Thursday, January 29, 2009
Thomas Friedman
Friday, January 23, 2009
4 anos de O Sínico
Obrigado aos que por cá têm passado
A todos, um Feliz e Próspero Ano Novo Lunar do Búfalo
Kung Hei Fat Choi
I wish you a Happy Lunar New Year of the Ox
牛年快樂 恭喜發財
Neste quarto aniversário, selecciono alguns dos textos que fui publicando desde 23 de janeiro de 2005:
Emergêcia Pacífica II/ Emergência Pacífica III, 24 de Março de 2005
Em Macau nada Mao, 24 de Maio de 2005.
China e União Europeia I, 14 de Julho de 2005
Eleições: vencedores e derrotados, 27 de Setembro de 2005
Democracia, Socialismo e Pobreza, 24 de Outubro de 2005
Cimeira da OMC II, 14 de Dezembro de 2005
Da liberdade, da expressão e da mudança, 26 de Janeiro de 2006
Questões quinquenais: o mundo rural e as soluções à vista, 19 de Fevereiro de 2006
China-EUA: Desafio, Ameaça e Interdependência, 28 de Abril de 2006
“A Arte da Guerra” e “O Voo da Águia”, 27 de junho de 2006.
Golpes d'Ásia I *, 30 de Agosto de 2006.
Para além do Fórum: A China e os Países de Língua Portuguesa, 21 de Setembro de 2006.
Legitimidade e legitimação na China pós-Maoísta, 5 de Setembro de 2006
As facções e o Congresso do Partido em 2007, 30 de Dezembro de 2006
Sócrates na China e em Macau: breves notas, 5 de Fevereiro de 2007
CFA: A Praga sinófoba, 15 de fevereiro de 2007
O Congresso, nas Portas da Paz Celestial, 13 de Outubro de 2007.
Da Reforma e da Transição, 8 de Março de 2008
O vigor e os desafios de Wang Yang, 19 de Abril de 2008
Ameaça: reputação, percepções e distorções, 12 de Julho de 2008
Breves notas em dia O , 8 de Agosto de 2008
Devolver o "quan" ao povo, 11de Outubro de 2008
Xi por cá: mensagens para memória futura, 11 de Janeiro de 2009
Thursday, January 22, 2009
Cui Zhiyuan em Macau
Hoje às 18h30 no auditório do Instituto Inter-Universitário de Macau, Cui Zhiyuan fala sobre "Whither Chimerica", numa conferência que certamente será interessante e importante.
A propósito, recordo aqui o que escrevi aqui sobre Cui e a "Nova Esquerda" na República Popular da China:
"Economia socialista de mercado - a perspectiva de Cui Zhiyuan"
"Novas e Velhas Esquerdas"
Wednesday, January 21, 2009
Tuesday, January 20, 2009
Obama e a China
No dia em que, no altar de Washington, Obama é empossado como presidente dos EUA - um momento pleno de simbolismo e emoção - vale a pena começara a olhar para qual será a abordagem da nova Administração face a Pequim. Por mais estranho que possa parecer, neste campo, o legado de Bush acaba por ser encarado por vários analistas como relativamente positivo, sobretudo se tivermos em conta o segundo mandato.
No início deste ano, a China tem estado a celebrar com pompa e circunstância os 30 anos das relações oficias bilaterais. As visitas e Jimmy Carter, que iniciou os laços entre Washington e Pequim, e de Henry Kissinger, ex secretário de estado que impulsionou a aproximação entre os dois lados no início dos anos 1970, foram alvo de grande atenção mediática. A mensagem que Pequim quis deixar bem clara à nova administração é: As relações estão provavelmente no nível mais elevado de sempre. Isto apesar dos vários obstáculos que ainda persistem.
Os sinais que existem indicam que vai haver uma continuidade. Os desafios são evidentes e é certo que esta será uma relação cada vez mais complexa. Será também, passe o lugar comum, (já o é) a relação bilateral mais importante deste século.
"I think both leaderships, going back to Nixon and Mao and up to the current, have really realized that we have both conflicting and overlapping interests, and on balance, that we can get more from cooperation than from a breakdown into conflict,"
Zhu Feng tem uma perspectiva cautelosa, mas moderadamente optimista:
"The US will not rush to embrace China as an ally. The reason is simple. Obama's America will continue to guard against potential "challengers" like China. As long as China keeps growing, there is no hope that Beijing will lose the "competitor" label in Washington. Instead, America will continue hedging against a perceived Chinese threat by increasing its military presence in the Pacific, ramping up military alliances, and refusing to share any dual use nuclear technology. But from an economic and diplomatic viewpoint, overstating the competition between the US and China would only damage Obama's credentials at home and abroad. So both countries will be more inclined to cooperate".
