A propósito do debate em torno do "Clash of Civilizations" e dos enriquecedores contributos de Paulo Gorjão e Pedro Magalhães, A páginas tantas, Samuel Huntington defende: "The most prominent form of this cooperation is the Confucian-Islamic connection that has emerged to challenge Western interests, values and power".
Sinceramente ainda não notei qualquer aliança sino-islâmica contra o Ocidente. Aliás, na China, um dos focos de instabilidade reside na Região Autónóma Uigur de Xinjaing, onde a maioria das pessoas professa a religião de Maomé. Além do mais, Pequim pactuou com Washington na "Guerra contra o Terrorismo", precisamente para poder silenciar em silêncio esse foco de instabilidade. O interesse nacional - a coesão e a estabilidade dois valores fulcrais para a China - motivou um alinhamento tácito com os EUA, mesmo que isso tenha significado um aumento da presença e da influência militar norte-americana na vizinhança. A tese de Huntington tem por base as vendas de armas da China ao Irão e ao Paquistão no final dos anos oitenta e no início dos anos noventa. Mas isso, parafraseando Kishore Mahbubani, equivaleria a defender que a constante venda de armas dos EUA à Arábia Saudita sugere uma aliança islâmico-cristã.
Tuesday, February 14, 2006
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