhai o apoio ao separatismo não agrada à estratégia chinesa de promoção do respeito pela integridade territorial das nações e de não ingerência nos assuntos internos dos países soberanos. Tanto mais que a RPC tem as suas potenciais Ossétiasdo Sul e Abecásias (Tibete e Xinjiang).
Este posicionamento das quatro antigas repúblicas soviéticas reflecte também uma influência crescente da China sobre este espaço regional que Moscovo considera “naturalmente” a sua esfera de influência.
O Financial Times Deutchland sintetiza bem o que está em jogo:

“"The war itself found little resistance outside the EU and the US. But officially recognizing separatists is like spitting in the soup of governments all over the world. Lots of countries contain minorities who dream of independence. Encouraging them with unilateral diplomatic action isn't a good way to make friends".

Pequim tem promovido o reforço dos laços com Moscovo. Essa é uma pedra de toque da política externa chinesa, mas apoiar a independência da Ossétia do Sul e da Abecásia seria um abalo forte na retórica de Paz e Desenvolvimento, respeito pela integridade territorial dos estados e resolução dos conflitos por via do diálogo e consulta, Palavras que povoam a retórica da diplomacia chinesa.

Ler também:

"Security Group Refuses to Back Russia’s Actions"
, NYT.
"'Russia Made a Tactical Error'", Der Spiegel

P.S. Este erro táctico de Moscovo vem no seguimento de um primeiro erro de avaliação do aventureiro Mikheil Saakashvili.

Wednesday, August 27, 2008

Sunday, August 24, 2008

O que a China pensa

Mark Leonard editou este ano "What does China think". Um livro (na wish list) em que o autor procura desvendar que correntes de pensamento político sobressaem no interior do Partido e nas elites intelectuais do país. Harry Kreisler, do institute of International Studies da Universidade de Berkeley, Califórnia, entrevista Leonard na excelente série de entrevistas "Conversations with History".

Leituras Dominicais



"CCP Lauches Personnel reform to stem "Mass incidents", Willy Lam no china Brief.
" Grassroots Democracy and Local Governance in China", CEG.
" Why China's village ballots become selling stocks", CEG
New strategies for 'democratizing; China", James Gomes no Asia Times.
"The Olympics: was China ready?", Li Datong no Open Democracy.

Artigos de Verão

No Sínico Esclarecido já estão disponíveis os textos que escrevi na coluna quinzenal em Junho, Julho e Agosto no jornal Hoje Macau.

"Novas e Velhas Esquerdas"
"De Pequim a Nova Deli: para além da Chíndia"
"Ameaça: reoputação, percepções e distorções"
"O urso abraça o dragão?"

Thursday, August 21, 2008

Hua Guofeng (1921-2008): O líder breve

Hua Guofeng


Em Tangshan, na província de Hebei, hoje Hua Guafengdeverá estar a ser lembrado de forma especial. Em Agosto de 1976, Hua visitou as vítimas do terramoto que provocou a morte a 250mil pessoas. Nessa altura liderou os esforços de salvamento de forma determinada e com muita humanidade.

Mas certamente que, para o resto do mundo, Hua Guofeng, falecido ontem ao início da tarde, é recordado como o líder breve que passou o testemunho, ainda que a contra-gosto, de Mao para Deng.

Nasceu na província de Shanxi com o nome Su Zhu, mas tal como outros revolucionários comunistas chineses adoptou um nome mais adequado à China pós 1949. Hua Guofeng é a abreviatura de Zhonghua kangri jiuguo xianfengdui", ou seja algo parecido com “Resistência Chinesa de Salvação e Vanguarrda”. Em Outubro, no último Congresso do Partido Comunista, em Pequim, ainda o vi ao longe na sessão de abertura, ao lado de outros seniores do Partido, como delegado especial. Por instantes tentei imaginar o que pensava de tudo aquilo. Afastei-me desse exercício quando me lembrei que a ele não era creditado qualquer rasgo sobre o rumo do socialismo com características chinesas.
Para a História fica como o sucessor sugerido por Mao, que à beira da morte, ter-lhe-á dito: “contigo no poder, fico descansado”. Primeiro em Fevereiro 1976 sucedeu a Zhou Enlai como primeiro-ministro após a morte do homem que chefiava o governo desde 1949; depois em Outubro, após a morte de Mao, Hua foi elevado a Presidente do PCC e a presidente da Comissão Militar Central. Pouco depois de ter assumido o poder, recuperou políticas socialistas anteriores ao Grande Salto em Frente. Após a morte de Mao, o Bando dos quatro, liderado pela esposa de Mao, Jiang Qing, foi detido para alívio de milhões de chineses que tanto sofreram ao longo da longa noite da década da Revolução Cultural. Embora seja conotado com a linha Maoísta do Partido, Hua ficou associado ao fim do poder do Bando dos Quatro e a um período de transição. Foi um líder breve, de transição e com pouco carisma. Na verdade só teve realmente poder entre 1976 e 1978, antes de Deng Xiaoping, que tinha sido reabilitado para vice-primeiro ministro por Hua em 1976 e caído em desgraça de novo pouco depois, conseguir organizar a coligação pró-reformas económicas.

