Este é que é o anunciado primeiro-ministro civil que os militares golpistas tinham prometido (!!!)
"Thailand's military rulers have chosen General Surayud Chulanont, a former head of the military, to succeed overthrown prime minister Thaksin Shinawatra, the website of state-run Radio Thailand reported Friday. The website quoted Thailand's auditor general Jaruvan Maintaka as telling reporters that Surayud, 63, was the generals' choice. "It is quite certain," she said."
"Retired general picked as new Thai PM: state radio2, Channel News Asia.
Friday, September 29, 2006
Thursday, September 28, 2006
O Fórum/China em África: leituras
1. "a CPLP nunca fez nada, esteve sempre no papel. Apesar de existir a CPLP, Moçambique já dava sinais de querer sair da CPLP para entrar na Comonwealth. Oque travou Moçambique para se manter como país de língua portuguesa foi a China" (...) " a língua portuguesa nunca foi tão fundamental na concretização deste projecto apesar de todos falarem português, a não ser que haja um terceiro a pegar nesta língua e, à base desta língua, construir algo que diga respeito a todos e que dá vantagem a todos, que não prejudique nenhum dos países".
Entrevista a Narana Coissoró: "A China está a construir a sua obra"
2. " (...) o secretário-executivo-adjunto da CPLP, Tadeu Soares, rejeita ver o fórum como um substituto da comunidade de países criada há dez anos. “A CPLP foi a materialização de um sentimento já existente”, afirmou. Quanto ao Fórum, Tadeu Soares considera que “é como um shopping center onde a China pode ir de loja em loja falando com os ministros dos países lusófonos”.
"Para além do Fórum", no Hoje Macau
3."Beijing claims to attach no inconvenient political, environmental or social conditions to the money it hands over. Anyone who looks back over the past century and a half at the behaviour of the European colonial powers – and the Americans and the Soviets during the cold war – can see the absurdity of heaping blame only on China for behaving callously in Africa".
"Ugly face of China in Africa" Victor Mallet no Financial Times
Wednesday, September 27, 2006
Breves notas sobre o Fórum China-PLP
No passado fim-de-semana, Macau foi a capital da amizade sino-lusófona. Retórica à parte (a conferência ministerial esteve, como é hábito, repleta dela), não seria de esperar “grandes saltos” ou “golpes de asa” nesta reunião. De qualquer modo convém não subvalorizar alguns aspectos da reunião ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
1. A China anunciou a criação de uma linha de crédito para os países africanos de língua portuguesa no valor de 800 milhões de yuans (cerca de 100 milhões de dólares) para a construção de infra-estruturas.
2. O Pano de Acção coloca uma tónica mais forte no investimento. Alguns países (como por Portugal) expressaram o desejo de atrair investimentos chineses, nomeadamente no turismo e construção de infra-estruturas. A posição de Lisboa foi mais acertada este ano que há três anos, mas falta ainda uma visão mais clara de Portugal neste processo. Nota positiva, no entanto, para a forte presença , a maior de sempre, de empresas portuguesas na Feira Internacional de Macau. Além disso a criação do Centro de Negócios e do Centro de Distribuição de Produtos Portugueses para o mercado chinês parecem, à partida, óptimas iniciativas. Falta agora saber se estamos perante mais do mesmo, ou seja “fogo-de-vista” para chinês ver, como aconteceu ao longo dos últimos dez anos.
3. O mesmo Plano de Acção traz à tona novas áreas de cooperação como o turismo (os países lusófonos anseiam que Pequim os coloque nos mercados turísticos preferenciais), transportes – o objectivo é criar uma rede regular de ligações aéreas e marítimas entre os países indústria farmacêutica e combate à SIDA.
4. Fica, aparentemente, adiado o objectivo de reduzir as barreiras alfandegárias.
5. A estrutura do Fórum em Macau, o secretariado, terá que mudar. Terá que ser ágil, inovadora e catalisadora de projectos. A opinião é partilhada por praticamente todos os analistas que têm acompanhado o processo.
