Depois de um manto de silêncio após a repressão dos protestos dos estudantes na Praça de Tiananmen, em 1989, e depois do primeira guerra pós-guerra fria (a “Tempestade no Deserto” no Iraque), a China acordou para a nova realidade de um sistema internacional, no qual a União Soviética tinha desaparecido e os Estados Unidos se tinham tornado na única superpotência. Sem a ameaça soviética, os E.U.A ocuparam o lugar cimeiro das ameaças percebidas pela liderança chinesa.
Mormente, em Washington enquanto a ideia que as democracias não entram em guerra com democracias (seguindo a tese da “paz democrática”) ganhava cada vez mais peso, os dirigentes de Pequim ficavam alarmados com a ameaça militar e com o cerco ideológico norte-americano.
Perante isto, a China lançou um programa de modernização militar, revitalizando o obsoleto Exército Popular de Libertação (EPL) através da aquisição de armamento d origem russa. Além do mais, a China procurou estabelecer uma nova aliança com a Rússia com quem partilhava as preocupações face à hegemonia norte-americana e que estava, igualmente, ansiosa por demonstrar que ainda tinha um papel essencial na “Nova Ordem Mundial”, apesar da fraqueza resultante da queda da União Soviética. De acordo com este “rationale”, Pequim e Moscovo lançaram a “cooperação estratégica” selada num acordo assinado em 1996 por Jiang Zemin e Boris Yeltsin.
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