A partir de 1978 as políticas passam a ser claramente ditadas pelo “Pequeno Timoneiro”, contra as posições ortodoxas de Hua, que recusava o programa de introdução da economia de mercado na China. Hua procurou elevar o princípio dos “Two whatever” - seguir sejam quais tenham sido as políticas de Mao e e as instruções que Mao deu” - a princípio geral da acção política. Hua queria manter o Maoísmo à tona, quando os ventos mudavam de direcção. Depois de esvaziar Hua de poder efectivo, Deng substituiu-o no cargo de primeiro-ministro por Zhao Ziyiang em 1981. Um ano depois, Hu Yaobang assumiu a liderança do PCC no cargo de Secretário-Geral, quando a figura de presidente do Partido foi extinta. Permaneceu até 1982 como presidente da escola Central do Partido. Apesar do seu afastamento, continuou no Comité Central do PCC até 2002, ano em que completava 81 anos. Foi-lhe permitido ultrapassar o limite criado a partir de Jiang Zemin de 70 anos para que um dirigente continue nos órgãos do Partido e do Estado.

Estando a anos-luz longe do estatuto de Mao e Deng (ou mesmo de Jiang Zemin ou Hu Jintao), Hua não deve ser olhado como um líder medíocre e de importância nula. Como dirigente de transição, foi instrumental no processo de transformação que estava a fermentar. Sendo ultrapassado pelas consequências, permitiu o fim do insano Bando dos quatro e deu espaço de manobra a Deng Xiaoping para voltar a Zhongnanhai. Mas claro que isso não é suficiente para aparecer entre Mao e Deng nos cartazes que celebram os feitos das várias gerações de poder na República Popular da China. Perdeu na luta pelo poder com Deng, mas manteve-se sempre fiel ao Partido. Por isso, ontem a agência xinhua descrevia-o, citando fonte oficial, como “um membro do PCC extraordinário, com uma lealdade testada ao Partido e um combatente Comunista e revolucionário proletário que ocupou cargos importantes no PCC e no governo”. Um líder breve com vida longa e de outros tempos.


Sunday, August 17, 2008

Parabéns

Ou Mun 50 anos
O Jornal Ou Mun, designado em inglês Macau Daily News e em cantonense Ou Mun Iat Pou (Ao Men Ribao, em mandarim) completa 50 anos. Sendo de longe o jornal em língua chinesa mais lido e a publicação claramente mais influente no território, é uma fonte fundamental para entender uma certa forma de olhar para Macau ao longo das últimas cinco décadas, uma vez que está ligado desde a sua fundação às posições de Pequim.

Saturday, August 09, 2008

Novas e Velhas Esquerdas

Texto publicado no jornal Hoje Macau em 07/08/2008

José Carlos Matias

我们仍然在仰望星空
Women rengran zai yangwang xingkong*


À primeira vista, o debate ideológico na República Popular da China está moribundo. O Partido Comunista Chinês (PCC) “desincentiva” a expressão pública de vozes dissonantes que atacam ferozmente a linha oficial e imprime o ritmo de manufactura da semântica que mantém viva a perspectiva da construção do “socialismo com características chinesas”. Não deixando de ser assim, ao longo dos últimos 18 anos têm sido publicados artigos e livros na China que destoam da retórica oficial e que colocam em causa a forma como “a economia de mercado socialista” está a ser construída.
As vozes que têm mais eco no exterior são as que defendem posições liberalizadoras quer politica quer economicamente: os “desvios de direita”, na linguagem clássica Maoísta.
Do outro lado do espectro, encontramos intelectuais que apontam o dedo à via capitalista seguida pelo governo central por esta estar a contribuir para a desintegração das redes sociais e a desvirtuar a natureza do estado socialista fundado em 1949. Neste campo, destacam-se duas linhas “esquerdistas”: os Neo-Maoístas e a “Nova Esquerda”. Os primeiros perderam muito do fulgor que os caracterizou na década de 1990, ao passo que os segundos têm emergido como um movimento com alguma influência junto do governo central e da liderança do PCC.