Yuan Peng, Director do Institute of American Studies, do Institute of Contemporary International Relations, analisa o que está em causa no futuro próximo das relações sino-americanas. Yuan destaca os desafios:
Monday, January 19, 2009
Leituras Pós-Dominicais
""Erroneous" Western democracy not for China says official", IHT.
"China’s Gulf of Aden Expedition and Maritime Cooperation in East Asia", Mingjian Li, no China Brief da Jamestown Foundation.
Saturday, January 17, 2009
2009 - o ano de todos os aniversários na China
Cartoon da The Economist.
1 de Outubro de 1949: Criação da República Popular da China
10 de Março de 1959: Revolta no Tibete contra Pequim e exílio do Dalai Lama
4 de Junho de 1989: Repressão violenta sobre os estudantes na Praça de Tinanamen
20 de Dezembro de 1999: Transição de Administração de Macau
"THE months ahead will be busy for Chinese dissidents. A string of sensitive anniversaries will evoke numerous petitions calling for political change. In December more than 300 of the country’s most prominent activists issued a wide-ranging appeal for democratic reform. On January 12th a group of them were at it again, no less quixotically, with a demand for a boycott of national state-owned television".
Friday, January 16, 2009
Um olhar (um escutar)
Sobre as perspectivas da economia da China e Macau para o ano do Búfalo. Um programa da Rádio Macau, que pode ser ouvido aqui.
Thursday, January 15, 2009
Um doce adeus chinês a Bush
Apesar da má imagem que deixa um pouco por todo o mundo - a começar nos EUA - no que diz respeito às relações sino-americanas, os anos George W. Bush são encarados como positivos por vários analistas chineses.
"Bush made some mistakes in foreign policy, especially with Iraq, but for the Chinese, he had been a true friend," said Mao Baoshu, a retired nuclear specialist (...) "We will never forget that the leader of the most developed country in the world stood up to pressure to come to the Olympics," Mao said".
"In China, Bush remains a popular president", Los Angeles Times.
Monday, January 12, 2009
Xi por cá (na imprensa)
"Xi Jinping enaltece comunidade portuguesa nascida e radicada em Macau", Jornal tribuna de Macau
"Uma aposta ganha", Hoje Macau
"Chinese vice president: Macao-born Portuguese contribute to SAR's prosperity", Xinhua.
"Xi concludes visit, urges cooperation", Macau Daily Times.
"China vice president urges Macau to diversify: reports",AFP
"Xi leaves Macau with message of strength, hope", The Standard.
Sunday, January 11, 2009
Xi por cá: mensagens para memória futura
A visita do vice-presidente Xi Jinping a Macau surge num ano muito importante para a Região Administrativa Especial. As razões são óbvias: passa a primeira década da RAEM, é ano de eleições legislativas e, principalmente, em 2009 vai ser escolhido o sucessor de Edmund Ho, na liderança do governo. O ciclo político que se abre este ano é precedido pelos sinais económicos já visíveis em 2008.
A visita de Xi, princeling (filho de Xi Zhongxun, dirigente histórico do Partido Comunista e fundador da guerrilha revolucionária da província de Shaanxi) e dado como provavelmente o mais forte candidato a suceder a Hu Jintao na liderança do Partido e do estado, trouxe, além das obrigatórias palavras de circunstância, mensagens importantes. Desde logo o apelo à diversificação económica a – um desiderato antigo e vezes sem conta repetido por dirigentes locais que agora ganha outro peso. Diversificação essa, disse o vice-presidente, que passa também pelo desenvolvimento da Ilha da Montanha, uma declaração que saltou à vista como sendo o início de uma nova janela de oportunidade para a RAEM e como um passo no sentido de materializar a propalada cooperação inter-regional e o desenvolvimento integrado no Delta do Rio das Pérolas: Macau-Hong Kong-Guangdong.
Numa outra nota de especial importância para a comunidade “de matriz portuguesa”, a forma como Xi quis encontrar-se com representantes da comunidade macaense nas casas Museus da Taipa e o tempo e atenção que deu a este evento não pode deixar de constituir um sinal inequívoco sobre o papel que as autoridades do governo central concedem à comunidade macaense e à lusofonia. Que este sinal seja entendido por certos "patriotas paroquianos” que ocasionalmente ainda persistem.
