Saturday, January 28, 2006
Um ano depois, Bom Ano e até já
Na semana em que o Sínico comemora um ano de actividades regulares, convém fazer um breve balanço do que tem sido este blogue. Um pouco à semelhança do que acontece com os blogues unipessoais, este refecte, ainda que de modo indirecto, a evolução do pensamento e das maneiras de ver o mundo, neste caso este lado do mundo, do autor. Quando decidi dar início a esta aventura não tinha nada em específico em mente, apenas pretendia que o Sínico fosse uma porta aberta para a Ásia Oriental, nomeadamente para a China. Estando em Macau há três anos, num processo de aprendizagem, procuro que este espaço seja um porto de encontro, um pouco como como Macau, Ou Mun, em cantonese, Ao Men, em mandarim, ou seja a porta da baía. Sinto que o blogue apenas cumpre parte do que o seu autor pretende, mas, no fundo, uma empreitada destes é sempre algo de inacabado, até porque, caminha-se caminhando e, diz o adágio chinês, "uma longa caminhada começa com um pequeno passo". Aos que se têm juntado a esta "Longa Marcha" (nada de conotações ideológicas), fica o meu agradecimento. No segundo ano do Sínico procurarei abrir mais portas e estar mais atento.
Cumprimentos e Saudações fraternas a todos. E porque esta noite começa o Ano do Cão,
KUNG HEI FAT CHOI
GONG XI FA CAI
Um Bom Ano Novo Lunar para todos!
PS. Na próxima semana rumarei para Sul, à procura das maravilhas do Reino de Sião. É por isso bastante provável que a arte de postar seja interrompida durante alguns dias.
Friday, January 27, 2006
Thursday, January 26, 2006
Da liberdade, da expressão e da mudança
A questão sobre o controlo sobre o acesso à informação na China é, no médio e longo prazo, uma batalha perdida pelas autoridades chinesas. Mesmo assim insistem, com a conivência da Yahoo, Microsoft e agora da Google, em condicionar as buscas de expressões como "independência de Taiwan" ou "massacre de Tiananmen". A ideia de que pela omissão das expressões potencialmente subversivas se apagam das mentes os conceitos e se dilui a materialização de uma vaga de oposição à "verdade oficial" tem se revelado um fracasso em vários casos deregimes autoritários. E basta ir à China continental e falar com alguma da juventude instruída para perceber que essa luta nunca poderá ser ganha. Os germes da mudança democrática estão lá; falta agora saber se assistiremos a uma mudança gradual e lenta - o que julgo que irá suceder - ou a um sobressalto com efeitos imprevisíveis.
É interessante verificar que o governo chinês, cada vez mais, deixa a porta escancarada à diversificação dos hábitos de consumo, trancando a sete chaves o tempo da liberdade de expressão, numa atitude que mais parece de "Do whatever you want as long as we remain in power". Só que, diz-nos a história, ao permitir a formação de uma classe média com poder d compra crescente e cada vez mais aberto ao mundo, o governo chinês cria as condições para a emergência de uma força motriz do individualismo burguês e de uma certa ideia de democracia. Numa linguagem zakariana - em relação à qual tenho certas reservas - com a emegência de uma certa ideia e prática de liberdade, há condições para o aparecimento da democracia liberal. Por outro lado, há quem acredite na boa vontade do Leviathan em devolver - se é que alguma vez o teve - ao povo o poder de escolher os seus representantes. No entanto, mais importante é o velho princípio que perdura desde os tempos da China imperial da ideia de governo enquanto entidade que satisfaz as necessidades da população. Quando falha de forma sucessiva, a dinastia (ou regime) entram em decadência e surgem temos de turbulência até emergir uma nova ordem. De momento não podemos aferir que isso esteja prestes a acontecer. A abertura á economia de mercado tirou da pobreza cerca de 300 milhões de pessoas desde o início dos anos 1980. Mas também colocou fortes pressões a um modelo de desenvolvimento que se baseia no consumo desenfreado dos recursos, sem sustentabildade ambiental, sem respeito pelo bem público e causador de forte desigualdades. Por isso é hora de, em primeiro lugar a China construir um embrião de um estado previdência adaptado às circunstância, para que, ao menos, seja um país com alguns aspectos socialistas, nomeadamente no que diz respeito à habitação, saúde, educação e segurança social. Tal como afirma Laurence Brahm, num artigo aqui traduzido do South China Morning Post, "Para que a China possa mudar de um modelo de produção cega, baseada nas exportações e na prática de dumping, é preciso fortalecer o consumo interno. Mas como é que a população pode consumir se tem que passar as suas vidas a poupar para ter acesso á educação, aos cuidados médicos e a uma velhice livre de miséria? É tempo do governo voltar a fornecer estes bens públicos sociais a todos de novo".
lém do mais, tal como escreveu há uns meses Wang Xiangwei, no mesmo jornal, a "inovação só pode florescer num ambiente em que os inventores possam pensar e argumentar sem ter medo de serem perseguidos. É impossível imaginar o florescimento da inovação sob a repressão política". Até onde poderá ir a “democracia socialista e a economia de mercado de características chinesas"? Será que Pequim conseguirá fazer a quadratura do círculo? Ou conseguirá manter um equilíbrio entre uma economia cada vez mais integrada no sistema internacional e aberta às influências externas e um regime neoautoritário "desenvolvicionista" em que subsistem traços ao nível da organização politico-institucional de um socialismo burocrático de estado?