6. Se Macau é a Plataforma, a China é o gancho, o Brasil é de outro mundo, Portugal navega à vista e os outros vão à bolina.
7. Há um fértil campo de investigação sobre o verdadeiro impacto do Fórum nas relações bilaterais China-PLP e sobretudo vis-a-vis a CPLP.
8. São Tomé e Príncipe enviou uma ministra, Cristina Dias, responsável pela pasta do comércio, que pôde assistir ao que está a perder com a ligação com Taiwan. É claramente uma vitória diplomática de Pequim.
9. O Fórum é o que é e deve ser visto numa perspectiva mais ampla.
10. Três questões:
A - (pergunta construtivista) Como é que o Fórum cria novas percepções intersubjectivas entre os participantes e redefine os conceitos de pertença e da relação com o outro (a China , uma actor externo à lusofonia)?
B – (pergunta liberal-institucionalista) Que tipo de “regime “ é este, o criado pelo Fórum, e que “spill over effects” poderão surgir em virtude do reforço da cooperação económica e comercial que se apresenta como um “win-win game”?
C –(pergunta realista) Ao nível da balança de poderes dentro do Fórum, que países viram a sua posição relativa ser aumentada e de que modo? De que forma o Fórum serve os intuitos da China de emergir na cena internacional como uma grande potência?
1. A China anunciou a criação de uma linha de crédito para os países africanos de língua portuguesa no valor de 800 milhões de yuans (cerca de 100 milhões de dólares) para a construção de infra-estruturas.
2. O Pano de Acção coloca uma tónica mais forte no investimento. Alguns países (como por Portugal) expressaram o desejo de atrair investimentos chineses, nomeadamente no turismo e construção de infra-estruturas. A posição de Lisboa foi mais acertada este ano que há três anos, mas falta ainda uma visão mais clara de Portugal neste processo. Nota positiva, no entanto, para a forte presença , a maior de sempre, de empresas portuguesas na Feira Internacional de Macau. Além disso a criação do Centro de Negócios e do Centro de Distribuição de Produtos Portugueses para o mercado chinês parecem, à partida, óptimas iniciativas. Falta agora saber se estamos perante mais do mesmo, ou seja “fogo-de-vista” para chinês ver, como aconteceu ao longo dos últimos dez anos.
3. O mesmo Plano de Acção traz à tona novas áreas de cooperação como o turismo (os países lusófonos anseiam que Pequim os coloque nos mercados turísticos preferenciais), transportes – o objectivo é criar uma rede regular de ligações aéreas e marítimas entre os países indústria farmacêutica e combate à SIDA.
4. Fica, aparentemente, adiado o objectivo de reduzir as barreiras alfandegárias.
5. A estrutura do Fórum em Macau, o secretariado, terá que mudar. Terá que ser ágil, inovadora e catalisadora de projectos. A opinião é partilhada por praticamente todos os analistas que têm acompanhado o processo.
6. Se Macau é a Plataforma, a China é o gancho, o Brasil é de outro mundo, Portugal navega à vista e os outros vão à bolina.
7. Há um fértil campo de investigação sobre o verdadeiro impacto do Fórum nas relações bilaterais China-PLP e sobretudo vis-a-vis a CPLP.
8. São Tomé e Príncipe enviou uma ministra, Cristina Dias, responsável pela pasta do comércio, que pôde assistir ao que está a perder com a ligação com Taiwan. É claramente uma vitória diplomática de Pequim.
9. O Fórum é o que é e deve ser visto numa perspectiva mais ampla.
10. Três questões:
A - (pergunta construtivista) Como é que o Fórum cria novas percepções intersubjectivas entre os participantes e redefine os conceitos de pertença e da relação com o outro (a China , uma actor externo à lusofonia)?
B – (pergunta liberal-institucionalista) Que tipo de “regime “ é este, o criado pelo Fórum, e que “spill over effects” poderão surgir em virtude do reforço da cooperação económica e comercial que se apresenta como um “win-win game”?
C –(pergunta realista) Ao nível da balança de poderes dentro do Fórum, que países viram a sua posição relativa ser aumentada e de que modo? De que forma o Fórum serve os intuitos da China de emergir na cena internacional como uma grande potência?
