Laurence Brahm
South China Morning Post
28-02-2006
“Na próxima década, a dependência face à importação de energia vai condicionar decisivamente a política externa chinesa. Por seu turno, o fornecimento de energia tornou-se no principal risco e factor de potencial instabilidade na projecção do crescimento e estabilidade da China.
Entre 2001 e 2004, o consumo de energia da China aumentou a uma média de quase dez por cento, chegando a subir 15 por cento, em 2004. No momento em que ainda não são conhecidos dados oficiais relativos a 2005, espera-se que o padrão continue: o consumo anual energético aumenta mais que o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto e o desenvolvimento industrial.
A dependência da China face à importação de energia vai obrigar a China a adoptar uma atitude mais activa no plano internacional, marcada de modo diferente da do passado que seguia o princípio de taoguang yanghui – ou seja manter-se longe dos holofotes e evitar o conflito. Essa política foi iniciada nos anos oitenta por Deng Xiaping, quando a China precisava de tempo e espaço para fortalecer o seu desenvolvimento económico doméstico,
A política externa da China nos anos oitenta e noventa esteve centrada na preocupação em garantir a segurança dos investimentos externos, com Jiang Zemin a manter a política de Deng. A importação de energia não era ainda um problema tão visível.
A invasão do Iraque mudou a situação. A reacção inicial da China de prudência e low-profile, no entanto, parecia continuar a tendência verificada nas duas décadas anteriores.
Pouco depois de assumir a chefia do governo, o primeiro-ministro Wen Jiabao falou insistentemente sobre as Nações Unidas como local apropriado para a resolução de conflitos, mesmo quando os rockets unilaterais (dos EUA n. t.) cruzavam os céus de Bagdade. Muitos observadores diplomáticos especulavam sobre a inabilidade da China em tomar uma posição firme na cena internacional, questionando se esta não seria uma a titude que visava sobretudo fugir às suas responsabilidade para garantir o seu interesse económico. Agora esse mesmo interesse está a mudar o comportamento chinês".
(Continua)
Tradução e adaptação de JCM.
Friday, March 03, 2006
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Caríssimo Zé Carlos,
Aqui te transcrevo algum material sobre as nossas futuras discussões.
Livro recomendado:
"Critics of the Enlightenment
Readings in the French Counter-Revolutionary Tradition"
Edited and translated by Christopher Olaf Blum
Foreword by Philippe Bénéton
Publisher: ISI Books
For the Anglo-American world, Edmund Burke is the touchstone of counter-revolutionary thought, but in this volume, Christopher Olaf Blum shows that in attempting to vindicate the principles that had, at its best, animated the Old Regime, and in critiquing the institutions and beliefs associated with the New Regime, the French counter-revolutionary tradition is unparalleled. To understand adequately what Georges Bernanos called the "spiritual drama of Europe," it is a tradition that must be grappled with.
Critics of the Enlightenment makes available new translations of representative selections from some of the leading French conservative thinkers of the nineteenth century: François de Chateaubriand, Louis de Bonald, Joseph de Maistre, Fredéric Le Play, Émile Keller, and René de La Tour du Pin. The selections span much of the nineteenth century, from Chateaubriand's 1814 pamphlet against Bonaparte to La Tour du Pin's 1883 essay on the theory of the corporate state. The volume, therefore, not only includes responses of the French conservatives to the French Revolutions of 1789 through 1815, but also testifies to the continuing elaboration of this critique against the background of the troubled nineteenth century. Blum's introduction sets these selections within the contexts of the events giving rise to them and the lives of their authors. The French political philosopher Philippe Bénéton supplies the book's foreword.
Blum's elegant translations of texts heretofore difficult or impossible to find in English allow anglophone readers to profit from the counter-revolutionaries' insights about social and cultural matters of perennial importance, such as the necessary roles of religion, family, and local communities within any larger political society—matters of pressing concern to the counter-revolutionaries of our own time.
-----------------------------------What They're Saying...
"Critics of the Enlightenment provides very readable translations of substantial selections from six important French Catholic conservative writers, who continued to challenge the inheritance of the Enlightenment and the French Revolution during the nineteenth century. Christopher Blum has chosen wisely with respect to both the authors and the excerpts selected for translation. In addition, he has provided a lucid and well-informed introduction that places his authors and their writings in the context of their time. Blum offers a very helpful assessment of the historical significance of this current of thought and some provocative suggestions about its continuing relevance for our own time."
— Richard Lebrun, Professor Emeritus of History, University of Manitoba, and author of Joseph de Maistre: An Intellectual Militant
"Both ISI and Christopher Olaf Blum, who edited this anthology, deserve our thanks for making available in English the six 19th-century French conservative thinkers whoe writings are herein presented."
— Chronicles
"Christopher Blum illuminates a neglected tradition important to anyone interested in the battle over the nature and the future of the West."
— Rich Lowry, editor-in-chief, National Review
"Christopher Blum is to be commended for bringing together such a wealth of wisdom on the subject of the French Revolution and its devastating impact. In the presence of such counter-revolutionary wisdom one can discern the folly of the superciliously self-named 'Enlightenment' and its philosophically fallacious foundations. Beyond the shadows of the 'endarkenment' we see the true light of the counter-revolutionary tradition."
— Joseph Pearce, author, Solzhenitsyn: A Soul in Exile
"Critics of the Enlightenment is a valuable sourcebook for the thought of an often-neglected strand of conservatism."
— National Review
"The book includes a foreward by French political scientist Philippe Bénéton, which judiciously balances what he believes are the writers' insights with the insights of the Enlightenment . . ."
— Touchstone
***
"Politics Among Nations - The Struggle for Power and Peace"
Robert Kagan
Estou agora a ler um livro do Prof. Adelino Maltez, no que toca aos discursos dos:
- realistas políticos;
- diplomatas à procura da integração internacional;
- estrategistas;
Farei depois uma síntese.
Blogs com material de ciência política e relações internacionais interessantes:
O Futuro Presente
http://ofuturopresente.blogspot.com/
De Jaime Nogueira Pinto, Miguel Fritas da Costa, entre outros.
O Pasquim da Reacção
http://lusavoz.blogspot.com/
De um amigo meu.
Sites:
Centro de Investigação e Análise em Relações Internacionais-CIARI
www.ciari.org
DECIDE-Associação de Jovens Auditores para a Defesa, Segurança e Cidadania
www.decideportugal.org
Saudações Nacionais,
Recomendação de última hora:
- Politics in Asia -
"The International Politics of the Asia-Pacific" - Second and Revised edition, of Michael Yahuda
Post a Comment