É interessante verificar que o governo chinês, cada vez mais, deixa a porta escancarada à diversificação dos hábitos de consumo, trancando a sete chaves o tempo da liberdade de expressão, numa atitude que mais parece de "Do whatever you want as long as we remain in power". Só que, diz-nos a história, ao permitir a formação de uma classe média com poder d compra crescente e cada vez mais aberto ao mundo, o governo chinês cria as condições para a emergência de uma força motriz do individualismo burguês e de uma certa ideia de democracia. Numa linguagem zakariana - em relação à qual tenho certas reservas - com a emegência de uma certa ideia e prática de liberdade, há condições para o aparecimento da democracia liberal. Por outro lado, há quem acredite na boa vontade do Leviathan em devolver - se é que alguma vez o teve - ao povo o poder de escolher os seus representantes. No entanto, mais importante é o velho princípio que perdura desde os tempos da China imperial da ideia de governo enquanto entidade que satisfaz as necessidades da população. Quando falha de forma sucessiva, a dinastia (ou regime) entram em decadência e surgem temos de turbulência até emergir uma nova ordem. De momento não podemos aferir que isso esteja prestes a acontecer. A abertura á economia de mercado tirou da pobreza cerca de 300 milhões de pessoas desde o início dos anos 1980. Mas também colocou fortes pressões a um modelo de desenvolvimento que se baseia no consumo desenfreado dos recursos, sem sustentabildade ambiental, sem respeito pelo bem público e causador de forte desigualdades. Por isso é hora de, em primeiro lugar a China construir um embrião de um estado previdência adaptado às circunstância, para que, ao menos, seja um país com alguns aspectos socialistas, nomeadamente no que diz respeito à habitação, saúde, educação e segurança social. Tal como afirma Laurence Brahm, num artigo aqui traduzido do South China Morning Post, "Para que a China possa mudar de um modelo de produção cega, baseada nas exportações e na prática de dumping, é preciso fortalecer o consumo interno. Mas como é que a população pode consumir se tem que passar as suas vidas a poupar para ter acesso á educação, aos cuidados médicos e a uma velhice livre de miséria? É tempo do governo voltar a fornecer estes bens públicos sociais a todos de novo".
lém do mais, tal como escreveu há uns meses Wang Xiangwei, no mesmo jornal, a "inovação só pode florescer num ambiente em que os inventores possam pensar e argumentar sem ter medo de serem perseguidos. É impossível imaginar o florescimento da inovação sob a repressão política". Até onde poderá ir a “democracia socialista e a economia de mercado de características chinesas"? Será que Pequim conseguirá fazer a quadratura do círculo? Ou conseguirá manter um equilíbrio entre uma economia cada vez mais integrada no sistema internacional e aberta às influências externas e um regime neoautoritário "desenvolvicionista" em que subsistem traços ao nível da organização politico-institucional de um socialismo burocrático de estado?
Wednesday, January 25, 2006
Roque Choi
Vai hoje a enterrar um dos principais protagonistas da história da segunda metade do século XX de Macau. Roque Choi era conhecido como o homem das pontes e dos consensos entre portugueses e chineses.
Lusa, Macau 19 de Janeiro
Empresário de nacionalidade portuguesa e etnia chinesa, Roque Choi desempenhou várias funções públicas ao longo da sua vida, tendo sido um dos elementos cruciais na resolução da crise em Macau que ficou conhecida por "1,2,3" durante a revolução cultural chinesa, em 1966.
Vice-presidente da Associação Industrial de Macau, membro do Conselho Consultivo do Governador de Macau, membro da Comissão Consultiva da Lei Básica de Macau e da Comissão Política Consultiva do Povo Chinês da província de Guangdong, Roque Choi desempenhou também o cargo de presidente do já extinto Leal Senado tendo, em 1982, assinado com Krus Abecassis o protocolo de geminação entre Macau e Lisboa.
Tio do actual número dois do Executivo de Hong Kong, Rafael Hui Si-yan, Roque Choi foi secretário de Pedro José Lobo, o homem- forte da Administração portuguesa de Macau nas décadas de 1930 e 1940, função que assumiria também mais tarde com Ho Yin, o pai do actual Chefe do Executivo Edmund Ho, à época o mais destacado líder da comunidade chinesa de Macau.
Como empresário foi fundador do Banco Seng Heng que anos depois viria a ser adquirido por Stanley Ho.
Monday, January 23, 2006
Cavaco Absoluto também em Macau
Posto Consular de Macau: Eleições Presidenciais
Cavaco Silva- 507 votos
Mário Soares - 138
Manuel Alegre - 55
Jerónimo de Sousa - 15
Francisco Louçã - 13
Garcia Pereira- 11
Total de votantes: 759
Inscritos: cerca de 11 mil
Cavaco Silva- 507 votos
Mário Soares - 138
Manuel Alegre - 55
Jerónimo de Sousa - 15
Francisco Louçã - 13
Garcia Pereira- 11
Total de votantes: 759
Inscritos: cerca de 11 mil
Aniversário
Há um ano o Sínico dava os primeiros passos. A todos os que por cá passaram, muito obrigado.