Tuesday, September 26, 2006
Sacked!
Secretário do Partido Couminista de Xangai, aliado de Jiang Zemin, afastado e detido em prisão domiciliário por alegado envolvimento em escândalo de corrupção.
"Jiang ally held over role in fund scandal", The Standart.
"Shanghai party chief sacked for graft", China Daily.
Monday, September 25, 2006
Thursday, September 21, 2006
Para além do Fórum: A China e os Países de Língua Portuguesa
Quando os ministros da China e dos países de língua portuguesa se juntarem este fim-de-semana espera-se que manifestem, de forma veemente, que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (FCECCPLP), criado em Macau em Outubro de 2003, não é uma redundância face às pré-existentes relações bilaterais.E como poderão fazer isso? A questão prende-se, em grande medida, com o que a China vai apresentar e que tem estado a ser negociado ao longo dos últimos meses nas embaixadas dos países lusófonos em Pequim.
Certamente que seria desejável que emergisse um “rasgo” e que o Ministro do Comércio, Bo Xilai, tirasse “um coelho da cartola”. Tal possibilidade afigura-se pouco provável, mas não impossível. Pelo menos a fazer crer na entrevista que Francis Tam, Secretário para a Economia e Finanças, concedeu à última edição da Revista Macau, em que garantia que “ele (Bo Xilai) está a trabalhar em algo para o sucesso do Fórum. Ele não vai estar em Macau, só para fazer um discurso e regressar a Pequim”.
Naturalmente que nestes três anos foram dados passos importantes nas relações sino-lusófonas: criou-se uma agenda comum, foi lançado um mecanismo multilateral, as trocas comerciais duplicaram, surgiram novos projectos de investimento e as visitas de chefes de estado e governo e ao nível ministerial multiplicaram-se.
Quer isto dizer indubitavelmente que esta nova realidade nas relações internacionais é palpável. Mas até que ponto o Fórum foi a força propulsora desta dinâmica e não apenas um elemento formal de complementaridade neste processo?
Da ideologia ao pragmatismo
Quando olhamos para este processo não devemos encará-lo isoladamente do que tem sido a política externa chinesa desde a fundação da República Popular da China (RPC) e, nomeadamente, desde o início, há mais de um quarto de século, da “Era da Reforma” de Deng Xiaoping. Sob a liderança de Deng, a China substituiu o radicalismo de Mao Zedong por uma nova abordagem pragmática da política interna e externa passando a ter como base a nova raison d’être do regime chinês: o desenvolvimento e a modernização da economia.
Na arena internacional, Pequim iniciou um caminho de descolagem da aliança táctica e tácita com os Estados Unidos da América (EUA) que tinha sido iniciada no início dos anos 1970 após a ruptura com a URSS, para abraçar um novo modelo ancorado em dois conceitos que ainda hoje são apresentados como o âmago da política externa da China: Paz e Desenvolvimento, seguindo a máxima de Deng Xiaoping: “Quanto mais forte a China crescer, mais hipóteses há para preservar a paz mundial” (é neste fraseado que sedimenta a retórica da “emergência pacífica” da China)
Além desse binómio – Paz e Desenvolvimento - Pequim proclamou nessa altura, início dos anos 1980, a postura de uma política externa independente, que seja conduzida para satisfazer as necessidades internas de um país que se levantava depois de ter vivido em constante convulsão durante os três primeiros quartéis do século XX. Necessidades dessas que passam actualmente sobretudo pela necessidade de diversificar o acesso a fontes de energia, nomeadamente, de petróleo de forma a alimentar uma economia em perigo de sobreaquecimento.
Tendo como base osproclamados “Cinco Princípios da Coexistência Pacífica” - respeito mútuo pela integridade territorial e soberania, não agressão mútua, não interferência nos assuntos internos, igualdade e benefício mútuo – a China mudou a sua abordagem face aos “Países em Desenvolvimento” de uma postura marcadamente ideológica, nos anos sessenta e setenta, para uma atitude definitivamente pragmática.
