O Sínico inicia hoje uma série de escritos sobre a política externa chinesa desde a implosão da União Soviéca até ao nossos dias. De um modo retrospectivo vamos colher os contributos de vários especialistas e ensaiar uma visão que faça uma síntese do que tem sido publicado. Os vários capítulos vão sendo publicados aqui e depois migrarão para o Sínico Esclarecido.
Introdução
Depois do final da Guerra Fria, duas grandes características prevaleceram no sistema internacional: a natureza anárquica da estrutura internacional e a hegemonia dos Estados Unidos da América. Estas duas características constrangeram o comportamento a China na arena internacional.
Segundo a perspectiva neo-realista da balança de poderes, estados como a China iriam procurar contrabalançar a superpotência através de uma corrida ao armamento ou de alianças com outros estados que teriam os mesmo interesses em contrabalançar o poder hegemónico.
Mas cedo a China percebeu que “interesses em conflito o poder americano seria uma combinação que poderia colocar em causa o programa chinês de modernização que dependia da integração na economia global” (Goldstein, 2003, p.134). Ao mesmo tempo na Ásia Oriental, a China era desafiada pelos Estados Unidos devido a acordos bilaterais entre Washington e o Japão, a Austrália e países da ASEAN, além de Taiwan.
Perante este cenário, primeiramente, a China procurou balancear o poder com outros poderes que tinham preocupações semelhante acerca da hegemonia norte-americana. Nesta linha ,é possível dividir a acção da política externa de Pequim em dois períodos: entre 1989 e 1995 e de 1996 até 2004.
Referências:
Goldstein, Avery (2003) Structural Realism and China's Foreign Policy. In Andrew K. Hanami (Ed.) Perspectives on Structural Realism. Hampshire: Palgrave.
Friday, June 10, 2005
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