Sunday, January 22, 2006
Leituras Dominicais
The Future of U.S.-China Relations: Is Conflict Inevitable?, Aaron Friedberg, na International Security.
In China, a warning on illegal land grabs, no NYT através do IHT.
Japan Vs. China: The Other Clash of Civilizations?, Jean-Pierre Lehman no The Globalist.
In China, a warning on illegal land grabs, no NYT através do IHT.
Japan Vs. China: The Other Clash of Civilizations?, Jean-Pierre Lehman no The Globalist.
Friday, January 20, 2006
Ainda Zheng He e o Império do Meio
A expedição de Zheng He em 1433 foi a última e três anos mais tarde um édito imperial baniu a construção de navios de longo curso. Apesar de todo o empreendimento realizado pelo general eunuco muçulmano de etnia hui, a China virou as costas ao mundo. Porquê?
Como seria de esperar não existe apenas um ou dois motivos para que isto tenha acontecido.
Paul Kennedy em "The Rise and Fall of Great Powers" considera que:
(...) There was, to be sure a plausible strategical reason for this decision. The northern frontiers of the empire were again under some pressure from the Mongols and it may have seemed prudent to concentrate military resources in the most vulnerable area. Under such circumstances a large navy was an expensive luxury (...).
a key element in China's retreat was the sheer conservatism of the Confician bureaucracy (...) In this "Restoration" atmosphere , the all important oficialdom was concerned to preserve and recapture the past, not to creat a brighter future based upon overseas expansion and commerce. According to the Confucian code, warfare itself was a deplorable activity (...) Foreign trade by Chinese subjects must have seemed even more dubious to mandarin eyes, simply because it was less under their control.
Paul Kennedy, The Rise and Fall of Great Powers, Vintage Books, New York, 1989, p.7
Como seria de esperar não existe apenas um ou dois motivos para que isto tenha acontecido.
Paul Kennedy em "The Rise and Fall of Great Powers" considera que:
(...) There was, to be sure a plausible strategical reason for this decision. The northern frontiers of the empire were again under some pressure from the Mongols and it may have seemed prudent to concentrate military resources in the most vulnerable area. Under such circumstances a large navy was an expensive luxury (...).
a key element in China's retreat was the sheer conservatism of the Confician bureaucracy (...) In this "Restoration" atmosphere , the all important oficialdom was concerned to preserve and recapture the past, not to creat a brighter future based upon overseas expansion and commerce. According to the Confucian code, warfare itself was a deplorable activity (...) Foreign trade by Chinese subjects must have seemed even more dubious to mandarin eyes, simply because it was less under their control.
Paul Kennedy, The Rise and Fall of Great Powers, Vintage Books, New York, 1989, p.7
Thursday, January 19, 2006
Império do Meio
A propósito dos interssantes comentários de Bruno Santos, e da questão lançada por A.tlon - "Interessa-me sobretudo procurar compreender o que levou a China a fechar-se novamente sobre si numa altura em que começava a ter o mundo desenhado em cima dos joelhos" - em "A Riqueza e a Pobreza das Nações", David Landes cita uma declaração do imperador K'ang Hsi, da dinastia Qing, a partir de uma passagem do livro "Emperor of China" de Jonathan Spence:
"(...) muito embora alguns dos métodos ocidentais sejam diferentes dos nossos e possam até representar um aperfeiçoamento, pouco existe neles que seja novo. Os princípios de matemática derivam todos do Livro das Mudanças (I Ching) e os seus métodos ocidentais são chinese na origem".
David Lands, A Riqueza e a Pobreza das Nações, Gradiva, Lisboa, 2002, p.380
No mesmo livro (p.377), numa alusão ao período anterior aos Qing, a dinastia Ming, David Landes escreve: "O progresso teria desafiado confortáveis ortodoxias e acarretado a insubordinação; o mesmo ponto de vista em relação a conhecimentos e ideias importados. Com efeito, o que havia para aprender?"
Já mais de mil anos antes, tal como Bruno Santos lembra, o Imperador Han Huan Ti, dinastia Han, tinha mandado queimar quase todos os classicos, poupando o I Ching.
"(...) muito embora alguns dos métodos ocidentais sejam diferentes dos nossos e possam até representar um aperfeiçoamento, pouco existe neles que seja novo. Os princípios de matemática derivam todos do Livro das Mudanças (I Ching) e os seus métodos ocidentais são chinese na origem".
David Lands, A Riqueza e a Pobreza das Nações, Gradiva, Lisboa, 2002, p.380
No mesmo livro (p.377), numa alusão ao período anterior aos Qing, a dinastia Ming, David Landes escreve: "O progresso teria desafiado confortáveis ortodoxias e acarretado a insubordinação; o mesmo ponto de vista em relação a conhecimentos e ideias importados. Com efeito, o que havia para aprender?"
