A propósito dos interssantes comentários de Bruno Santos, e da questão lançada por A.tlon - "Interessa-me sobretudo procurar compreender o que levou a China a fechar-se novamente sobre si numa altura em que começava a ter o mundo desenhado em cima dos joelhos" - em "A Riqueza e a Pobreza das Nações", David Landes cita uma declaração do imperador K'ang Hsi, da dinastia Qing, a partir de uma passagem do livro "Emperor of China" de Jonathan Spence:
"(...) muito embora alguns dos métodos ocidentais sejam diferentes dos nossos e possam até representar um aperfeiçoamento, pouco existe neles que seja novo. Os princípios de matemática derivam todos do Livro das Mudanças (I Ching) e os seus métodos ocidentais são chinese na origem".
David Lands, A Riqueza e a Pobreza das Nações, Gradiva, Lisboa, 2002, p.380
No mesmo livro (p.377), numa alusão ao período anterior aos Qing, a dinastia Ming, David Landes escreve: "O progresso teria desafiado confortáveis ortodoxias e acarretado a insubordinação; o mesmo ponto de vista em relação a conhecimentos e ideias importados. Com efeito, o que havia para aprender?"
Já mais de mil anos antes, tal como Bruno Santos lembra, o Imperador Han Huan Ti, dinastia Han, tinha mandado queimar quase todos os classicos, poupando o I Ching.
Thursday, January 19, 2006
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