O revivalismo Maoísta

Após a repressão violenta sobre os estudantes na Praça de Tiananmen, foi lançada uma esmagadora “caça às bruxas” junto dos sectores próximos das posições dos ex-secretários gerais do PCC Hu Yaobang e Zhao Zhiyang. Nesse período, no início dos anos 1990, os denominados movimentos Neo-Maoístas ganharam espaço em jornais e revistas e conseguiram mesmo colocar algumas figuras na chefia de ministérios. Este grupo advoga um regresso à fase anterior ao Grande Salto em Frente e à Revolução Cultural. No início dos anos 1990 lançaram campanhas ao estilo Maoísta contra o aburguesamento de sectores do Partido e contra as reformas económicas.
Estas forças continuaram a ter algum espaço em boa medida porque eram patrocinadas por figuras da Velha Guarda como Deng Liqun. O fantasma do colapso da União Soviética foi avivado durante os anos 1990. Nos seus artigos, os autores culpavam a abertura económica pela corrupção, desemprego, despedimentos de empresas estatais entretanto privatizadas e desigualdades sociais. Uma das principais publicações deste movimento, a “Contemporany Ideological Trends” resumia a posição Neo-Maoístas de forma clara: “No passado os colonialistas ocidentais usaram o ópio para nos envenenar, agora a burguesia tenta usar os seus valores para nos transformar”. O espaço para a “extrema-esquerda” diminuiu consideravelmente fruto de acção directa do próprio Deng Xiaoping, primeiro, e de Jiang Zemin, mais tarde. Durante a primeira década do Século XXI ganhou força outra sensibilidade, também à esquerda da linha oficial do PCC, mas com características diferentes.

Uma “Nova Esquerda” com características chinesas

A “Nova Esquerda” chinesa tem vindo a ganhar peso quer junto de professores e estudantes, quer de dirigentes do Governo. O termo “nova” pode enganar e levar a uma analogia com a “Nova Esquerda” europeia filha do Maio de 1968. No caso da China serve para distinguir este grupo de intelectuais da “Velha Esquerda” chinesa de raiz maoísta. Ao contrário destes últimos que se cingem ao marxismo leninismo clássico e ao Maoísmo, as referências da Nova Esquerda abrangem as obras de Immanuel Walerstein e Ferdinand Braudel ou movimentos como a Escola Crítica de Frankfurt e os Estudos Culturais.
O aspecto central das suas teses diz respeito à formulação de uma alternativa chinesa à globalização neoliberal. A “Nova Esquerda” critica ferozmente a forma como a abertura económica foi conduzida, levando a um agravamento das desigualdades sociais e ao alastrar da corrupção. Ao longo dos anos, muitos dirigentes políticos locais usaram arbitrariamente os seus poderes paras e tornarem empresários de sucesso à custa de expropriações ilegais de terras de uso colectivo de comunidades rurais para as entregar de bandeja a empresas do imobiliário. Na verdade, argumenta Wang Hui, o resultado tem sido uma aliança da elite política local corrupta com os interesses económicos e comerciais. Algo seguramente pouco socialista. Contudo, Wang aplaude a primeira fase das reformas económicas lançadas por Deng, entre 1979 e 1985. O problema surgiu, diz, quando começaram a ser destruídas as redes sociais.

A influência em Zhongnanhai

Apesar de todas estas críticas ferozes ao processo de desenvolvimento chinês, os textos da Nova Esquerda chinesa continuaram a ser publicados e a ser promovidos, especialmente através da Revista Dushu, dirigida até há um ano por Wang Hui. Além disso, as posições de Wang Hui, Cui Zhiyuan, Wang Shandong e Zhang Xudong começaram a ter eco nos círculos próximos de Hu Jintao e Wen Jiabao. Numa entrevista ao New York Times, Wang Hui esclarece a sua posição face ao estado e ao Partido: “O PCC ainda é a principal força transformadora da sociedade”. Quanto às políticas do Governo Central algumas apoiam outros não. “Depende do conteúdo das políticas”. Em 2006, Wen Jiabao proclamava a construção do “Novo Campo Socialista”, dirigindo-se às zonas rurais, como uma tarefa histórica crucial para o PCC. No mesmo discurso, o primeiro-ministro salientava a necessidade de encontrar equilíbrio entre crescimento económico e protecção do ambiente.
A declaração de Wen agradou à Nova Esquerda. Outras políticas sociais anunciadas em 2007 e 2008 contribuíram para que alguns analistas considerassem que este grupo esquerdista estava a ganhar cada vez mais peso junto do poder. O facto de Wen Tiejun, considerado próximo da Nova Esquerda, ter estado em sessões de “brainstorming” com Hu Jintao e Wen Jiabao reforçou essa percepção.
O facto de este grupo se opor a uma democratização de tipo ocidental ajuda a explicar o grau de tolerância manifestado pelas autoridades. A Nova Esquerda defende uma democracia socialista com características chinesas, uma expressão vulgarmente usada pela doutrina oficial. Por exemplo, Kang Xiaoguang, professor na Universidade Renmim de Pequim argumenta que a China precisa de construir um estado cooperativo – “Hezuo zhuyi guojia” - para lidar com problemas relacionados com a corrupção e desigualdades de rendimentos e na distribuição de riqueza. Kang defende um sistema organizado em sectores funcionais da sociedade, que pudesse negar à burguesia a posição dominante e manter justiça social.