Já mais de mil anos antes, tal como Bruno Santos lembra, o Imperador Han Huan Ti, dinastia Han, tinha mandado queimar quase todos os classicos, poupando o I Ching.
Wednesday, January 18, 2006
Tuesday, January 17, 2006
Amado na China II
Na sequência da decisão de Pequim de elevar o estatuto de Portugal para parceiro estratégico, Portugal e a China decidiram criar uma comissão conjunta para tratar dos assuntos militares e de defesa. Este é o primeiro resultado da visita de Luís Amado à China. O tipo de cooperação, no entanto não é especificado. Certo é que Lisboa apoia de forma veemente o fim do embargo à venda de armas da União Europeia à China...
Is there anything behind the curtain?
A Agência Xinhua fala assim desta visita:
"China is ready to work with Portugal on developing multi-level and multi-dimension relations between the two armed forces, Chinese Defense Minister Cao Gangchuan said here Monday.
In a meeting with his Portuguese counterpart Luis Amado, Cao said frequent exchange of high-level visits and deepening cooperation between the two countries in various fields contributed a lot to the smooth development of state-to-state relations in recent years.
As a key component of the overall relationship between China and Portugal, relations between the two armed forces have kept moving forward, said Cao, adding that the People's Liberation Army attaches importance to enhancing friendly cooperation with the Portuguese armed forces.
Cao also briefed the guest on China's views on major international or regional issues and China's economic and social development.
He reiterated China's principles and stance on the Taiwan issue.
Amado said Portugal is looking forward to closer cooperation with China in wider areas, and will make joint efforts with China to cement relations between the two nations and armed forces, so as to contribute to world peace and stability."
Is there anything behind the curtain?
A Agência Xinhua fala assim desta visita:
"China is ready to work with Portugal on developing multi-level and multi-dimension relations between the two armed forces, Chinese Defense Minister Cao Gangchuan said here Monday.
In a meeting with his Portuguese counterpart Luis Amado, Cao said frequent exchange of high-level visits and deepening cooperation between the two countries in various fields contributed a lot to the smooth development of state-to-state relations in recent years.
As a key component of the overall relationship between China and Portugal, relations between the two armed forces have kept moving forward, said Cao, adding that the People's Liberation Army attaches importance to enhancing friendly cooperation with the Portuguese armed forces.
Cao also briefed the guest on China's views on major international or regional issues and China's economic and social development.
He reiterated China's principles and stance on the Taiwan issue.
Amado said Portugal is looking forward to closer cooperation with China in wider areas, and will make joint efforts with China to cement relations between the two nations and armed forces, so as to contribute to world peace and stability."
As faces da História
A propósito do comentário do Nic, - "basta olhar para Macau e ver como a historia reza do outro lado das portas do cerco!" - recordo aqui declarações do historiador Geoffrey Gunn:
"Está a dizer que estão a rescrever a História?
Já reescreveram, já foi feito. E devem ter estado a trabalhar nisso desde altura em que publiquei o livro [em 1996] e a prepararem-se para a hora da transição. Em 1999, havia duas "Histórias da China", impressas em Xangai e Hong Kong, que usaram documentos do Partido Comunista para escrever estas versões patrióticas da História. Encontram-se à venda em todas as livrarias aqui de Macau, da autoria de historiadores do continente que as publicaram em 1999. E estes são os livros que as pessoas de Macau lêem, ninguém lê o meu livro." Ler a entrevista aqui.
Do lado português existe também naturalmente uma certa versão nacionalista do Império benigno lusitano.
Quanto à questão da "descoberta" da América por Zheng He, é preciso primeiro ler so livro de Gavin Menzies e outros documentos.
Monday, January 16, 2006
Qual Álvares Cabral, qual quê!?
"Uma cópia do século XVIII de um mapa chinês do mundo desenhado em 1418, hoje revelado em Pequim, mostra que os chineses terão chegado ao Brasil antes dos portugueses.
Os chineses terão ainda descoberto o caminho para a Índia antes de Vasco da Gama e chegado à América antes de Colombo, segundo o mapa, datado de 1763 e cópia de um outro que terá sido desenhado décadas antes de Bartolomeu Dias dobrar o cabo da Boa Esperança, em 1487.". Lusa
Os chineses terão ainda descoberto o caminho para a Índia antes de Vasco da Gama e chegado à América antes de Colombo, segundo o mapa, datado de 1763 e cópia de um outro que terá sido desenhado décadas antes de Bartolomeu Dias dobrar o cabo da Boa Esperança, em 1487.". Lusa
Sunday, January 15, 2006
Mais protestos
Começam a ser conhecidos cada vez mais casos de protestos violentos que envolvem camponeses e as autoridades por causa de disputas em relação à cedência de terras a fábricas e à alegada falta de compensações codignas. A BBC relata aqui o caso de Sanjiao.
Leituras Dominicais
Olhares sobre os graves problemas ambientais na China:
1. China's Pollution and the Threat to Domestic and Regional Stability, Z Net
2. Will China Face an Environmental Meltdown?, Elizabeth Economy na Globalist.
Thursday, January 12, 2006
China Africana
Ler "China's African Policy", o documento oficial da China para África.
