1. "Eduardo Prado Coelho diz-se desiludido com Macau. Passou pela Avenida da Amizade, deve ter visto a Doca dos Pescadores de relance, esteve na Universidade, e dormiu num hotel onde encontrou “hordas” de chineses a gritar na recepção. Eduardo Prado Coelho queria, em 2006, encontrar os cenários que Wong Kar-wai descreveu e utilizou de forma sublime no In The Mood For Love, um filme passado na Hong Kong dos anos… sessenta. O romantismo bacoco, barato, para intelectual português ler e concordar cegamente sem conhecimento do meio tem limites. E somos nós, portugueses de Macau, que temos de explicar a esta gente que a hoje RAEM, felizmente, ainda não se limita aos casinos que habitam porta sim, porta não numa avenida de Macau, nem à “lama visual” que é a Doca dos Pescadores".
"Coelho para todo o prado", João Varela no Hoje Macau.
2. "Ainda bem que Eduardo Prado Coelho tem noção de que o defeito é dele, quando diz de Macau e das suas gentes algo próximo do que Maomé diria do toucinho. Quando me surpreendi com o texto (que publicamos na página 9) interroguei-me, antes de mais, se haveria em mim algum defeito que me fizesse gostar (e muito) de viver nesta terra. A resposta foi não, por razões que já exporeiE rapidamente percebi qual o defeito de Prado Coelho: etnocentrismo, um defeito não raro nos europeus, mas que a inteligência do cronista deveria ter sabido evitar. Vir à Ásia e esperar um cheiro a Paris é coisa que não lembraria a um campónio... Vir à China e esperar ruas desertas, então, roça o ridículo. Mas pronto, Prado Coelho não gostou de Macau, está no seu direito e não precisa de voltar".
Precipitação e falta de educação, Rodolfo Ascenso, no Ponto Final.
Thursday, June 22, 2006
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1 comment:
o tom de certeza e arrogancia deste ignorante Prado Coelho, so teria algum cabimento se o seu conhecimento/vivencia, fosse profundo e nao leviano!
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