Monday, March 06, 2006

Liberdade de imprensa em Macau

A visão, a partir de Portugal, de João Paulo Meneses:

"A questão é que a imprensa chinesa é hoje mais benevolente do que na década anterior relativamente ao poder (os proprietários e/ou os directores do Ou Mun, Va Kio e Si Man pertencem ou pertenceram a órgãos políticos da RPC, apesar da irreverência do Va Kio) e a portuguesa, tentando manter a sua independência, encontra as dificuldades resultantes da sua dimensão e do acesso à língua do poder –não é fácil escrever sobre o que não se percebe, a não ser quando a mensagem já vem em segunda mão… (e o mesmo se aplica a mim)."

"E o financiamento das publicações é um sinal de que a “singapurização” da comunicação social está em marcha. Dir-se-á que a RAEM limitou-se a prosseguir uma medida iniciada na administração portuguesa (embora devidamente aumentados). Mas não se duvide que a existência de quatro jornais de língua portuguesa (além dos chineses) é um cartão de visita que Edmund Ho pode apresentar quando lhe falarem em liberdade de expressão"

3 comments:

Anonymous said...

O João Paulo Menses está para Macau como o herpes para as pessoas: instalou-se, desapareceu, aparece de vez em quando, sempre no mesmo sítio, sempre desagradável. Ao vir dizer, grande paladino, que há menos liberdade de expressão, no mínimo, ofende os colegas que a ser assim se sujeitariam, caladinhos, a uma situação inéqua e anti-ética. Segundo um texto da Lusa, no qual falavam os directores dos jornais, entre outros, publicado há uns tempos, liberdade de expressão não é um problema em Macau. Será que o Meneses está a dizer que eles mentiram?

Anonymous said...

Por acaso estava-me a referir ao artigo todo e não só a esta passagem aqui reproduzida.
Os jornalistas portgueses, normalmente, se querem trabalhar em Macau devem aprender chinês. Tal como fariam na Finlândia ou na Turquia.
Se não o fazem que não se queixem. Pois se os jornais até recebem o tal subsídio...

João Paulo Meneses said...

É sempre um desafio responder a um anónimo, mas não é isso que me inibe de dizer duas coisas (até por consideração pelo autor deste blogue):
- respeito todas as opiniões. Todas.
- Eu não apareço de vez em quando: tenho 13 anos ininterruptos de escrita semanal sobre Macau. Não são muitos os que podem dizer o mesmo!