Depois de em 2003 Pequim ter emitido "China's EU Policy Paper", Pequim sistematiza os princípios orientadores para África, colocando num paper o que tem vindo a dizer e em especial a fazer nestes últimos anos em África. Tudo isto deve ser entendido num contexto mais abrangente da nova estratégia da China para as relações internacionais após a queda do muro de Berlim e os incidentes de Tianamen juntamente com os princípios delineados por Deng Xiaping de uma política externa independente e acerca da cooperação "Sul-Sul" e fudamentalmente tendo em conta as necessidades ao nível de recursos energéticos, minerais e de matérias primas de uma economia que cresce ininterruptamente a um nível próximo dos 10 por cento há 25 anos. Estes e outros factores devem ser tidos em conta. Voltaremos a este assunto, com frequência.
Numa primeira leitura do documento não posso deixar de destacar as segintes passagens:
"China is willing to negotiate Free Trade Agreement (FTA) with African countries and African regional organizations"
"Efforts will be made to strengthen technology and management cooperation, focusing on the capacity-building of African nations"
"The Chinese Government facilitates information sharing and cooperation with Africa in resources areas. It encourages and supports competent Chinese enterprises to cooperate with African nations in various ways on the basis of the principle of mutual benefit and common development, to develop and exploit rationally their resources"
"will continue its training programs in applied technologies for African countries, carry out demonstration programs of technical assistance, and actively help disseminate and utilize Chinese scientific and technological achievements and advanced technologies applicable in Africa. "
Depois de em 2003 Pequim ter emitido "China's EU Policy Paper", Pequim sistematiza os princípios orientadores para África, colocando num paper o que tem vindo a dizer e em especial a fazer nestes últimos anos em África. Tudo isto deve ser entendido num contexto mais abrangente da nova estratégia da China para as relações internacionais após a queda do muro de Berlim e os incidentes de Tianamen juntamente com os princípios delineados por Deng Xiaping de uma política externa independente e acerca da cooperação "Sul-Sul" e fudamentalmente tendo em conta as necessidades ao nível de recursos energéticos, minerais e de matérias primas de uma economia que cresce ininterruptamente a um nível próximo dos 10 por cento há 25 anos. Estes e outros factores devem ser tidos em conta. Voltaremos a este assunto, com frequência.
Numa primeira leitura do documento não posso deixar de destacar as segintes passagens:
"China is willing to negotiate Free Trade Agreement (FTA) with African countries and African regional organizations"
"Efforts will be made to strengthen technology and management cooperation, focusing on the capacity-building of African nations"
"The Chinese Government facilitates information sharing and cooperation with Africa in resources areas. It encourages and supports competent Chinese enterprises to cooperate with African nations in various ways on the basis of the principle of mutual benefit and common development, to develop and exploit rationally their resources"
"will continue its training programs in applied technologies for African countries, carry out demonstration programs of technical assistance, and actively help disseminate and utilize Chinese scientific and technological achievements and advanced technologies applicable in Africa. "
China Lusófona
O chefe da diplomacia chinesa esteve em Cabo Verde para uma visita com vista ao regorço da cooperação entre os dois países. Desde logo, Li Zhaoxing prometeu um aumento do investimento chinês no arquipélago - o que de resto tem vindo a aocntecer, em especial nos últimos dois anos.
Interessante é que ,
"Quanto ao referido interesse da China na ainda "secreta" existência de gás natural nos mares do arquipélago, referida na imprensa nos últimos dias, tanto o MNE chinês como o cabo-verdiano passaram ao lado do assunto, sem, no entanto, o negar." (Lusa)
Interessante é que ,
"Quanto ao referido interesse da China na ainda "secreta" existência de gás natural nos mares do arquipélago, referida na imprensa nos últimos dias, tanto o MNE chinês como o cabo-verdiano passaram ao lado do assunto, sem, no entanto, o negar." (Lusa)
Amado na China
O título pode induzir em erro. Não se trata de Deng Xiaoping, Yao Ming ou de Yiang Liwei, o primeiro chinês no espaço. É mesmo Luís Amado, ministro português da defesa, que vem cá para a semana. Meses depois da China ter concedido a Portugal o estatuto de parceiro privilegiado e de Sócrates ter dito que a Pequim estava no topo das prioridades da diplomacia de Lisboa. E de Portugal ter reafirmado que defende o fim do embargo europeu à venda de armas. E num ano em que Portugal vai abrir um consulado-geral em Xangai.
Certíssimo, Paulo, prestarei atenção especial à visita do senhor ministro. E Sócrates também vem cá em 2006, só não se sabe ainda quando.
Certíssimo, Paulo, prestarei atenção especial à visita do senhor ministro. E Sócrates também vem cá em 2006, só não se sabe ainda quando.
Wednesday, January 11, 2006
Três Pilares da Estabilidade II
"Provavelmente, a prioridade de topo – e o desafio mais difícil – é desenvolver uma economia de consumo doméstica estável e saudável que absorva a produção excedentária e reduzir o superavit comercial.
Isso levanta o grande dilema a Wen Jiabao: como será implementado este ajustamento?