A atenção aos desvios esquerdistas

Não se deve contudo exagerar no peso que este grupo tem. Tudo depende de até onde vão as críticas e quais são os equilíbrios internos nas altas esferas do poder. Exemplo disso é o facto de em Julho de 2007 Wang Hui e Huang Ping terem sido afastados da direcção da revista Dushu. A justificação dada pela Joint Publisher Co, editora estatal, não convenceu muitos intelectuais e leitores da revista. A editora argumentou que a Dushu estava a ter uma circulação reduzida, quando estava a atingir 100 mil de tiragem, o melhor desempenho em 28 anos de história da publicação. Outra razão dada disse respeito à linguagem da Revista ser demasiado específica. Apesar de aparentemente ser mais “à esquerda” do que Deng ou Jiang, a liderança de Hu e Wen não terá esquecido o que disse Deng Xiaoping em 1993: “A China deve estar vigilante contra os desvios de direita, mas deve sobretudo ser cuidadosa face aos da esquerda”.

*Título do livro da economista He Qingliang, em que a autora critica severamente o modelo de desenvolvimento económico e social da China e o princípio enunciado por Jiang Zemin dos “Três Representantes”. A tradução do título do livro é algo parecido com “Nós ainda estamos a olhar para o céu estrelado”. O livro foi lançado em 2001 e prontamente proibido na República Popular da China.

Friday, August 08, 2008

Breves notas em dia O

Dia de abertura JO
1.
Não há dúvida. Carlos Monjardino é Sínico com C maiúsculo. Basta estar em Macau há algum tempo e ler este excerto de uma entrevista que deu ao Diário Económico para chegar a essa e a outras conclusões.

2. Em Pequim estão 80 chefes de estado e de governo. O presidente de Portugal Aníbal Cavaco Silva invocou razões de agenda para não comparecer. Os restantes países lusófonos fazem-se representar quase todos ao mais alto nível, com a presença dos presidentes do Brasil, Timor-Leste, Moçambique e Angola.
Passe o dramatismo, João Severino bem escreve :
"
É inacreditável como os mais altos responsáveis de um país que esteve intimamente ligado durante séculos a outro país, (através da presença em Macau) possam ofender e magoar de tal forma tão significativa a "face" dos governantes chineses, renegando a uma presença simbólica numa cerimónia de abertura. Com uma agravante vergonhosa: a justificação de que não poderiam estar presentes por uma questão de "agenda". Deverá ser a "agenda" de um banho na praia de manhã, uma sardinhada ao almoço, um mergulho na piscina à tarde e uma mariscada ao jantar."

3.
我與奧運的! Que sejam os Jogos da vida deles (atletas). Sitius, altius, fortius!

4. Ao longo dos Jogos Olímpicos, o Sínico estará em câmara lenta.

5. A cerimónia está a ser ...




Tuesday, August 05, 2008

Kishore Mahbubani

O Exílio de Andarilho chama aqui a atenção para Kishore Mahbubani, professor na Lee Kwan Yew School of Public Policy da Universidade Nacional de Singapura. Antigo embaixador da cidade-estado nas NAções Unidas, Mahbubani defende a inevitabilidade da decadêcnia do Ocidente e da Ascenção da Ásia. Mais, argumenta a favor de um excepcionalismo asiático na análise do modelo demo-liberal ocidental. O seu livro The New Asian Hemisphere, The Irresistible Shift of Global Power to the East está a gerar um debate bem ineterssante. Nesta entrevista a harry Kreisler, Mahbubani diz o que pensa:

Leituras Pós-Dominicais e Pré-Olímpicas

tatuagens olimpicas
Foto: Andre Kosters
"Time to stop criticising China - we've already come so far", Lijia Zhang no The Observer.
The power of sports: how will the Olympics change Beijing?", Sean Ding no CEG.
"China ready to put best foot forward for Games" China Daily, via CEG.
"For Games, China playing to the gallery", Evan Osnos.
"Beijing revives Mao's “People's Warfare” to ensure trouble free Olympics", Willy Lam.

Friday, August 01, 2008

Nem Mais!

Editorial South China
Último parágrafo do Editorial do South China Morning Post, 01-08-2008.

Cartazes de Propaganda na China II

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Celebrar com grande alegria e entusiasmo a publicação da Constituição da República Popular da China.
Pintado por Yu Yunjie. Publicado em 1954
Retirado de "Chinese Propaganda Posters: From the Collection of Michael Wolf", p.85