Nem o facto do campo pró-democracia ter falhado no objectivo de ter uma grande vitórias nas Eleições para o Conselho Legislativo, nem a recuperação da economia, com um bom crescimento económico, recuperação do sector imobiliário e fim do ciclo de deflacção, foram factores que aliviaram a pressão sobre Tung. As sondagens mostravam que o Chefe do Executivo tinha níveis de popularidade abaixo dos 50 por cento, e outros membros do governo como Henry Tang, secretário das Finanças, e Donald Tasang, secretário-chefe, emergiam como as figuras que salvavam o governo (não é por acaso que têm sido falados para suceder a Tung). A causa mais próxima para a saída de Tung foi o humilhante puxão de orelhas que o Presidente Hu Jintao lhe deu, em Dezembro, aquando da cerimónia de comemoração, do quinto aniversário da vizinha Região Administrativa Especial de Macau (cujo Chefe de Governo Edmund Ho goza de grande apoio da população e de Pequim). Na altura Hu avisou em público Tung para melhorar a governação e ouvir mais as pessoas. Não foi por acaso que o fez, nem o fez de forma pública. A partir de então Tung arrastou-se. Fez uma acto de contrição perante o Conselho Legislativo, reconhecendo os erros, prometendo melhorar a governação, sem ser muito convincente.
(Continua)
Saturday, March 05, 2005
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