O comportamento da China face aos Países de Língua Portuguesa (PLP) deve ser pois entendido no quadro da sua relação com as nações em desenvolvimento em especial com África e a América Latina, uma vez que, à excepção de Portugal, todos os restantes PLP se situam na orla do que dantes era designado por “Terceiro Mundo”.
Os sentidos das oportunidades
Em dois anos, o comércio bilateral aumentou mais de 100 por cento – passou de cerca de 11 mil milhões de dólares norte-americanos, em 2003, para mais de 23 mil milhões, em 2005, ao mesmo tempo que os grande projectos de cooperação emergiram num ambiente de reforço dos laços e consciencialização da importância desta parceria. Estes dados são impressionantes, no entanto, seria um acto de wishful thinking atribuir ao FCECCPLP a grande dose de responsabilidades pelos número. Sem dúvida que terá aberto a porta a alguns negócios, criando uma ambiente de aprofundamento de conhecimento mútuo e, consequentemente, novas oportunidades numa relação que aparece como um jogo de soma positiva para as duas partes, contudo esta tendência reflecte sim toda a estratégia da China para os países de língua portuguesa que, por sua vez, é subsidiária do novo posicionamento na economia política internacional, em especial, no relacionamento da China com os países em desenvolvimento. E todos sabem que o “big business”, o que realmente interessa, fez-se e far-se-ia independentemente do Fórum.
Ainda é cedo para avaliar de forma efectiva o papel e a influência que Fórum nas relações sino-lusófonas. De qualquer modo, parece claro que é urgente que haja um “Grande Salto”, sob pena de se tornar em pouco mais que um ornamento.
Sabe-se que o Plano de Acção que vai ser assinado este fim-de-semana vai incluir algumas novidades que poderão contribuir para que haja o tão esperado salto qualitativo. Sectores como o financeiro ou o turismo terão um papel de maior peso. Mas além de definir prioridades e proclamar boas intenções, o Fórum terá que abrir a porta para algo de substantivo. Em concreto, será importante iniciar um processo que conduza à facilitação do inestimento ou comércio; algo que a China tem estado a fazer com as negociações sobre acordos de livre-comércio com a Austrália ou os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
No meio disto tudo, Macau não tem que ser apenas a sede do Secretariado e o território anfitrião das sessões ministeriais. Já foram dados alguns passos, como os acordos que estão em preparação para evitar a dupla tributação com alguns países de língua portuguesa ou a formação de recursos humanos, entre outras iniciativas e actividades. Falta o resto: imaginação, rasgo e uma visão estratégica clara sobre as potencialidades deste processo. Pequim quis dar um sentido geo-político-económico, de facto, à RAEM, para que o território seja mais do que a “Las Vegas da Ásia”; seria um grande desilusão que esta oportunidade fosse perdida.
Wednesday, September 20, 2006
Shinzo Abe: O senhor que se segue
"Shinzo Abe is a political "blue blood". He comes from a dynasty that has already produced prime ministers - his grandfather and great uncle." BBC News
"When Japanese Prime Minister Junichiro Koizumi visited the controversial Tokyo war memorial known as Yasukuni Shrine last month, the story made headlines around the world and triggered indignant protests in Seoul and Beijing. But when the news broke a few days later that Koizumi's political confidant Shinzo Abe had made his own surreptitious visit to the shrine earlier in the year, few outside Japan took notice. " Ler mais na Newsweek.
Coup in Thailand (em actualização)
"Signs of Thai coup have been there for months", por Richard Beeston, The Times.
"Military coup tumbles Thailand's Thaksin", Shawn W Crispin, no Asia Times.
"Asian cycle: An election, then a coup ", Seth Mydans, no International Herald Tribune
Coup
Thai Prime Minister Thaksin Shinawatra has declared a state of emergency in Bangkok amid reports of a coup attempt.
Soldiers have entered Government House and tanks have moved into position around the building.
Mr Thaksin, who is at the UN in New York, announced he had removed the chief of the army and had ordered troops not to "move illegally".
BBC
Soldiers have entered Government House and tanks have moved into position around the building.