O seu antecedente, Zhu Rongji, desenvolveu um “sistema de macro-controlo” em que os instrumentos do planeamento do estado poderia ser utilizado para ajustar o mercado. Mas o poder do planeamento central tem dado lugar às forças de mercado , deixando Pequim crescentemente sem mecanismos para dirigir e controlar o mercado. Muitos dos ministérios que um dia tiveram a autoridade para controlar vários sectores já não existem. E as autoridades locais já não seguem as linhas orientadores do governo central.
Wen tem estado a falar sobre a tentativa de reinstalar o sistema de macro-controlo. A chave desta ideia é transferir fundos públicos dos projectos de infrastruturas de grande envergadura para outro tipo de investimentos como a educação, a segurança social e os cuidados médicos.
Durante os anos da reforma do final dos anos noventa e início do século XXI, estes três sectores foram subitamente comercializados e os fundos governamentais foram retirados em muitos casos. Hoje prestam serviços desiguais – apenas disponíveis para quem os possa pagar – deixando a maior parte da populaçãi sem acesso a uma condigna educação ou cuidados médicos.
Estes sectores são cruciais para o futuro da China, tanto que se têm tornado imagem de marca do discurso dos responsáveis políticos. Estes três pilares de serviços sociais aos cidadãos são vitais para a concertização do projecto de Wen Jiabao de ajustamento económico estrutural.
Para que a China possa mudar de um modelo de produção cega, baseada nas exportações e na prática de dumping, é preciso fortalecer o consumo interno. Mas como é que a população pode cosumir se tem que passar as suas vidas a poupar para ter acesso á educação, aos cuidados médicos e a uma velhice livre de miséria? É tempo do governo voltar a fornecer estes bens públicos sociais a todos de novo".
Laurence Brahm, South China Moring Post, 10-01-2006.
Tradução e adaptação de JCM.
Isso levanta o grande dilema a Wen Jiabao: como será implementado este ajustamento?
O seu antecedente, Zhu Rongji, desenvolveu um “sistema de macro-controlo” em que os instrumentos do planeamento do estado poderia ser utilizado para ajustar o mercado. Mas o poder do planeamento central tem dado lugar às forças de mercado , deixando Pequim crescentemente sem mecanismos para dirigir e controlar o mercado. Muitos dos ministérios que um dia tiveram a autoridade para controlar vários sectores já não existem. E as autoridades locais já não seguem as linhas orientadores do governo central.
Wen tem estado a falar sobre a tentativa de reinstalar o sistema de macro-controlo. A chave desta ideia é transferir fundos públicos dos projectos de infrastruturas de grande envergadura para outro tipo de investimentos como a educação, a segurança social e os cuidados médicos.
Durante os anos da reforma do final dos anos noventa e início do século XXI, estes três sectores foram subitamente comercializados e os fundos governamentais foram retirados em muitos casos. Hoje prestam serviços desiguais – apenas disponíveis para quem os possa pagar – deixando a maior parte da populaçãi sem acesso a uma condigna educação ou cuidados médicos.
Estes sectores são cruciais para o futuro da China, tanto que se têm tornado imagem de marca do discurso dos responsáveis políticos. Estes três pilares de serviços sociais aos cidadãos são vitais para a concertização do projecto de Wen Jiabao de ajustamento económico estrutural.
Para que a China possa mudar de um modelo de produção cega, baseada nas exportações e na prática de dumping, é preciso fortalecer o consumo interno. Mas como é que a população pode cosumir se tem que passar as suas vidas a poupar para ter acesso á educação, aos cuidados médicos e a uma velhice livre de miséria? É tempo do governo voltar a fornecer estes bens públicos sociais a todos de novo".
Laurence Brahm, South China Moring Post, 10-01-2006.
Tradução e adaptação de JCM.
Tuesday, January 10, 2006
Três Pilares da Estabilidade
Laurence Brahm
No South China Moring Post, 10-01-2006*
"No ano passado, a China recebeu um aviso veemente que estaria em marcha uma potencial crise de energia, financeira e ao nível da segurança social. A chamada de atenção veio de uma fonte no mínimo respeitável - um instituto de investigação multi-ministerial presidido pelo primeiro-ministro Wen Jiabao. À primeira vista, podemos esperar um ano 2006 positivo para a China continental. A economia deverá registar um contínuo e elevado crescimento económico e uma inflacção baixa. Contudo, debaixo desta superfície, 2006 poderá ser um ano de teste à capacidade da economia e ao ritmo da implementação das reformas. Este ano é o quinto desde que a China se juntou à Organização Mundial de Comércio (OMC), o que significa que muitos dos compromissos decorrentes desta adesão ainda não foram postos em prática. Algumas indústrias terão, subitamente, que competir com as importações, enquanto as tarifas alfandegárias vão diminuindo; o pano vai subir para a entrada em palco dos serviços financeiros estrangeiros; e vários outros sectores serão forçados a abrir as portas a capitais privados e estrangeiros. As pressões externas vão continuar: os preços do petróleo dificilmente diminuirão – podem mesmo aumentar ao longo do ano juntamente com os preços de outras commodities. Por todo o mundo poderão rebentar “bolhas de propriedade”, o que será um teste para a robustez do sector imobiliário da China. Os decisores estão a poderá como conduzir a China para um ritmo mais estável e equibilibrado de crescimento. O período de hiper-crescimento começou em 1992, quando a China ainda não podia produzir todas as mercadorias e bens básicos necessários ao seu mercado de consumo doméstico. Catorze anos depois, virtualmente, todos os sectores da economia estão em sobre-produção, fazendo da China a maior economia de exportação do mundo. É acusada, um pouco por todo o mundo, de fazer dumping e está a ser alvo de vários processo legais na Europa e nos Estados Unidos. Claramente para os decisores políticos de Pequim é tempo de fazer alguns ajustamentos estruturais a este modelo económico.".