Dito isto resta-nos esperar como será materializada a estratégia enunciada, sobretudo no que diz respeito à diversificação da economia local e o ao desenvolvimento da Ilha da Montanha (Hengqin). Isso dependerá de vários factores, endógenos exógenos.
Quanto a Xi, recordemos o que disse dele há pouco tempo Henry Paulson, secretário do tesouro norte-americano: "the kind of guy who knows how to get things over the goal line."
Tuesday, January 06, 2009
Não é brincadeira
The closure of about 4,800 toy factories, mostly Hong Kong-owned, has led to the loss of 2 million jobs.The number of toy factories on the mainland has shrunk by more than half over the past year as the global financial crisis devastated the sector, according to official statistics.
Over the past year, the number of toy factories on the mainland has dropped to 3,200 from 8,000. Most of them are in Guangdong province.
South China Morning Post, 06-01-2009 (sem link directo)
Dias Difíceis, na (s) fábrica (s) do Mundo.
Sunday, January 04, 2009
Leituras Dominicais
"From Selection to Election?—Experiments in the Recruitment of Chinese Political Elites", Cheng Li, no China Leadership Monitor.
"Intellectuals Lobby for Political Change as Party Marks 30th Anniversary of the Reform Era", Willy Lam no China Brief.
"Opeing up' China's vocabulary", Joh Ng, Asia Times.
Thursday, January 01, 2009
O Primeiro de Janeiro - Breves notas em tom de optimismo
1. Hu Jintao propõe cooperação ao nível da defesa com Taiwan
2. Pequim e Hanói chegaram a acordo sobre a fonteira entre a China e o Vietname, 30 aos depois da curta guerra fronteiriça sino-vietnamita.
3. A China, através da agência oficial de notícias Xinhua, começa o ano com um discurso muito optmista sobre as relações com os EUA.
2008-2009
A passagem do ano constitui sempre um motive para os balanços dos 365 ou 366 dias que passaram e para uma antevisão do dos doze meses quê se avizinham. Na verdade as unidades temporais históricas muitas vezes não coincidem com a contagem do universalmente aceite calendário gregoriano. Isso tem sido vincado pelos historiadores quando olham para os séculos e marcam o início e o fim, por exemplo, do século XX histórico. Eric Hobsbawn em “A Era dos Extremos: O Século Breve” marca o início do século no começo da I Guerra Mundial e o seu fim no desmantelamento da União Soviética. O mesmo raciocínio podia ser aplicado aos anos. Nesse caso a falência do banco Lehman Brothers e a grave crise financeira internacional seria a marca d’água. Em todo o caso, seguindo o calendário de Janeiro a Dezembro somos levados a olhar para 2008 como um ano “atípico”, para utilizar um lugar comum para um ano incomum. No que diz respeito à China foi o ano das tempestades de neve, do perigo da hiperinflação, dos “acontecimentos no Tibete, da tocha olímpica a correr mundo, das manifestações, do Leite contaminado com melamina, da terceira missão espacial tripulada e acima de tudo de uns Jogos Olímpicos muito bem-sucedidos. Para a economia os tempos têm sido de nuvens cinzentas, sobretudo desde Setembro, quando o recuo dos mercados de consumo no Ocidente e a crise do crédito começaram a ditar o fecho de centenas e centenas de unidades de produção., na altura em que se celebravam os 30 anos das reformas económicas.
Para Macau, 2008 foi o ano que marcou o fim da era do “céu é o limite” no sector do jogo. 2009 será um ano crucial, como já não havia desde 1999. Edmund Ho passará o testemunho na chefia do governo. Será também eleita uma nova Assembleia Legislativa, no ano em que a RAEM completa a primeira de cinco décadas. Para a China, 2009 será também um ano de aniversários redondos: os 60 anos da fundação da República Popular e os 20 anos da repressão de Tiananmen. Há um ano, na antecipação de 2008, citava o artigo “2008: The year a new superpower is born”, de Cahal Milmo. Este ano, Pequim terá imensos desafios dentro de portas e muitos esperam que a RPC assuma um papel mais activo no futuro governance que sair dos escombros da actual crise internacional e que possa também desempenhar uma função de maior peso na segurança internacional. Algo que dependerá não só do caminho que Pequim escolher nesta encruzilhada, mas também da postura da futura Administração Obama.
Termino este primeiro texto do ano, em consonância com o resto do post, em tom genérico, desejando aos leitores e visitantes deste canto da blogosfera um 2009 Feliz.