First, the economic development and the social harmony.
Vale a pena ler o que escreveu o primeiro-ministro Wen Jiabao no Diário do Povo.
"Premier says promoting fairness and social justice is a major task", Diário do Povo.
"China needs world peace to continue developing', China Daily.
"Wen: China Democracy 100 Years Off", Time.
1. É ilustrativa a forma diferente como o texto de Wen Jiabao é tratado no Diário do Povo - órgão oficial do Partido Comunista Chinês - e na revista norte-americana Time.
2. A declaração de Wen Jiabao deve ser entendida como um ponto de partida para o discurso que vai efectuar na sessão anual da Assembleia Nacional Popular, na próxima semana, e, no fundo, como um manifesto político-ideológico da Quarta Geração.
É interessante notar que a carga marxista-leninista-com-características-chinesas volta ter mais peso no discurso da liderança da República Popular da China. "A construção do socialismo está ainda na primeira fase", afirma, deixando no ar a ideia (ilusão?) que o capitalismo da RPC - socialismo de mercado com características chinesas -consistirá numa fase transitória de desenvolvimento das forças produtivas.
Trata-se também - arrisco eu - de um discurso mais à la Deng Xiaoping do que tipicamente uma abordagem típica de Jiang Zemin.
No entanto, já avisava Simon Leys, isto de deslindar os discursos dos lideres da RPC assemelha-se à " arte de interpretar inscrições inexistentes escritas com tinta invisível numa página em branco".
3. Existe, nomeadamente no "Ocidente", um consenso segundo o qual mais cedo ou mais tarde os regimes autoritários evoluirão para sistemas de democracia liberal. Essa não é, como se esperaria, a visão da liderança chinesa. Em "China's New Rulers" Andrew Nathan e Ano Bruce Gilley deixam isso bem claro:
"The Chinese leader´s views about the long-term future are not clearly stated in the documents. We know there are some informed Chinese who think China should eventually adopt some form of liberal, constitutional democracy. But reading beteween the lines of the statements of the Fourth Generation leaders, we sense a different view. Some of them want to soften authoritarian rule, make ir more responsive and use the media and some political institutions, such as elections and courts, as tools to discipline the lower bureaucracy. But they think their society is too complex and turbulent to be governable by a truly open, competetive form of democracy. They think Chinese society needs strong guidance both for domestic development and for foreign policy". (pp 262-263)
Tuesday, February 27, 2007
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