A venda da participação da Portugal Telecom na TV Cabo Macau a um consórcio que integra o patrão da Kong Seng, uma das principais empresas de "anteneiros" (companhias que fornecem antenas que captam dezenas de canais e a um preço muito mais baixo - sem pagar direitos sobre a transmissão de vários canais - que os que são praticados pela TV Cabo) já era esperada . Em grande medida por causa desta e de outras empresas do mesmo ramo, a TV Cabo Macau nunca saíu do vermelho. O governo de Macau assobiou sempre para o lado quando era pressionado para acabar com a "pirataria" dos anteneiros. A própria Comissão Europeia salientava no último relatório anual sobre a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM)que,
"While recognising the continued efforts being made by Macao in upgrading its legislative framework and enforcement structure for the protection of intellectual property rights, the European Commission is concerned about the current situation of TV signal piracy in Macao. It notes that antenna companies have for years been providing pirated TV signals for channels with European and American content without a licence or authorisation from the respective copyright owners.Macau Cable TV has signed a contract with the Macao SAR Government for the exclusive provision of pay TV services, covering worldwide and European channels.The company has filed complaints with the Macao authorities against the antenna companies and for several years has been seeking civil remedies, without much progress. Despite repeated diplomatic efforts by the European Commission and the host countries of right holders, Macao has yet to find solutions to redress the situation. The European Commission urges the Macao SAR Government to take the necessary measures to effectively protect the legitimate signal
provider and copyright owners".
A saída da PT da TV Cabo Macau, em si, não surpreende nem é motivo para grande preocupação para quem considera importante a presença da empresas portuguesas na RAEM. O mesmo não se pode dizer se vier a alienar as participações detem na CTM-Companhia de Telecomunicações de Macau .
Francisco Rui Cádima lembra que ainda há não muito tempo Macau e a China eram considerados mercados importantes para investimentos da PT. Só falta agora a PT imitar o grupo BCP quando vendeu o Banco Comercial de Macau, argumentado que estava a alienar activos não estratégicos.
Wednesday, January 10, 2007
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