(continua)
*traduzido e adaptado por JCM.
No South China Moring Post, 10-01-2006*
"No ano passado, a China recebeu um aviso veemente que estaria em marcha uma potencial crise de energia, financeira e ao nível da segurança social. A chamada de atenção veio de uma fonte no mínimo respeitável - um instituto de investigação multi-ministerial presidido pelo primeiro-ministro Wen Jiabao. À primeira vista, podemos esperar um ano 2006 positivo para a China continental. A economia deverá registar um contínuo e elevado crescimento económico e uma inflacção baixa. Contudo, debaixo desta superfície, 2006 poderá ser um ano de teste à capacidade da economia e ao ritmo da implementação das reformas. Este ano é o quinto desde que a China se juntou à Organização Mundial de Comércio (OMC), o que significa que muitos dos compromissos decorrentes desta adesão ainda não foram postos em prática. Algumas indústrias terão, subitamente, que competir com as importações, enquanto as tarifas alfandegárias vão diminuindo; o pano vai subir para a entrada em palco dos serviços financeiros estrangeiros; e vários outros sectores serão forçados a abrir as portas a capitais privados e estrangeiros. As pressões externas vão continuar: os preços do petróleo dificilmente diminuirão – podem mesmo aumentar ao longo do ano juntamente com os preços de outras commodities. Por todo o mundo poderão rebentar “bolhas de propriedade”, o que será um teste para a robustez do sector imobiliário da China. Os decisores estão a poderá como conduzir a China para um ritmo mais estável e equibilibrado de crescimento. O período de hiper-crescimento começou em 1992, quando a China ainda não podia produzir todas as mercadorias e bens básicos necessários ao seu mercado de consumo doméstico. Catorze anos depois, virtualmente, todos os sectores da economia estão em sobre-produção, fazendo da China a maior economia de exportação do mundo. É acusada, um pouco por todo o mundo, de fazer dumping e está a ser alvo de vários processo legais na Europa e nos Estados Unidos. Claramente para os decisores políticos de Pequim é tempo de fazer alguns ajustamentos estruturais a este modelo económico.".
(continua)
*traduzido e adaptado por JCM.
Monday, January 09, 2006
Sunday, January 08, 2006
Evo Morales na China
O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, iniciou hoje uma visita à China onde declarou ser um admirador de Mao Tsetung e da sua "revolução proletária" e incentivou as empresas chinesas a investirem em sectores-chave da economia boliviana (...) "Foram convidadas as empresas chinesas, seguindo os regulamentos bolivianos, a entrarem em sectores como a energia, a indústria mineira ou a agricultura" Lusa
1. Como é que seria uma Grandiosa Revolução Cultural proletária na Bolívia de Morales?
2. Não é só em África que a China está a encontrar terreno fértil para investir e para fortalecer a cooperação em especial ao nível dos recursos energéticos e minerais. A América Latina distancia-se cada vez mais da dependência de Washington abraçando o "jogo de soma positiva para ambas as partes" de Pequim. E há vários exemplos.
1. Como é que seria uma Grandiosa Revolução Cultural proletária na Bolívia de Morales?
2. Não é só em África que a China está a encontrar terreno fértil para investir e para fortalecer a cooperação em especial ao nível dos recursos energéticos e minerais. A América Latina distancia-se cada vez mais da dependência de Washington abraçando o "jogo de soma positiva para ambas as partes" de Pequim. E há vários exemplos.
Saturday, January 07, 2006
O Sexto Poder e o Quinto Elemento
Um estudo da autoria de Wang Ling da Academia Chinesa de Ciências Sociais coloca a China no sexto lugar numa lista dos maiores poderes do mundo. a Lista é a seguinte:
1-EUA
2-Reino Unido
3-Rússia
4-França
5-Alemanha
6-China
Os critérios utlizados foram
1-EUA
2-Reino Unido
3-Rússia
4-França
5-Alemanha
6-China
Os critérios utlizados foram
- poder militar
- poderio económico
- capacidade diplomática
- recursos energéticos
Galileo: this is just the beginning
O Satélite Giove-A
Já foi lançado o primeiro satélite do Galileo, o sistema global de navegação e posicionamento da União Europeia que surge como alternativa ao GPS norte-americano. Sendo apresentado pela Comissão Europeia e pela ESA como um projecto meramente civil, será certamente um instrumento e um activo estratégico numa (eventual) Política Externa e de Segurança Comum e de Uma Política Europeia de Defesa e Segurança. Isto para além dos spin-offs que um programa de alta tecnologia deste tipo gera, ao nível da transferência de tecnologia do campo militar para o civil e das potencialidades que permite um sistema de poscionamento de alta precisão -como é apresentado - para a sociedade ao nível dos transportes marítimos, terrestres, aéreos, protecção civil, sector financeiro, agricultura ou pescas. Apesar de ter sido já assinado um acordo de interoperabilidade entre Bruxelas e Washington com vista a evitar eventuais conflitos na emissão de sinais do GPS e do Galileo, os norte-americanos nunca viram com bons olhos este projecto. Em especial porque a China é o principal parceiro externo da UE temendo que Pequim possa beneficiar da transferência de tecnologia e ter acesso aos códigos encriptados miliatres de precisão extrema.