Mr Thaksin, who is at the UN in New York, announced he had removed the chief of the army and had ordered troops not to "move illegally".
BBC
Monday, September 18, 2006
Vem aí
a sessão ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa...
Quando os ministros da China e dos países de língua portuguesa se juntarem este fim-de-semana, espera-se que manifestem de forma veemente que o Fórum criado em Macau em Outubro de 2003 não é uma redundância face às pré-existentes relações bilaterais.
E como poderão fazer isso? A questão prende-se apenas com o que a China vai apresentar e que tem estado a ser negociado ao longo dos últimos meses nas embaixadas dos países lusófonos em Pequim.
(continua)
Quando os ministros da China e dos países de língua portuguesa se juntarem este fim-de-semana, espera-se que manifestem de forma veemente que o Fórum criado em Macau em Outubro de 2003 não é uma redundância face às pré-existentes relações bilaterais.
E como poderão fazer isso? A questão prende-se apenas com o que a China vai apresentar e que tem estado a ser negociado ao longo dos últimos meses nas embaixadas dos países lusófonos em Pequim.
(continua)
Sunday, September 17, 2006
Thursday, September 14, 2006
ASEM: a promessa do inter-regionalismo
O Asia-Europe Meeting (ASEM) é visto como um fórum de discussão entre os 25 países da União Europeia, as nações do sudeste asiático, a China, o Japão e a Coreia do Sul. E de facto pocuo mais é que um fórum, uma vez que, por norma, não são tomadas decisões que comprometam os 38 países. Em Helsínquia, foi isso que aconteceu.
"ASEM promete passar à acção na cooperação entre UE e Ásia", Fernando Sousa No DN
Ficam por ver na prática dinâmicas que passem por uma agenda e acção, de facto, inter-regional.
A propósito do ASEM, numa perspectiva teórica, valerá apena ler este ensaio, no Sínico Esclarecido.
"ASEM promete passar à acção na cooperação entre UE e Ásia", Fernando Sousa No DN
Ficam por ver na prática dinâmicas que passem por uma agenda e acção, de facto, inter-regional.
A propósito do ASEM, numa perspectiva teórica, valerá apena ler este ensaio, no Sínico Esclarecido.
A China e a "guerra contra o terrorismo" II
Oportunamente, este leitor referiu que a ligação que fiz apenas disponibiliza as primeiras 500 palavras. Felizmente, o Council on Foreign Relations publicou todo o artigo aqui.
Tuesday, September 12, 2006
A China e a "guerra contra o terrorismo"
No dia em que passam cinco anos sobre aquela trágica manhã nova iorquina, vale a pena (re) ler este artigo publicado há quatro anos pela "Foreign Affairs":
"China's "War on Terror": September 11 and Uighur Separatism".
Monday, September 11, 2006
Wen Jiabao em discurso directo
"Democracy is a value pursued by all mankind and a fruit of civilisation created by mankind. However, in different historical stages and different countries, democracy is achieved through different forms and in different ways. There is not a single model".
(...)
"Democracy and direct elections in particular, should develop in an orderly way in keeping with the particular condition of a country. We are confident that when the people are capable of running a village through direct election, they will later be able to run a township, then a county and a province, true to the principle that our country is run by the people.
Since time is running out, I am afraid we have to stop here. The last message that I have for you is this: China’s development is a long-term and daunting task. To achieve development, we need peace, we need friends and we need time".
Ler mais em "Full text of the Chinese Prime Minister's interview", Times Online. (ligação via Arrastão)
(...)
"Democracy and direct elections in particular, should develop in an orderly way in keeping with the particular condition of a country. We are confident that when the people are capable of running a village through direct election, they will later be able to run a township, then a county and a province, true to the principle that our country is run by the people.
Since time is running out, I am afraid we have to stop here. The last message that I have for you is this: China’s development is a long-term and daunting task. To achieve development, we need peace, we need friends and we need time".
