Sócrates, que visitará a China "nos primeiros meses do próximo ano", falava sobre o que Portugal pode oferecer à China para justificar o acordo diplomático, assinado na sexta-feira com o seu homólogo chinês, Wen Jiabao, que elevou as relações entre os dois países ao nível da "parceria estratégica global".
"Portugal pode oferecer muita coisa à China, além da hospitalidade e do clima. Primeiro, afirmar-se como parceiro da China em África", afirmou o primeiro-ministro português.
"A China dispõe de capital, nós conhecemos o terreno, a língua, as tradições. Portugal pode ser uma porta para África e para algumas zonas da América Latina", disse Sócrates perante uma sala cheia de empresários. (Lusa)
Ou será que estamos perante uma verdadeira mudança de atitude da diplomacia de Lisboa face às relações com a China, nomeadamente no plano económico?
Quanto às relações com a África Lusófona, convém lembrar que em 2003 foi criado o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa - uma iniciativa chinesa - e que em Angola e em Moçambique os chineses já têm os pés firmes há bastante tempo, em especial nos últimos três anos.
Mesmo assim, desta visita de Wen Jiabao a Portugal ficam as palavras e objectivos que veremos se serão cumpridos:
- Wen estabelece como meta a duplicação das trocas comerciais nos próximos três anos. É possível.
- Sócrates garantiu que a China está no topo das prioridades da política externa portuguesa. Palavras de ocasião? Temo que sim. Perdoem-me mais uma vez o cepticismo.
No comments:
Post a Comment