Friday, January 06, 2006
Thursday, January 05, 2006
Recursos energéticos na Ásia Central: EUA-China
Enquanto na Europa se discutem a implicações do conflito energético russo-ucraniano acerca do transporte e fornecimento de gás natural, na Ásia Central as reservas do Mar Cáspio são alvo de forte competição entre a China e os Estados Unidos. Ao passo que os EUA inauguraram o oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan, Pequim apostou no oleoduto que vem do Cazaquistão até ao Nordeste chinês.
O Asia Times publica este artigo bastante interessante sobre o "grande xadrez energético" na Ásia Central.
Para mais desenvolvimentos sobre este assunto, ler
Amineh, Mehdi Parvizi, Howeling, Henk (2003a) “The Geopolitics of Power Projection in US Foreign Policy: From Colonization to Globalization”, Perspectives on Global Development and Technology, 15 September 2003, vol. 2, no. 3-4, pp. 339-389(51) Brill Academic Publishers.
Sínico tem estado a publicar uma série de textos sobre as políticas da UE e da China para a Ásia Central.
O Asia Times publica este artigo bastante interessante sobre o "grande xadrez energético" na Ásia Central.
Para mais desenvolvimentos sobre este assunto, ler
Amineh, Mehdi Parvizi, Howeling, Henk (2003a) “The Geopolitics of Power Projection in US Foreign Policy: From Colonization to Globalization”, Perspectives on Global Development and Technology, 15 September 2003, vol. 2, no. 3-4, pp. 339-389(51) Brill Academic Publishers.
Sínico tem estado a publicar uma série de textos sobre as políticas da UE e da China para a Ásia Central.
Wednesday, January 04, 2006
China-Lusofonia
As trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa cresceram 25,9 por cento nos primeiros sete meses de 2005 com Angola e Brasil a assumirem a responsabilidade de 93,5 por cento da compra e venda de produtos.
Dados estatísticos hoje divulgados pela Rádio Macau indicam que entre a China e os Países de Língua Portuguesa, exceptuando São Tomé e Príncipe, o valor das trocas comerciais atingiu os 12.146 milhões de dólares americanos referentes a 3.366 milhões de dólares de vendas chinesas e 8.780 milhões de dólares em exportações dos países de língua portuguesa.
(Lusa)
Dados estatísticos hoje divulgados pela Rádio Macau indicam que entre a China e os Países de Língua Portuguesa, exceptuando São Tomé e Príncipe, o valor das trocas comerciais atingiu os 12.146 milhões de dólares americanos referentes a 3.366 milhões de dólares de vendas chinesas e 8.780 milhões de dólares em exportações dos países de língua portuguesa.
(Lusa)
Monday, January 02, 2006
Mensagens e Sinais para 2006
A mensagem de ano novo do presidente da China Hu Jintao centrou-se na questão ambiental que tantos problemas esta a criar ao país. O chefe de estado chinês garantiu que Pequim vai concentrar esforços para a criação de uma sociedade baseada na eficiência energética e na protecção ambiental. Além disso, Hu Jintao disse que o governo central vai expandir a "democracia socialista", promover o "progresso ideológico e ético" e a reforma no sector cultural. Tudo para atingir a harmonia social e o desenvolvimento pacífico. Do outro lado do estreito, o discurso foi diferente. O líder de Taiwan Chen Shui Bian endureceu o discurso e disse que quer fazer avançar uma nova constituição e prometeu continuar a reforçar o armamento do exército da Formosa. Na mensagem de ano novo, Chen afirmou que quer que Taiwan tenha um novo texto fundamental em 2008 que permita aos cidadãos da ilha terem a palavra sobre uma eventual independência. O líder do governo de Taipé argumentou que as pessoas de Taiwan em 2007 terão a maturidade para decidir o que fazer num referendo sobre uma nova constituição. Esta declaração deverá provocar uma reacção negativa em Pequim com quem Chen Shui Bian tem uma relação conflituosa desde que em 2000 assumiu a chefia do governo de Taiwan com o Partido Democrático Progressista que tem um discurso pró-independência. Noutro sentido, O primeiro-ministro indiano anunciou que pretende reforçar os laços com a China e exultou Pequim a dar um passo no mesmo sentido. Na mensagem de ano novo endereçada ao chefe de estado chinês, Manmohan Singh afirmou que o ano 2006 deve ser marcado por uma relação de maior proximidade entre os dois países mais populosos do mundo.
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