Ler mais em "Full text of the Chinese Prime Minister's interview", Times Online. (ligação via Arrastão)
Sunday, September 10, 2006
Destino submerso
O "Leão de Ouro" do 63º Festival Internacional de Cinema de Veneza foi atribuído ao filme "Sanxia Haoren", do realizador chinês Jia Zhangke.O filme é uma crónica da vida de uma aldeia que vai ser submersa devido à construção de uma barragem.
"Still Life" was shot in the old village of Fengjie, which has been destroyed by the building of China's Three Gorges Dam. It recounts the story of people who come back to Fengjie during the upheaval. A miner comes back to the village to look for his wife, a nurse for her husband.
Saturday, September 09, 2006
Mao 30 anos depois da morte
"Chairman Mao's long shadow", Martin Adams, no Asia Times.
"Mon grand-père s'appelle Mao", Abel Segretin, no Libération.
"30 years on, Mao's memory preserved", Diego Montero, no China Daily.
Ler também,
"Mao, 30 anos depois", Exílio de Andarilho.
Tuesday, September 05, 2006
Legitimidade e legitimação na China pós-Maoísta
José Carlos Matias
Texto publicado no jornal Hoje Macau no dia 4 de Setembro de 2006.
Seguindo a definição formulada por Seymour Lipset, a legitimidade de um sistema político deverá ser entendida como a sua capacidade de engendrar e manter a crença de que as instituições políticas vigentes são as mais apropriadas para a sociedade. David Beetham acrescentou uma outra dimensão a este conceito, tendo em conta o processo de legitimação, ao nível da interacção comunicativa numa sociedade. Nesta perspectiva o objectivo passa pela reprodução da legitimidade de um regime num proceso em que a ideologia assume um papel relevante. Sendo óbvio, como referia Max Weber, que diferentes sistemas de dominação implicam lógicas díspares de legitimação, qualquer sistema procura fomentar a sua legitimidade, ou, por outras palavras, justificar-se.
Ao analisarmos o momento de transição por que passa a República Popular da China (RPC) no início deste século – um movimento que começou no final dos anos setenta com a ascenção ao poder de Deng Xiaoping – em termos de legitimidade e legitimação, somos levados a induzir que existe um desfasamento entre uma retórica da via socialista chinesa (o socialismo de mercado com características chinesas) e a realidade de uma sociedade desideologizada, que vai procurando adptar-se ao ritmo das mudanças decorrentes da abertura das portas ao capitalismo.
Verdade, Benevolência e Glória
Para percebermos o significado dos conceitos de legitimidade e legitimação na pós-Maoísta é importante mergulharmos (continuar a ler no Sínico Esclarecido)
Texto publicado no jornal Hoje Macau no dia 4 de Setembro de 2006.
Seguindo a definição formulada por Seymour Lipset, a legitimidade de um sistema político deverá ser entendida como a sua capacidade de engendrar e manter a crença de que as instituições políticas vigentes são as mais apropriadas para a sociedade. David Beetham acrescentou uma outra dimensão a este conceito, tendo em conta o processo de legitimação, ao nível da interacção comunicativa numa sociedade. Nesta perspectiva o objectivo passa pela reprodução da legitimidade de um regime num proceso em que a ideologia assume um papel relevante. Sendo óbvio, como referia Max Weber, que diferentes sistemas de dominação implicam lógicas díspares de legitimação, qualquer sistema procura fomentar a sua legitimidade, ou, por outras palavras, justificar-se.
Ao analisarmos o momento de transição por que passa a República Popular da China (RPC) no início deste século – um movimento que começou no final dos anos setenta com a ascenção ao poder de Deng Xiaoping – em termos de legitimidade e legitimação, somos levados a induzir que existe um desfasamento entre uma retórica da via socialista chinesa (o socialismo de mercado com características chinesas) e a realidade de uma sociedade desideologizada, que vai procurando adptar-se ao ritmo das mudanças decorrentes da abertura das portas ao capitalismo.
Verdade, Benevolência e Glória
Para percebermos o significado dos conceitos de legitimidade e legitimação na pós-Maoísta é importante mergulharmos (continuar a ler no Sínico Esclarecido)
Monday, September 04, 2006
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